Coletiva Ocultas

Coletiva Ocultas
16.05.2022 - 27.06.2022

Corpas em itinerância na encruza carioca, a Coletiva Ocultas teve início em 2015 na extinta Escola de Artes e Tecnologia Oi Kabum!, no Rio de Janeiro, e foi inicialmente formada por alunes egressos da mesma, aglutinando ao longo dos anos artistas de outros espaços e ações pontuais pela cidade. O principal interesse da coletiva está em gerar intervenções sensoriais através de múltiplas linguagens e das relações entre presenças e virtualidades holísticas em rede. Também explora o trânsito entre corpas que em suas práticas e pesquisas vinculam encontros, intervenções espaciais e processos rituais e cênicos como linguagem de trabalho. A coletiva tem interesse especialmente nas linguagens de código, pontos riscados, sinalizações e na ideia de tempo expandido. Composta de corpas não brancas, o guarda-chuva referencial da coletiva parte de perspectivas negras e originárias em simbiose com as tecnologias e com os dispositivos holísticos disponíveis na contemporaneidade, num jogo entre o ancestral, o agora e as possibilidades futurológicas.

A coletiva participa do programa de residências do projeto Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos, contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Arte: Julia Aiz

Anarca Filmes

Anarca Filmes
16.05.2022 - 27.06.2022

Anarca Filmes é uma proposição coletiva em cinema e arte contemporânea que existe desde 2014. Influenciadas pelas tensões políticas no Brasil a partir de 2013, as artistes integrantes iniciam suas atividades na cena noturna do Rio de Janeiro e de Recife e na internet, registrando e fomentando movimentos politicamente engajados, além de festas e espaços voltados à produção de impacto social a partir da celebração de vidas LGBTQIA+, sempre em diálogo com uma rede de artistas, ativistas, cineastas, terapeutas, produtoras culturais, pesquisadoras e educadoras de todo o Brasil.
Seus filmes, vídeos, festas e residências artísticas manifestam-se como dispositivos relacionais, que exercitam a coexistência da diferença nos ambientes e lugares que se inserem, criando interlocuções e expandindo temporalidades através do diálogo com as linguagens da performance, instalação, vídeo e internet.
Vencedores do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Vitória em 2021 por Usina-Desejo Contra Indústria do Medo (dir.: Amanda Seraphico, Clarissa Ribeiro e Lorran Dias, 2021), filme interativo com três finais alternativos, híbrido entre cinema, artes visuais e programação web comissionado pela Pivô para o Programa Satélite: O Assombro dos Trópicos, curado por Victor Gorgulho. Nos últimos anos o coletivo tem desdobrado sua criação artística com o ambiente digital, não só com trabalhos interativos mas também com a venda de obras NFTs, como foi o caso da série The Delirium Anthology (2021), baseada em sete anos de filmografia do coletivo, com GIFs de efeitos, defeitos, artifícios e trechos dos filmes-mundos do coletivo. A série de crypto arte teve lançamento especial na plataforma Tropix com os GIFs: Oracle (2021), Spiral (2021) e Miracle (2021). Suas obras já foram exibidas em festivais e instituições de cinema e artes visuais na Holanda, Portugal, Alemanha, México e diversos estados do Brasil. A coletiva participa do programa de residências do projeto Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos, contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Foto: Lucas Affonso
Arte: Julia Aiz

Podemos ser mais do que imaginamos ser

abril - julho 2022

Podemos ser mais do que imaginamos ser foi realizado com apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura, entre abril e julho de 2022.

O projeto ofereceu suporte financeiro e artístico para o desenvolvimento de sete performances inéditas criadas por jovens artistas LGBTQIA+ do Rio de Janeiro: Anis Yaguar, Cuini, Diambe da Silva, Sabine Passareli, Sumé Yina, Tuca e Vicente Baltar. Estas performances foram gravadas e posteriormente exibidas numa mostra itinerante, que percorreu diferentes regiões da cidade: Maré, em parceria com o Galpão Bela Maré e participação de Jean Carlos Azuos; Pequena África, com apoio da Lanchonete <> Lanchonete e participação de Jéssica Dutra; Taquara, em colaboração com o Cine Taquara e participação de Gleyser Ferreira; e no Centro, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, com participação de Sol Miranda.

Quatro eixos principais orientaram o projeto: 

– Intervir, apostando na potência de articulação entre as práticas artísticas e a disseminação de mediações sensíveis de pautas corpo-dissidentes;

– Conviver, criando mecanismos de partilha criativa que respeitem a autonomia criativa das artistas convidadas;

– Mediar, partindo de preceitos de educação popular e reconhecendo conhecimentos que transcendem as institucionalidades;

– Performar, entendendo todo o processo de desenvolvimento do projeto, desde a captação das imagens até as discussões públicas, como um ato performativo no mundo.

Acesse no canal do YouTube da Despina as documentações das sete performances

Ficha técnica

Realização: Despina

Artistas: Anis Yaguar, Cuini da Silva, Diambe da Silva, Sabine Passareli, Sumé Yina, Tuca Mello, Vicente Baltar.

Direção artística: Sabine Passareli e Vicente Baltar

Direção executiva: Julia da Costa

Direção financeira: Consuelo Bassanesi

Direção de fotografia e edição: Marina Benzaquem

Assistente de fotografia: Lucas Affonso

Sonoplastia: Julia da Costa e Renato Junior

Identidade visual: Julia Aiz

Tradução em libras: Daniel Monteiro Pereira

Apoio logístico: Vinicius Santos

Artistas convidadas:

Performance de Diambe da Silva: Cuini da Silva, Edna Toledo, Jamilly Marques, Marcus Souza, Sabine Passareli, Tuca Mello, Vicente Baltar

Performance de Vicente Baltar: Cuini da Silva, Joa Assumpção, Sabine Passareli

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miguel keerveld

miguel keerveld
01.05.2022 - 31.05.2022

Reabrindo a agenda de residências internacionais, e dois anos após o planejado, o artista e curador Surinamês Miguel Keerveld está na área para participar do nosso programa. Durante o mês de maio, Keerveld vai avançar na pesquisa curatorial que visa contextualizar experiências de sua persona performática @tumpiflow, com foco na urbanização social e no que se conhece (e reconhece) como “favela”. Keerveld está especialmente interessado na distribuição de conhecimento e nas atividades sociais enquanto forças políticas.

 

zum zum auê – coletiva de coletivos

abril - julho 2022

Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos foi realizado com apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura, entre abril e julho de 2022.

Este é um projeto no campo das artes e do ativismo estético-político desenhado para suporte, visibilização, formação de rede, e auto-representação de coletivos formados por corpos que são historicamente subalternizados e suas narrativas apagadas, como pessoas LGBTQIA+, afrodescendentes, indígenas e mulheres. Os coletivos selecionados nesta primeira edição foram: Anarca Filmes, Coletiva Ocultas, Slam das Minas RJ e Trovoa.

O programa foi organizado em torno de uma residência com duração de seis semanas, entre maio e junho de 2022, onde quatro coletivos de artistas, selecionados por convocatória aberta e através de comitê de seleção, participaram de uma agenda que incluiu suporte às práticas de cada grupo, ativações coletivas e eventos abertos ao público.

O suporte foi estruturado a partir de cachê de participação, verba de produção, conversas com curadores/artistas educadores e encontros semanais de acompanhamento dos projetos. Zum Zum Auê também propôs uma agenda pública que abarcou dois eventos: apresentação dos portfólios e pesquisas dos coletivos selecionados no início do projeto, e evento expositivo de encerramento no formato de ateliê aberto para apresentar os processos e trabalhos desenvolvidos ao público. Além disso, cada grupo realizou ao menos uma ativação coletiva, resultando em seis oficinas gratuitas.

Quatro curadores/artistas educadores atuaram no projeto formativo, com o seguinte programa:
– “Estratégias de arquivo e salvaguarda digital de histórias dissidentes”, com Guilherme Altmayer, pesquisador e professor adjunto da Escola Superior de Desenho Industrial UERJ, criador de Tropicuir – Arquivos Transviados.
– “Diversidade de saberes e articulação de práticas anticoloniais”, com Camila Rocha Campos, artista, pesquisadora e educadora.
– “Performance e coletividade, construindo o comum a partir da experimentação de intimidade e escuta”, com a artista e terapeuta Sabine Passareli.
– “Afeto na cidade, intervenções urbanas como proposições políticas de inclusão”, com
Jean Carlos Azuos, artista, educador e pesquisador.
Estes curadores/artistas também fizeram parte do comitê de seleção, ao lado de Consuelo Bassanesi, diretora do projeto e da Despina, e Naomi Savage, produtora de Zum Zum Auê.
Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos tem como principais objetivos:
– Apoiar, fortalecer e visibilizar a produção cultural de coletivos do Rio de Janeiro formados por corpos historicamente subalternizados como pessoas LGBTQIs, negras, indígenas e mulheres;
– Incentivar a formação de redes e trocas afetivas, políticas, sociais, e de produção artística entre os coletivos;
– Instrumentalizar e fornecer ferramentas para o desenvolvimento das práticas de cada coletivo através do programa de conversas com curadores/artistas educadores;
– Compartilhar práticas de criação através de quatro oficinas públicas gratuitas propostas pelos coletivos;
– Apresentar ao público o trabalho artístico de coletivos relevantes na cena cultural carioca;
– Pensar e promover o fazer artístico enquanto campo ampliado da cultura;
– Criar possibilidades de acesso público aos bastidores de processos criativos;
– Visibilizar as práticas e pautas contidas nas atuações dos coletivos e seus membros;
– Garantir a continuidade do trabalho da Despina e das profissionais que fazem parte da rede da Associação, expandindo o apoio financeiro para coletivos de artistas.

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wanja kimani

wanja kimani
15.05.2022 - 30.06.2022

Wanja Kimani foi a artista selecionada para o Artists in Residence do Programa Plural, uma realização do British Council Brasil em parceria com a Despina.

Wanja Kimani nasceu no Quênia e vive no Reino Unido. Seu trabalho flui entre performance, filme, texto e materiais têxteis. Movida por histórias sobre pessoas e lugares reais e imaginários, ela se insere em narrativas e usa seu corpo para explorar rituais, objetos e a paisagem rural.

Durante sua residência, Wanja partiu de uma pesquisa ao arquivo feminista Compa – Arquivo das Mulheres para encontrar o fio condutor para desenvolver um novo trabalho em vídeo. Através do acervo da coletiva Slam das Minas, a artista chegou à poesia de Genesis Poeta, que rendeu um trabalho colaborativo filmado no Rio e no Reino Unido: Pele/Skin.

O Artists in Residence é um programa on-line de residências artísticas na área da arte e cultura que tem como objetivo desenvolver ideias, experimentar novas práticas e criar conexões.
As demais artistas selecionadas e suas respectivas organizações brasileiras parceiras, são: Susan Thompson – Instituto Mesa (RJ), Annabel McCourt – Diversa (SP) e Jelly Cleaver – PretaHub (SP).

Texto curatorial sobre Pele/Skin:

Pele de contato

por Camilla Rocha Campos

“A pele manifesta quem somos e é também uma fronteira entre o cuidado do outro e o autocuidado” (Gênesis Poeta)

“Nossa cultura é nosso sistema imunológico” (Marimba Ani)

Duas artistas em composição. A elaboração do vídeo arte começa com a pesquisa em um arquivo, com uma voz e uma escrita. Organizado pela Despina em colaboração com Lanchonete <> Lanchonete, Compa – Arquivo das Mulheres “é o primeiro arquivo digital colaborativo brasileiro totalmente dedicado à memória, histórias, lutas, conquistas, iniciativas, micropolíticas e revoluções cotidianas das mulheres e do movimento feminista no Brasil”, segundo o site do projeto.

Antes da divisão geopolítica do mundo definir em mapas o contorno exato das divisões administrativas através de fronteiras, a circulação de pessoas, sobretudo com a intenção do comércio, gerou o que foi chamado de línguas de contato. As línguas de contato eram o resultado entre a relação de duas línguas para se formar uma terceira e assim tornar possível a comunicação entre diferentes povos. Eram línguas pertencentes a territórios temporários que ao mesmo tempo traziam a ideia de respeito e troca cultural, interação e influência.

Foi a partir do poema Pele de Gênesis Poeta, artista brasileira, que Wanja Kimani, artista queniana baseada na Inglaterra, propôs o contato que antevê o corpo e que as une, a princípio, pela sonoridade pois uma não compreende a língua da outra. Poema encontrado no Compa – Arquivo das Mulheres que aqui funcionou como o território temporário de encontro, unindo linguagens distintas pela pesquisa cultural. Aqui, é possível identificar, portanto, uma pele de contato que justapõe a interação e a vontade franca de comunicação e troca entre as duas artistas. No vídeo Pele/Skin, criado por Wanja em resposta ao poema citado, o corpo é marca presente. Corpo que apresenta gesto, ou necessidade, de se guardar e proteger-se, corpos que desenvolvem um vocabulário feminino comum. E que enquanto propriedade de si se fazem instrumentos de suas culturas, possibilitando, como diz Marimba Ani, o fortalecimento de seus próprios sistemas imunológicos.

Ao assistir a um vídeo de um senhor contando sobre sua doença de pele, Gênesis dá corpo para sua poesia, entrelaçando sua pele ao depoimento pessoal desse homem. Ao escutar a poesia de Gênesis, Wanja coloca seu corpo em uma arquitetura inacabada em ruínas, estabelecendo entre seu corpo e a casa sem teto uma relação que se cruza em histórias inconclusas, histórias de porvir. Na narrativa de Gênesis o flow guia a jornada que no começo do vídeo recai sobre os movimentos do corpo de Wanja em uma casa de estilo Elizabetano (séc. XVII) exposta a luz do sol e outras intempéries. No Brasil e na Inglaterra o tijolo de barro cru e descascado é o pano de fundo comum do tempo resgatado em superfície. Estrutura de parede que, tal qual pele, é extensão de lugar e relaciona dentro de si as dimensões de morte e mudança ao longo do tempo. Nesse ponto, o envelhecer da pele se aproxima ao envelhecer da arquitetura e a poesia que antes é som sem lugar, ganha dimensão visual. Ambas apontam para o caráter do que ainda pode ser desenvolvido, elementos que por não anunciarem o fim, indicam aberturas: de enredo, de caminhos e de futuro.

Na busca de ser antídoto de si, a pele-corpo de ambas buscam contato e aparatos de proteção e ressignificação na palavra e na matéria bruta. A casa é a carapaça que muitas vezes o corpo precisa para se resguardar, mas a superfície que anuncia o limite precisa de brilho, de memória de força. E nesse momento nossa cultura é corpo, memória é incorporação do conhecimento, sugerindo transformações em todas as estruturas, alteração de paradigmas pessoais e sociais, em coletividade transatlântica. As metáforas que cabem a partir dessa estética são muitas. A pele, que é o maior órgão do corpo humano, usada como superfície de contato, limite, relações com sensível e como premissa de cada argumento estrutural que instaura a partir da colonialidade a ordem mundial que subjuga a partir da raça. Nesta videoarte, pele traz encontro, manifesta doença, marca histórias pessoais, desenlaça o prazer: aqui transformação e desejos estão imunes.

Convocatória aberta!

22.03.2022 - 18.04.2022

A DESPINA, com apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura, convida coletivos de artistas e ativistas para a convocatória do projeto ZUM ZUM AUÊ – COLETIVA DE COLETIVOS.

SOBRE O PROJETO

Zum Zum Auê é um projeto no campo das artes e do ativismo estético-político desenhado para suporte, visibilização, formação de rede, e auto representação de coletivos do Rio de Janeiro formados por corpos cujas narrativas são historicamente apagadas, como pessoas LGBTQIA+, afrodescendentes, indígenas e mulheres.

O projeto consiste em um programa de residências de seis semanas (16 de maio – 25 de junho de 2022), no qual quatro coletivos farão parte de uma agenda que inclui suporte às práticas de cada grupo, ativações coletivas e eventos abertos ao público.

SOBRE O PROGRAMA

O programa inclui bolsa de participação, verba de produção, conversas com curadores/arte-educadores e encontros semanais de acompanhamento dos projetos.

AGENDA PÚBLICA

Zum Zum Auê também propõe uma agenda pública que abarca dois eventos: apresentação dos portfólios e das pesquisas e atividades dos coletivos selecionados, e evento expositivo de encerramento no formato de ateliê aberto para apresentar ao público os processos e trabalhos desenvolvidos durante o programa de residência. Além disso, cada grupo irá propor uma ação/ativação coletiva, resultando em quatro oficinas gratuitas abertas ao público.

>> Bolsa de participação: R$ 4.000 para cada coletivo selecionado.

>> Verba de produção: R$ 1.300 para cada coletivo selecionado.

COMO SE INSCREVER

Inscrições devem ser enviadas até o dia 18 de abril de 2022 para o email res@despina.org com o assunto “Zum Zum Auê” e as seguintes informações em um arquivo no formato PDF:

  • Carta de apresentação com nome do coletivo, e-mail, endereço e número de telefone.
  • Texto descrevendo a prática/pesquisa e áreas de interesse do coletivo (300 palavras).
  • Texto descrevendo o projeto/pesquisa/ação que o coletivo pretende desenvolver durante a residência (300 palavras).
  • Portfolio contendo entre 10 e 20 imagens de trabalhos ou ações recentes.
  • CV ou bio.

CRITÉRIO DE SELEÇÃO

Coletivos serão selecionados com base em seu corpo de trabalho e proposta para o programa de residência. Todos os inscritos serão informados do resultado do processo seletivo por email.

QUEM PODE SE INSCREVER

Podem participar coletivos da cidade do Rio de Janeiro em atividade há pelo menos dois anos, formalizados ou não. As propostas a serem desenvolvidas pelos coletivos durante a residência não precisam ser projetos fechados. No entanto, espera-se resultados e desdobramentos que possam ser compartilhados no evento final de ateliê aberto.

Os coletivos selecionados devem se comprometer a participar das seguintes atividades e ações:

  • evento público de apresentação do coletivo;
  • propor e realizar uma ação/ativação coletiva aberta ao público no formato de oficina;
  • participar dos encontros com curadores e arte-educadores (serão 4 encontros);
  • participar do evento final de apresentação dos projetos desenvolvidos durante a residência.

Não é necessário que todos os integrantes dos coletivos estejam presentes nas atividades.

Boa sorte a todes!

Baixe aqui o PDF da Convocatória Zum Zum Auê.

MAYARA VELOZO

MAYARA VELOZO
14.02.2022 - 22.04.2022

Mayara Velozo vive e mora no morro do Salgueiro, zona norte do Rio de Janeiro. Graduanda em história da arte na UERJ, é agricultora, artista visual e pesquisadora. Atua com performance, fotoperformance, poemas, videoinstalação e, recentemente, com pesquisas escultóricas, têxteis e materiais de construção. Sua poética vem de uma dimensão construtiva e subjetiva de relações familiares, abordando sua casa e lugares de convívio. Fala de construção pessoal e coletiva, do feitio autônomo de sua família em construir e reconstruir sonhos arquitetônicos e de como a natureza pode ser sinalizadora desses acontecimentos. É integrante do coletivo Trovoa, e passou por residencias no MAM Rio, Parque Lage, Paço Imperial entre outros. A artista participa do Programa de Residências Despina de março a abril de 2022.

carnaval impossível

SÁBADO, 26.03.2022

Marina Lattuca, Mayara Velozo e Stefanie Ferraz, artistas atualmente participando do Programa de Residências Despina, propõem a ativação do espaço através de uma mostra de performance  com as artistas convidadas Alex Reis, Dani Câmara, Mila Marques, Sanguessuga, Shion, Luiza Casé e Pat Fudyda.

“Desde o início de janeiro ecoa essa possibilidade, ou melhor, impossibilidade de Carnaval. O Carnaval morreu? Sim e não.
Não sabemos ao certo, mas sabemos que, se há Carnaval em fevereiro, se há Carnaval em abril: falta o Carnaval de março.
Carnaval pede performance. E performance pede carnaval.”

Todes bem vindes, entrada gratuita.

Vacinação obrigatória.

 

SERVIÇO

Data: sábado, 26 de março de 2022

Hora: 18h às 22h

Local: Despina. Rua Hermenegildo de Barros, 73. Santa Teresa, Rio de Janeiro

 

STEFANIE FERRAZ

STEFANIE FERRAZ
14.02.2022 - 22.04.2022

É graduada em design de produto pelo PUC-Rio (2007-2011). Ferraz é mestre em Belas Artes pela universidade Chelsea College of Arts, Londres (2016), e também mestre em Artes Visuais Media pela Slade School of Fine Art em Londres (2018).

Sua prática artística explora a pintura como meio de contar histórias ambíguas, que passam de excitantes a desconfortáveis rapidamente.

Essa fluidez na percepção da imagem é reforçada pela forma de pintar, ao utilizar quantidades grandes de solvente, a artista propõe uma materialidade aquática, imagens que se dissolvem revelando camadas anteriores do processo.

A pesquisa visual funde uma serie de referências, que vão desde pinturas renascentistas, passando por pornografia digital, oráculos até o carnaval carioca. O corpo e a sexualidade são os assuntos que interconectam todas as referências.

Durante sua participação no Programa de Residências Despina, entre fevereiro e abril de 2022, a artista irá aprofundar sua pesquisa no oráculo do tarô, focando no naipe de copas, que conta a trajetória de um relacionamento conturbado.

Exposições selecionadas incluem: Care Don’t Care no Basis Projektraum, Frankfurt, em 2021, Unlocked no Candid Arts Trust, Londres, em 2020, The Land of No Evil na Galeria Offshoot, Londres, em 2019; e NOMAD #1 Accidents Never Happen, Cluj, 2018.