Oficina-processo: Cartografia ativa de redes de cuidado e criação

21 e 28/04 e 5/05

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Arte e Ativismo na América Latina – ano III (2018)

Artista proponente: Cristina Ribas

O quê?
Esta oficina-processo quer pensar a relação entre rede de cuidado e rede de criação a partir de uma perspectiva feminista e da atenção aos trabalhos reprodutivos. A cartografia ativa vai surgir de nossas relações, experiências e estratégias de cuidado e criação, compartilhando estratégias e pesquisando modos expressivos a partir do corpo e da improvisação. A oficina organiza três encontros de 5 horas cada, criando um processo coletivo de cartografia ativa e criação.

Como nos reproduzimos?
Esta pergunta será trabalhada nos encontros a partir de uma perspectiva feminista da reprodução social. Vamos realizar exercícios de improvisação a partir do Teatro do Oprimido e compartilhar leituras de textos feministas, de feministas negras, do feminismo interseccional e textos informados por um devir-mulher. A oficina quer criar um processo coletivo de maneira a pesquisar, perscrutar, participar e ativar redes de cuidado e criação. Diante das diversas opressões produzidas pelo sistema econômico, político e social, e diante do cenário da ‘crise’ que reinstala a alienação e a individualidade (da ordem do salve-se quem puder) deixando-nos impotentes, vamos escutar nossos desejos e explorar a capacidade da produção estética e do teatro experimental e da ação performática de abrir possibilidades para agir no real. Como reverter e antagonizar a captura de nosso potencial criativo, de nossos afetos e desejos? Fomentar redes de cuidado e criação pode ser um caminho? Fomentar essas redes é uma maneira de ativar passagens produtivas entre estética e política? Nessa oficina vamos compartilhar perspectivas feministas que querem recuperar a reprodução social como terreno de luta. A oficina-processo quer criar um espaço de escuta coletiva de todas trabalhando no sentido de ativar uma rede não orgânica de cuidados e de criação; quer inaugurar um espaço para aprender juntas, pesquisar, ensaiar, descansar e explorar nossas experiências e nossas estratégias; quer colocar em prática um espaço para a criação e para a pesquisa que não é meramente discursivo, mas corporal e grupalmente propositivo.

Diagrama político (contra-programa): (1) jogos e exercícios, narrativas pessoais e coletivas, coleta de histórias, exercícios coletivos de teatro invisível e teatro jornal; (2) leitura coletiva de textos e escuta de convidadas; (3) concepção de ações e ou performances para serem compartilhadas com público não participante da oficina.

Quem?
A oficina é gratuita e aberta a todxs, independentemente de formação e experiências prévias. 20 vagas serão oferecidas. Daremos prioridade para as manas, as sapatões, xs trans, as bis, as gays e não binárixs. Serão muito bem vindxs também pessoas sem qualquer experiência com produção artística e cultural. Além disso, 2 a 3 participantes não inscritos podem participar de encontros mediante contato prévio. Participantes que tiverem filhos podem trazê-los para a creche que vamos organizar (para crianças até 10 anos). A creche será um exercício de cuidado compartilhado durante os encontros, e as participantes podem propor atividades para as crianças. Se possível, cada participante deverá dedicar ao menos 2h dos 3 encontros para o cuidado das crianças. Participar da organização da creche é pré-requisito para participar.

Como se inscrever?
Envie um e-mail até dia 18 de abril para cursos@despina.org com o assunto “Inscrição Cartografia ativa de redes de cuidado e criação”seu nome e/ou como você quer ser chamadx, contato (e-mail, telefone, whatsapp), bio de até 10 linhas, e parágrafo com motivação pessoal de participação na oficina. Você pode inserir também links e informação sobre grupos e instituições com os quais você já trabalhou ou teve intimidade.

Cronograma
Inscrições até dia 18 de abril
Os selecionados serão informados por email no dia 19 de abril
Encontros aos sábados, nos dias 21 e 28 de abril e 5 de maio, das 13:00 às 18:00

Oficineira
Cristina Ribas é mulher e mãe. Trabalha como artista, pesquisadora e não muito frequentemente como curadora. Viveu alguns anos fora do Brasil realizando doutorado na Goldsmiths College University of London no qual escreveu sobre cartografia esquizoanalítica no Brasil e quatro grupos ou ferramentas de teatro. Tem mestrado pela UERJ no Instituto de Artes (2008). Em 2015 começou a praticar Teatro do Oprimido a partir de grupos auto organizados, e em intersecções com saúde mental e grupos feministas. Já concebeu vários projetos como catalizadora e organizou residências para artistas e diversos projetos interdisciplinares (desde meados de 2008). Procura provocar articulações entre práticas artísticas, produção de conhecimento e arquivos, e mais recentemente tem se envolvido com práticas e estudos feministas a partir de uma perspectiva feminista da reprodução social. Procura atuar de maneira transversal, a partir do campo da arte no encontro com outras práticas e instituições. Entre 2005 e 2009 desenvolveu a pesquisa Arquivo de Emergência, que em 2011 teve parte de seu acervo incorporado à plataforma on line aberta Desarquivo.org. Faz parte da rede de pesquisadores e artistas Conceptualismos del Sur. Em 2014 concebeu e realizou junto a um grande grupo o Vocabulário político para processos estéticos. A partir de 2015 desenvolve o Protocolo para Intersectar Vocabulários, uma proposta de oficina para trabalhar voz, corpo, improvisação e composição coletiva.

Esta oficina marca o início do 3º ano do Arte e Ativismo na América Latina, um projeto da Despina realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund. Cristina Ribas foi convidada para participar desta primeira fase do projeto e irá ocupar um ateliê de residência no nosso espaço durante o mês de abril.

Mais sobre a oficina-processo
A pergunta ‘como nos reproduzimos?’ traz consigo o conceito de reprodução social. Silvia Federici, junto de outras feministas, afirma que precisamos colocar na agenda do movimento a questão da reprodução social. Por reprodução social pode-se entender a maneira como a sociedade se reproduz, seus costumes, sua cultura, sua economia. A reprodução social mais distribuída está pautada na exploração dos trabalhos reprodutivos. Por trabalho reprodutivo entende-se o trabalho que sustenta a multiplicação ou manutenção da vida ela mesma. O sistema capitalista uniformizou o sistema de reprodução social, subsumindo culturas e outros modos de reprodução a seu modo de reprodução, ao ponto de fazer algumas formas desaparecerem. A reprodução social em geral, amplamente distribuída pelo sistema capitalista, está pautada na invisibilização e na não-remuneração dos trabalhos reprodutivos, portanto, na sua exploração.

A emergência do tema da reprodução social a partir de uma perspectiva feminista interseccional procura fomentar a interacialidade, a intergeracionalidade, e o contato entre diversos saberes, áreas e práticas. Elaborando esse tema, a oficina pode dar conta de criar um espaço de cuidado e criação e produção de estratégias de fortalecimento de grupos e lutas feministas. Em segundo plano, a oficina pode criar espaços para pensar e debater os efeitos da tal ‘crise econômica’, a perda dos direitos, a falência do estado e de várias instituições associadas a ele, assim como pode dar conta de acompanhar a emergência da constituição de estratégias, projetos, redes que vem tanto problematizar como re compor lacunas deixadas pelo recuo do estado, abrindo questões ligadas à potência de organização social e cultural. A ideia de grupo e não-grupo, relações institucionais e modos de organização social autônoma serão temas trabalhados.

Ao criar uma articulação entre improvisação (tendo como referencial jogos e cenas que podem ser criados a partir de teatro experimental e político) e redes de cuidado (tendo como referencial redes de cuidado tanto de trabalhos reprodutivos como redes de cuidado racial, interseccional, cultural, de saúde mental, de gênero, etc), essa oficina quer acirrar a relação entre ficcionalidade e realidade, entre invenção e repetição, desejo e necessidade, entre memória e possível … entre outros.

~ trazer à tona os desejos ~ trazer à tona os conflitos ~ organizar a precariedade ~ criar ~

***Ressalva***
A oficina-processo quer inaugurar um espaço de cuidado coletivo e auto-cuidado. Não serão tolerados quaisquer atos ou opiniões racistas, misóginos, transfóbicos, homofóbicos, lesbofóbicos, entre outros. Nos encontros vamos trabalhar a produção de uma ética de cuidado coletiva a partir de nossas experiências e de nosso desejo.

***

Galeria de fotos (navegue pelas setas na horizontal)
por Frederico Pellachin, Lucas Sargentelli e Cristina Ribas

Esta oficina gratuita fez parte da programação da terceira edição do projeto Arte e Ativismo na América Latina, concebido e realizado pela Despina com suporte do Prince Claus Fund. Mais informações por aqui.

Conexões: Cinema, Videoarte e Performance

10, 12, 17, 19, 24 e 26 de abril

O curso “Conexões: Cinema, Videoarte e Performance” conecta as linguagens dessas três ferramentas de expressão e seus caminhos para reproduzir uma arte conceitual. Passaremos pela história da poética da imagem no cinema, nos mundos possíveis da videoarte e na multiplicidade do corpo e de instalações através da performance. A proposta é mesclar teoria e referências com a prática efetiva de um projeto autoral em vídeo durante o curso.

Aula 1  – terça 17 de abril
Origens: A instauração do conceitual na imagem-movimento
. Filme experimental: anos 20 – cinema dadaísta e surrealista
. Anos 60 – O cinema underground
. Derek Jarman, Andy Warhol, Maya Deren, Jonas Mekas

Aula 2 – quinta 19 de abril
O Despertar Tecnológico e a Videoarte
. Movimentos de Contracultura
. Videoarte como captura do “tempo-real”
. Nam June Paik, Wolf Vostell, Joseph Beuys, Vito Acconci

Aula 3 – terça 24 de abril
O que define uma performance?
. Grupo Fluxos
. Performance na fotografia, videoarte e teatro
. O Corpo como obra
. Caminhos contemporâneos da body-art

Aula 4 – quinta 26 de abril
Ligações entre espaço, tempo e movimento
. Videoinstalação e uma geografia de afeto
. Arte in Situ
. Sue de Beer, Madeleine Altmann, Bill Viola, Apichatpong Weerasethakul
. Projeto de curso: desenvolver um trabalho autoral em vídeo

Aula 5  – terça 8 de maio
Desenvolvimento do projeto
. Bate papo sobre linguagem e estilo
. Como comunicar através da câmera
. Filosofia da composição
. Debatendo os temas escolhidos pelos alunos

Aula 6 – quinta 10 de maio
. Exibição dos projetos
. Confraternização e encerramento

Curso: Conexões: Cinema, Videoarte e Performance
Coordenado e ministrado por Larissa Melo
Datas e horários: Terças e quintas, a partir do dia 10 de abril, das 19:00 às 21:30
Onde: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro)
Investimento: R$ 480,00 

Como se inscrever
Inscrições encerradas!

Larissa Melo é formada em Realização e Produção Audiovisual na Escola de Cinema Darcy Ribeiro; Integrante do “Elviras” – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema. Graduanda em Bacharelado e Licenciatura em Filosofia na UERJ; pesquisadora em Cinema e Feminismos – Cinema Queer. Formada em Artes Cênicas no Instituto Nossa Senhora do Teatro e Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna. Foi professora e organizadora do Coletivo e Prática de Estudos do Corpo “O Avesso”, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo. Diretora do curta-metragem “Pássaro Preto”, junto com Safira Moreira em 2017. Co-diretora (com Macário Silva) de “Umzimba”, presente na Mostra Sesc de Cinema. Sua obra fotográfica “Nidum” foi vencedora do Concurso Convocatória Garagem, presente em exposição do Espaço 1001 Cultural em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Crédito da imagem
Windows flower and The Kennedy Family, – Jonas Mekas, 1972 (16mm)

Oficina 0800 de autodefesa

Sábado, 01.07.2017

Arte e Ativismo na América Latina – ano II (2017)

Dando continuidade à programação parte da exposição “Os corpos são as obras” – em cartaz na Despina até 4 de agosto -, convidamos todxs para uma oficina 0800 de autodefesa neste sábado, dia 1º de julho, às 11:00 da manhã.

Todxs devemos estar preparadxs para a luta, e ela pode ser violentamente agressiva. Para nos defendermos de machistas homolesbobitransfóbicos, vamos aprender princípios básicos de autodefesa a partir da técnica tailandesa Muay Thai, que será gentilmente ministrada por Vagner Coelho: um dos seis grão-mestres no Brasil e Fabio Coelho: duas vezes campeão mundial de Muay Thai.

TODXS OS CORPOS SÃO BEMVINDXS!

TRAJE: Indicado o uso de roupas leves.

SERVIÇO

Oficina de autodefesa na Despina – parte da programação da exposição “Os corpos são as obras”
Quando: sábado, 1º de julho
Horário: das 11:00 às 12:30
Local: Despina
Entrada gratuita

* Muay Thai (em tailandês: มวยไทย; RTGS: muai thai; IPA: [muɛ̄j tʰɑ̄j]; lit. arte marcial tailandesa) é uma arte marcial originária da Tailândia, onde é considerado desporto nacional. Esta disciplina física e mental que inclui golpes de combate em pé, é conhecida como “a arte das oito armas”, pois caracteriza-se pelo uso combinado de punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés, estando associada a uma boa preparação física que a torna uma luta de contato total bastante eficiente.

Oficina de pós-pornô com Lyz Parayzo

20, 23, 26 e 27 de junho

Arte e Ativismo na América Latina – ano II (2017)

Prestes a encerrar a sua residência na Despina, a artista visual e performer Lyz Parayzo irá coordenar uma oficina de pós-pornô no ateliê que vem ocupando desde maio. Serão quatro encontros nos dias 20, 23, 26 e 27 de junho, sempre das 17 às 20 horas. As inscrições são gratuitas e acontecem no primeiro dia da oficina, diretamente na Despina, a partir das 17 horas. Vagas limitadas! (número máximo de 15 participantes).

A partir das perspectivas contrassexuais para novas produções em audiovisual, o objetivo dessa oficina é a criação coletiva de um DVD PIRATA com conteúdo pós-pornográfico. Além da discussão sobre os conceitos básicos do que pode ser a pós-pornografia, será traçado durante os 4 encontros propostos um paralelo entre alguns trabalhos brasileiros com conteúdo erótico das décadas de 80/90 e outros fragmentos da produção pós-pornográfica contemporânea.

PROGRAMA DOS ENCONTROS

20 DE JUNHO, TERÇA-FEIRA

17:00
Inscrições, apresentações e conversa sobre a criação de um DVD PIRATA com conteúdo pós-pornográfico que será realizado em processo colaborativo durante a oficina.

18:00
Cine Pós-Pornô (curadoria: Lyz Parayzo)

19:00
1. Distribuição do “Manifesto Pós-Pornográfico Modernista” (Estados Unidos, 1989) de Annie Sprinkle, Veronica Vera, Frank Moores, Candida Royalle, Leigh Gates.
2. Conversa com Lyz Parayzo.

23 DE JUNHO, SEXTA -FEIRA

17:00
Apresentação do trabalho da artista em residência Lyz Parayzo.

18:00
Cine erótica 80/90 X Pós-pornô 2000 – Fragmentos eróticos e
pós-pornográficos na arte contemporânea brasileira. Exibição dos trabalhos dxs artistas: Marcia X, Alex Hamburger, Aimberê Cesar, Mauricio Ruiz, Hudinilson Jr, Victor Arruda, Tértuliana Lustosa, Lyz Parayzo, Patrícia Porto, Walla Capelobo e Augusto Braz. Seguida de conversa com xs artistas Tertuliana Lustosa, Augusto Braz, Alex Hamburger, Mauricio Ruiz e Lyz Parayzo.

19:00
Bate papo com xs artistas sobre seus processos criativos e
proposição de um trabalho para xs participantes da oficina a partir
de dispositivo com câmera (celular, filmadora, etc) para o próximo
encontro.

26 DE JUNHO, SEGUNDA-FEIRA

17:00
Exibição final dos trabalhos realizados pelxs participantes + conversa sobre o processo de cada um.

18:00
Criação colaborativa
– Capa do DVD e seu título.
– Sinopses dos trabalhos e minibio de cada participante .
– Upload dos vídeos na plataforma Xvideos.com

27 DE JUNHO, TERÇA-FEIRA

19:00
Exibição em looping do DVD para o público, distribuição gratuita dos DVDs (20 cópias) e conversa aberta dxs participantes sobre o processo da oficina durante a SAARA NIGHTS – noite de ateliês abertos que acontece mensalmente na Despina.

SERVIÇO

Oficina de Pós-Pornô com Lyz Parayzo
Datas: 20, 23, 26 e 27 de junho
Horário: das 17 às 20 horas
Local: Despina
Rua Luis de Camões, 2 – Centro
Inscrições gratuitas no primeiro dia da oficina, diretamente na Despina, a partir das 17 horas.
Vagas limitadas! (número máximo de 15 participantes).

***

Lyz Parayzo e Rafael Bqueer foram convidados a ocupar ateliês na Despina e desenvolver suas pesquisas e práticas artísticas durante os meses de maio e junho de 2017. Esta ação faz parte da primeira fase da segunda edição do projeto Arte e Ativismo na América Latina, uma parceria Despina e Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, workshops, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Para este ano, o projeto tem como tema o CORPO.

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Crédito da imagem: A exposição “Invisíveis: Naturezas Transgressoras” foi promovida pela associação dos direitos GLSBT Decide-T e esta versão das bonecas Barbie foram desenvolvidas pelos fotógrafos e artistas plásticos colombianos Andrea Cano e Manuel Antonio Velandia.

Oficina de Performance – O corpo negro como lugar do discurso

1, 6, 8 e 13 de junho

Arte e Ativismo na América Latina – ano II (2017)

Com o artista visual e performer Rafael Bqueer, esta oficina consiste em 4 encontros de exercícios práticos e experimentais sobre performance. O objetivo é reunir pessoas negrxs e interessadxs no tema da performance como ativismo e empoderamento. Para pensar o corpo negro como lugar do discurso nas artes visuais e seus paradoxos históricos e culturais com a cidade do Rio de Janeiro.

PROGRAMA DOS ENCONTROS

Encontro 1_

– 17h – Exercício prático – Apresentação e introdução da oficina.

– 18h – Bate-papo/conversa: Qual o lugar do corpo negro na cidade do Rio de Janeiro?

– 19h –  Exercício de corpo e espaço para ações performáticas.

Encontro 2_

– 17h – Exercício corporal – atividade coletiva.

– 18h – Bate-papo/ conversa: Qual o lugar do corpo negro na arte?

– 19h – Apresentação de registro de vídeos e fotos do artista Rafael Bqueer , sua abordagem como artista visual negro e sua poética na performance.

Encontro 3_

– 17h – Corpo e empoderamento – exercício de criação de movimentos e gestuais a partir das conversas sobre performance e o corpo negro na arte.

– 18h – Pensar/ discutir uma ação em um espaço urbano como resultado final da oficina.

– 19h – Práticas corporais para desenvolvimento da ação de conclusão da oficina.

Encontro 4_

– 17h – Exercício e desenvolvimento do trabalho final/performance coletiva da oficina.

– 18h – Conversa sobre performance e espaço urbano.

– 19h – Exercício e desenvolvimento do trabalho final da oficina.

SERVIÇO

Oficina de Performance – O corpo negro como lugar do discurso
com o artista visual e performer Rafael Bqueer
Local: Despina | Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado – Centro

Datas: 1, 6, 8 e 13 de junho
Horário: das 17h às 20h
As inscrições são gratuitas e acontecerão no primeiro dia da oficina, 01 de junho (quinta-feira), a partir das 17 horas, diretamente na Despina.
Mais informações através do email: bandeiraufpa@gmail.com

SOBRE O ARTISTA

Nascido em Belém do Para, Rafael Bqueer vive e trabalha no Rio de Janeiro. Carnavalesco, figurinista, drag queen e bacharel em artes visuais pela UFPA – Universidade Federal do Pará. Foi bolsista do Programa de Intercâmbio Santander – Escola de Belas Artes/UFRJ. Também participou de diversos cursos na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage e foi bolsista do curso Imersões Poéticas da Casa França- Brasil. Atualmente, ocupa um dos ateliês da Despina, como parte das ações do projeto Arte e Ativismo na América Latina.

CRÉDITO DA IMAGEM
Foto: Janine Magalhães
(Registro realizado durante a ação “Alice”- Museu de Arte do Rio, 2014)

Oficina de Colagem com Tanto Coletivo

14, 17, 21 e 23.03.2017

Esta oficina nasce a partir de uma proposta do Tanto Coletivo*, um grupo de estudos sobre a colagem e a diversidade desta prática como linguagem artística.

A oficina será dividida em três blocos:

  1. Apresentação dos materiais, dos instrutores e seus respectivos métodos
  2. Utilização dos materiais, pesquisa de imagens e produção das colagens
  3. Apresentação dos resultados e discussão coletiva

Durante quatro dias no mês de março (terças 14 e 21; sexta 17 e quinta 23) das 19:00 às 22:00, o grupo irá se reunir na Despina | Largo das Artes, que também irá abrigar uma exposição coletiva durante a SAARA NIGHTS #13, no dia 31 de março, apresentando o resultado desse processo.

Inscrições encerradas!

* Tanto Coletivo é formado por João Casaes, Ludmila Zeger, Lê Almeida e Luisa Benazzi.

Crédito da foto: Filipa Andreia

Serviço
Oficina de Colagem com Tanto Coletivo
Quando: terças (14 e 21); sexta (17) e quinta (23)
Local: Despina | Largo das Artes (Rua Luis de Camões, 2 – Centro)
Horário: 19:00 às 22:00
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Worskhop com o artista Romeo Gongora

9, 11, 16 e 18.11.2016

Em parceria com a Despina, o centro de arte contemporânea Diagonale, com sede em Montreal, no Canadá, realizou uma convocatória pública que contemplou o artista Romeo Gongora com uma bolsa integral para participar do nosso Programa de Residências no Rio de Janeiro.

Durante o mês de novembro, o artista irá desenvolver sua pesquisa sobre identidade e vestuário. Uma das primeiras ações será a coordenação de um workshop gratuito, cuja proposta é a criação de uma coleção de roupas para uma sociedade utópica.

Este workshop acontece na Despina (Rua Luis de Camões, 2 – Centro) às quartas e sextas, nos dias 9, 11, 16 e 18 de novembro, das 15 às 18 horas.

Sonhos despertos: novos modelos de identidade

Os participantes deste workshop irão conceber coletivamente uma coleção de roupas para uma sociedade utópica. Algumas questões a serem abordadas: Qual é o significado de “identidade” em uma sociedade utópica? Como os cidadãos irão se vestir? Que tipo de vestuário e códigos comportamentais estes cidadãos terão acesso?

A metodologia participativa desta atividade é inspirada nas técnicas desenvolvidas por Augusto Boal no seu “Teatro do Oprimido”; na noção de consciência crítica, teorizada por Paulo Freire; e em algumas técnicas de pesquisa-ação participativa de Orlando Fals Borda.

Serviço

Workshop gratuito: “Sonhos despertos : novos modelos de identidade”
com o artista Romeo Gongora
Quando: 9, 11, 16 e 18 de novembro, quartas e sextas
Horários: das 15 às 18 horas
Local: Despina | Largo das Artes >> Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado – Centro

Sobre o artista

Romeo Gongora é um artista visual canadense-guatemalense. Sua prática envolve principalmente a participação e está baseada em uma metodologia pedagógica radical, cujo propósito é ativar a consciência humana e sócio-política. Entre algumas de suas colaborações no campo artístico, destaque para: Rencontres de Bamako (Mali), CCA – Lagos (Nigéria), Centro de Arte Torun (Polônia), Festival Belluard (Suíça), HISK (Bélgica), The Office (Berlim) e Open School East (Londres). Em 2007, participou de uma residência de dois anos no Rijksakademie Van Beeldende Kunsten (Amsterdam). Em 2009, representou o Canadá como um artista em residência na Künstlerhaus Bethanien (Berlim) e no Acme Studios (Londres), em 2016.

Mais informações
www.romeogongora.com

Crédito da imagem

Commun Commune
, workshop, “Repensando a maternidade através da criação”, por Camila Vasquez, 2015, Lac Brome (CA), co-produção: 3e Imperial, centre d’art actuel

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Workshop – Práticas curatoriais contemporâneas

29.06.2016 - 14.09.2016

Workshop – Práticas curatoriais contemporâneas: pensamentos, processos e realizações.

Intenso debate vem pautando a agenda de curadores, artistas, críticos e historiadores da arte quanto ao que caracterizaria o pensamento curatorial contemporâneo. A emergência do curador-autor nos anos de 1970 e sua ascensão a uma posição central no sistema das artes nos leva a especular sobre as possibilidades de expansão e desconstrução da curadoria a partir de novas dinâmicas de trabalho. Este curso, portanto, propõe a criação de uma exposição coletiva que tomará como princípio a investigação de um tema guarda-chuva proposto pelos curadores-orientadores, o qual será explorado criticamente pelo grande grupo. Buscaremos debater horizontalmente as diversas motivações, questões conceituais e estágios do processo curatorial.

O grande desafio para um curador é trazer a público em um mesmo espaço (urbano, expositivo, impresso ou virtual) obras que constituam em seu conjunto não apenas uma única constelação de sentido, mas que também permitam à audiência estabelecer novas conexões semânticas como decorrência do confronto entre a experiência sensorial e sua própria bagagem cultural – quer seja crítica, afetiva, política, social, histórica ou filosófica. Realizar exposições em espaços institucionais, pois, constitui apenas uma de suas possíveis atividades, uma vez que a formação do pensamento curatorial não apenas precede a escolha de uma determinada abordagem conceitual, de artistas, de suas obras, e a consequente distribuição das mesmas no espaço, como também pode (e deve) se estender para além da abertura do evento. Neste sentido, a exposição deve ser compreendida como um dispositivo para a construção de novas relações que extrapolam seu próprio fim, já que a instituição ou espaço político e geográfico no qual ela acontece, o orçamento disponível para sua realização, a relação com artistas, colecionadores, galerias, gestores, montadores, produtores, editores, designers e jornalistas, a produção de textos/publicações e, finalmente, o contato do público com as obras, são questões de base que se impõem ao curador contemporâneo.

Ao considerar a miríade de preocupações de ordem conceitual e prática inerentes à atividade curatorial, este workshop pretende explorar criticamente as várias etapas do projeto – desde sua concepção à sua realização –, promovendo a reflexão e o debate acerca dos diversos elementos que lhe são constitutivos, quais sejam: formação do pensamento curatorial; pesquisa curatorial; formulação de ideias ou hipóteses a serem exploradas conceitualmente; studio visits; escolha de artistas, obras e definição das ações paralelas à exposição; arquitetura e ocupação de espaços expositivos; produção de textos críticos e curatoriais; montagem da exposição; e articulação de programas públicos e/ou educativos. Partindo de um modelo de curadoria associativa e experimental, no qual os integrantes do workshop contribuirão para as decisões decorrentes das proposições conceituais debatidas coletivamente, iremos investigar, em conjunto, a prática curatorial contemporânea.

Este workshop apresenta como premissa curatorial a reflexão sobre a esfera pública e busca especular sobre os aspectos políticos e culturais que caracterizam a experiência coletiva e constituem a natureza humana, quer seja no âmbito material, religioso ou filosófico.

São eixos norteadores do projeto curatorial:

– o espaço público;

– o tecido social;

– a rua;

– as tramas simbólicas, políticas e culturais articuladas no plano social.

Período do workshop
13 encontros ǀ 29 de junho a 14 de setembro de 2016

Horário
das 19 às 22 horas.

Local
Despina | Largo das Artes
Rua Luís de Camões, 2 – Sobrado – Largo de São Francisco
Centro, Rio de Janeiro – RJ

Período expositivo
de 06 a 29 de setembro de 2016

Investimento
R$ 1.500,00 (em até 3 vezes)
Vagas limitadas (de 15 a 20)

Curadoria
Bernardo José de Souza (PDF – BIO)
Bernardo Mosqueira (PDF – BIO)

Inscrições: enviar um e-mail com CV para cursos@despina.org

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Conteúdo Programático

Aula 1

Quarta-feira dia 29/06, 19 hs

a) Apresentação de algumas ideias norteadoras do pensamento curatorial contemporâneo.

b) Introdução ao processo do workshop e apresentação de breve histórico da prática curatorial e de exposições seminais realizadas no século XX.

c) Comentário sobre a bibliografia indicada, estruturação do seminário e apresentação do processo de desenvolvimento das propostas curatoriais a serem desenvolvidos individualmente ou em grupo.

d) Oitiva sobre os desejos em relação ao curso e verificação  dos conhecimentos anteriores sobre o conteúdo que será apresentado.

Aula 2

Quarta-feira dia 06/07, 19 hs

a) Teoria e História da curadoria.

b) Alguns exemplos de curadoria.

Aula 3

Quarta-feira dia 13/07, 19 hs

a) Experiências curatoriais de Bernardo José de Souza e Bernardo Mosqueira.

b) Oitiva sobre os interesses dos alunos na prática curatorial.

Aula 4

Quarta-feira dia 20/07, 19hs

Seminário e apresentação preliminar de pré-propostas para a exposição final.

Aula 5

Quarta-feira dia 27/07, 19 hs

Discussão teórica, definições sobre a abordagem do tema proposto, elaboração do conceito a ser explorado pelo projeto e distribuição de tarefas.

Aula 6

Quarta-feira dia 03/08, 19 hs

Visita a um ateliê ou entrevista com artista(s) em sala de aula.

Aula 7

Quarta-feira dia 10/08, 19 hs

Sugestão de trabalhos e ações para a exposição e decisão da lista preliminar de obras.

Aula 8

Quarta-feira dia 17/08, 19 hs

Produção: orçamento, soluções, montagem, material gráfico, programas públicos, texto, imprensa, apoios e relações institucionais.

Aula 9

Quarta-feira dia 24/08, 19hs

Reunião de produção e acompanhamento de tarefas.

Aula 10

Quarta-feira, dia 31/08, 19hs

Reunião de produção e acompanhamento de tarefas.

Aula 11

Final de semana dos dias 3 e 4 de setembro (datas e horários a serem confirmados)

Montagem da exposição

Aula 12

Terça-feira, dia 06/09, 19hs

Abertura da exposição

Aula 13

Quarta-feira dia 14/09, 19hs

Pós-abertura

  1. Palestras, performances, ações, encontros e outras ativações.