Marina Lattuca

Marina Lattuca
14.02.2022 - 22.04.2022

Marina Lattuca nasceu no Rio de Janeiro e se utiliza de escrita, pintura, desenho e costura para o desenvolvimento de arquétipos e mitologias próprias. A artista é formada em Jornalismo pela PUC-RJ e foi aluna da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2021, seu conto “Morte ou a iminência do que está prestes a parar de existir” foi selecionado e publicado na coletânea do Prêmio Off Flip. Dentro de sua prática, se dedica a escrever imagens e desenhar textos. Através de uma espécie de autopoiesis, sua pesquisa se concentra na invenção e releitura de novas mitologias e misticismos, tendo como objeto de experimento seu próprio corpo e memórias. Em um processo quase arqueológico, a artista busca estratificar diferentes camadas anímicas, investigando uma a uma. Marina participa do Programa de Residências Despina de fevereiro a abril de 2022.

Programa de residências para artistas LGBTQIA+ (UK)

MAIO - JUNHO 2022

Plural é um programa de residência digital de quatro semanas para artistas LGBTQIA+ Britânicos ou que vivem no Reino Unido, realizado pelo British Council juntamente com quatro parceiros brasileiros: Despina, Instituto Mesa, Diversa Art and Culture e PretaHub.

As residências são autodirigidas pelo artista, com apoio e orientação da organização anfitriã. Os candidatos são convidados a propor uma ideia de projeto para ajudar a estruturar seu trabalho e tempo e serão incentivados a fazer conexões e explorar novas ideias.

Espera-se que os residentes apresentem trabalhos digitais (por exemplo, exposição online, performance, etc.) durante a residência e participem de atividades como workshops ou palestras. Além disso, os residentes são solicitados a documentar sua residência para compartilhar com o público.

Para mais informações e como se inscrever, visite o site do British Council Brasil (convocatória disponível somente em inglês).

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Wanja Kimani foi a artista selecionada pela Despina para o Artists in Residence do Programa Plural.
Wanja Kimani nasceu no Quênia e vive no Reino Unido. Seu trabalho flui entre performance, filme, texto e materiais têxteis. Movida por histórias sobre pessoas e lugares reais e imaginários, ela se insere em narrativas e usa seu corpo para explorar rituais, objetos e a paisagem rural.
O Artists in Residence é um programa on-line de residências artísticas na área da arte e cultura que tem como objetivo desenvolver ideias, experimentar novas práticas e criar conexões.
As demais artistas selecionadas e suas respectivas organizações brasileiras parceiras, são: Susan Thompson – Instituto Mesa (RJ), Annabel McCourt – Diversa (SP) e Jelly Cleaver – PretaHub (SP).

Mina Mana Mona

Ocupação e Feira Mina Mana Mona
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Mina Mana Mona é um projeto de ocupação coletiva, por mulheres cis e trans, do espaço da Despina como ateliê de produção e de experimentações de convivência durante outubro e novembro de 2021. Propomos articular colaborações, cruzamentos, construções comunitárias, redes de afeto e de geração de renda. Mais do que uma proposição, Mina Mana Mona é um exercício. O projeto foi finalizado com uma feira de artes e ativismos com 17 expositoras convidadas para participar: Aline Besouro, Amanda Seraphico, Anis Yaguar, Aya Ibeji, Cali Nassar, Consuelo Bassanesi e Marcela Fauth / Vem pra Luta Amada, Dri Simões, Ella Franz Rafa, Lanchonete <> Lanchonete, Lara Lima, Maria Palmerio, Mariana Paraizo, Mayara Velozo, Sabine Passareli, Sofia Skmma, Tapixi Guajajara, Yuki Hayashi / Fudida Silk. As cozinha ficou a cargo da KuzinhaNem, projeto de formação gastronômica vegana da Casa Nem. Outras edições da Feira Mina Mana Mona irão acontecer ao longo de 2022.

Troca de segredos

diambe da silva
01.09.2021 - 30.09.2021

Troca de segredos, RCT (2019-2021) é um trabalho em processo de Diambe da Silva, artista convidada para ocupar o ateliê da Despina durante o mês de setembro ao lado da artista a terapeuta Sabine Passareli. Gravuras de chaves e estruturas móveis de tecidos criam um espaço temporário em favor do mistério. O trabalho será montado posteriormente no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na primeira individual da artista.

“Troca de segredos é um cenário que crio com coisas que acumulo comigo desde 2019 e mudam de escala em geometrias, gravidade, pessoas comparsas e acolhida íntima em um percurso por diversas residências”, explica a artista. Tecidos, recortes, impressões serigráficas, chaves e outros elementos compõem um móbile fluído que contém muito da trajetória e vivências da artista.

Esta é a terceira vez que Diambe participa de iniciativas da Despina. Agora, percebendo nossa própria precarização diante da ausência temporária de um espaço físico de trabalho e convivência, colocamos o espaço para servir aos projetos, desejos, necessidades e ideias de outres quando reaberto. O processo pode ser visto através de agendamento, diretamente com a artista.

Novos itens no arquivo Compa

SETEMBRO 2021

Em 2020, a Despina foi contemplada com o subsídio previsto no Inciso II da Lei Aldir Blanc, destinado à manutenção de espaços artísticos e culturais que tiveram suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social. Como contrapartida, havíamos previsto cinco oficinas em escolas municipais quando reabrissem. Naquele momento imaginávamos que em alguns meses isso seria possível. Diante do descontrole da pandemia no país, tivemos que adaptar nossa contrapartida para o formato digital.

Neste cenário, propomos a inserção de verbetes de artistas ativistas em Compa – Arquivo das Mulheres. Estes itens são o embrião de uma pesquisa que pretendemos realizar ao longo de 2022, mapeando as artistas ativistas em atividade no país. Nesta etapa inicial e embrionária, vamos inserir sete artivistas que trabalham em múltiplas linguagens. Agradecemos à Ana Lira, Indianarae Siqueira, Juliana Notari, Lara Lima, Marcela Fauth, Maya Inbar e Sabine Passareli pelo material – e pelas lutas.

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Conteúdo produzido como contrapartida do Inciso II da Lei Aldir Blanc, Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro/Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Especial de Cultura/ Ministério do Turismo e Governo Federal.

Coletivo de Terapia Ocupacional

Sabine Passareli
09.09.2021 - 30.09.2021

“Coletivo de Terapia Ocupacional” é um grupo aberto, efêmero, intersetorial e interdisciplinar proposto pela artista e terapeuta Sabine Passareli. Os encontros irão acontecer todas as quintas-feiras de setembro, a partir do dia 9.
Como desaparecer? Como reaparecer? Como se juntar a um grupo? Como romper com um grupo? Estas são algumas das questões que serão abordadas num espaço democrático, informal e de produção de independência e autonomia.
Participação gratuita, uso de máscara essencial. Interessados devem trazer materiais para a construção de diários de bordo individuais. Todes bem vindes!

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Entre setembro e novembro, a Despina vai ocupar o térreo do Espaço Mova em múltiplas ações com diversos agentes, colegas, parcerias. Respirar juntes, colar os cacos, resistir à barbárie e desafiar o aniquilamento da cultura.

SERVIÇO
Quando: dias 9, 16, 23 e 30 de set
Hora: das 19 às 21 horas
Onde: Rua Hermenegildo de Barros, 73

Ania Reynolds

Ania Reynolds
01.08.2021 - 31.01.2022

Originalmente planejado como um projeto presencial de continuação da residência de julho de 2019 da artista Ania Reynolds, Trilha Sonora evoluiu para uma colaboração artística transcultural devido às restrições causadas pela pandemia da Covid-19.
Na impossibilidade de viajar ao Rio para fazer o trabalho, Ania está colaborando remotamente com a artista carioca Anna Costa e Silva, que irá captar imagens do cotidiano da cidade para o projeto. A partir destas imagens, Ania irá trabalhar na edição e trilhas em seu estúdio caseiro em Melbourne, na Austrália. O resultado final deste projeto colaborativo será apresentado na Despina no início de 2022.
Trilha Sonora é uma investigação sobre a relação entre som e imagem em movimento e explora o poder da música e do som para transmitir e ditar narrativas e emoções. A artista e compositora Ania Reynolds compôs para todas as formas de arte, do circo ao cinema, do teatro aos podcasts e à arte performática.
Neste trabalho, ela explora o papel da trilha sonora como contadora de histórias, criando um pequeno vídeo com três trilhas sonoras distintas. O público terá a chance de escolher sua própria aventura de trilha sonora ou comparar as diferentes narrativas sonoras.
Este projeto tem apoio do Governo Australiano por meio do seu Conselho de Artes.

      

Lançamento do Arquivo Compa

Compa – Arquivo das Mulheres está no ar!!

O primeiro arquivo digital brasileiro totalmente dedicado à memória, histórias, lutas, conquistas, iniciativas, micropolíticas e revoluções cotidianas das mulheres e do movimento feminista no Brasil nasce com um acervo inicial de 260 itens selecionados a partir de um esforço coletivo que mapeou, registrou e disponibilizou nove coleções: Slam das Minas RJ, Parquinho Gráfico, Casa Nem, 8M Brasil, Vem pra Luta Amada, Nossa Hora de Legalizar o Aborto RJ, Artes Visuais pela Democracia, Zine-feminista e Placa Rua Marielle Franco.

Além destas coleções, também foram documentados itens diversos que de alguma forma demarcam nossos princípios e demonstram a diversidade de materiais através dos quais podemos contar a história pela perspectiva das companheiras e companheires que lutam.
Os materiais incluídos neste primeiro esforço de documentação procuram recuperar e conservar a memória das lutas e da resistência. Servem também de registro para nossos esforços coletivos rumo à construção de alternativas para superar as estruturas sociais, políticas e econômicas opressoras vigentes.

Construir um arquivo colaborativo é uma tarefa que promove o envolvimento com o passado tanto quanto o comprometimento com o futuro. À medida que abastecemos coletivamente Compa, firmamos o compromisso de aprender com os mais diversos movimentos e a nos engajar em conversas com os múltiplos feminismos que estejam em consonância com os princípios articulados em nossos três pilares: História vista de baixo, Interseccionalidade e Coletividade.

Vamos juntas construindo e contando a nossa história! Memória é poder.

Obrigada a todas as compas que lutam, e obrigada a todes que trabalharam e colaboraram com este projeto: Thelma Vilas Boas, Mariana Bastos, Clarice Corrêa, Panmella de Jesus, Thais Goldkorn, Isadora Attab, Rita Sepúlveda de Faria, Marina Zilbersztejn, Laís Fonseca, Nathalia Bruno, Camila de Puniet, Daniela Name, Débora Ambrosio, Jéssica Sol, Lara Werner, Liège Nonvieri, Marcela Fauth, Paula Borghi, Paula Kossatz, Samantha Moreira, Tom Grito, Raquel Lazaro, Renata Rodrigues, Astrid Kusser e Lorena Vicini.

Compa – Arquivo das Mulheres é um projeto da Despina em colaboração com a Lanchonete Lanchonete. A fase I de implementação do arquivo foi patrocinada com recursos do Fundo Internacional de Ajuda do Ministério Alemão das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha, do Goethe-Institut e de outros parceiros: www.goethe.de/hilfsfonds.

Compa – Arquivo das Mulheres

2020 - 2021

Com muita alegria que anunciamos que a Despina foi selecionada para receber patrocínio do Fundo Internacional de Ajuda do Ministério Alemão das Relações Exteriores da República Federal da Alemanha, do Goethe-Institut e de outros parceiros: www.goethe.de/hilfsfondsAtravés deste apoio generoso, que chega num momento de profunda crise de saúde e institucional no Brasil, vamos realizar um projeto com o qual sonhamos há alguns anos.

Compa – Arquivo das Mulheres é o primeiro arquivo digital colaborativo brasileiro totalmente dedicado à memória, histórias, lutas, conquistas, iniciativas, micropolíticas e revoluções cotidianas das mulheres e do movimento feminista no Brasil. O arquivo se propõe a resgatar e disponibilizar publicamente e gratuitamente, por meio de site desenvolvido especificamente para o projeto, coleções e acervos de zines, panfletos, bandeiras, lambes, cancioneiros, camisetas, poesia, manifestos e demais registros e memorabilia que documentem, articulem e elaborem transdisciplinarmente essas narrativas e lutas em curso.

Além do arquivo visual, Compa – Arquivo das Mulheres também produz o podcast Compa, composto por entrevistas com mulheres que tenham um histórico reconhecido de atuação nos campos de luta das mulheres e disponível nas principais plataformas.

Compa se alinha e dialoga com projetos anteriores da Despina, por meio dos quais evidenciamos nossa disposição de trabalhar com narrativas e corpas invisibilizadas, nos lançando ao desafio de criar e executar projetos plurais, transdisciplinares e ativamente formadores nos campos das artes e do ativismo estético-político.

Conceitualmente, Compa (apelido para “companheira”, uma palavra carinhosa usada entre mulheres nas lutas) foi idealizado a partir de 3 pilares:

1 – O conceito de “history from below”, que olha para a história através da perspectiva das pessoas comuns, oprimidas, não conformistas e dos grupos marginais. Este projeto reconhece a importância de registrar a história de forma mais ampla e de colocar em protagonismo os conflitos que derivam da narrativa hegemônica, contada pelos grupos dominantes;

2 – O viés do feminismo interseccional, entendendo as lutas das mulheres como lutas contra opressões que se sobrepõem e que incluem para além do gênero questões raciais, de classe, de sexualidade e outras;

3 – O reconhecimento da coletividade enquanto um campo de atuação revolucionário e necessário não só ao projeto mas também a desenhos de mundo que sejam capazes de ressignificar a lógica excludente dominante.

Compa é um projeto da Despina com a colaboração da Lanchonete <> Lanchonete

Após o lançamento de Compa com o conteúdo inicial possibilitado por meio deste edital, em fevereiro de 2021, o arquivo segue vivo e sendo construído coletivamente através da colaboração de mulheres e movimentos que se sintam convocadas. Organizações, coletivos, movimentos de mulheres, ativistas e feministas independentes podem se registrar para disponibilizar seus acervos e materiais diretamente no arquivo, num esforço coletivo de arqueologia das memórias das mulheres no Brasil.

Atravessar Paredes: Performance entre Residências

No dia 16 de março, na metade do período de residência da artista Marcela Cavallini, a Despina fechou em recesso devido ao Covid-19. Seguindo a proposição inicial de realizar residências dentro da residência, e em interlocução com outras seis artistas – Edzita Sigo Viva, Clarice Rito, Tuk Melo, Ara Nogueira, Dulce Lysyj e Anna Cecilia Cabral – as trocas seguiram de forma remota e os desdobramentos são um documento deste tempo difícil em que nos isolamos diante de uma crise e epidemia sem precedentes.

Os resultados podem ser vistos em Àquelas que Intentam Atravessar Paredes: Performance entre Residências,  e em O que é necessário à residência agora?, ambos documentos produzidos colaborativamente pelas artistas.