Senado Tomado

Todo mês

SENADO TOMADO é a noite mensal de ateliês abertos da Despina, que combina uma série de eventos, tais como conversas, performances, pocket-shows, mostras de residência e ensaios expositivos, além, é claro, de todos os ateliês do espaço abertos à visitação pública. Acompanhe nos links abaixo todas as edições.

 

 

 

 

Senado Tomado#1

Sexta, 27.04.2018

Nesta sexta-feira, dia 27 DE ABRIL, rola a inauguração da nossa nova noite mensal de ateliês abertos no sobrado que ocupamos desde janeiro na Rua do Senado, centrão histórico do Rio.

SENADO TOMADO marca uma nova fase nesses cinco anos de existência e resistência da Despina e vai continuar a trazer todo mês numa mesma noite uma série de eventos, tais como conversas, performances, pocket-shows, ensaios expositivos, além, é claro, dos nossos ateliês abertos à visitação pública.

Para esta primeira edição, o artista dinamarquês Christian Danielewitz (atualmente em residência na Despina) irá conversar com o público sobre a sua trajetória e também sobre suas pesquisas recentes, dentre elas um projeto de instalação em desenvolvimento, que remete a um trabalho de 1969 do artista norte-americano Robert Smithson (1938-1973). A residência de Christian na Despina contou com o suporte da Danish Arts Foundation e L.F.Foghts Fond.

Também em residência na Despina, a artista brasileira radicada em Nova York, Sofia Bromfield Geld, irá apresentar uma vídeo-instalação, fruto de um projeto de documentário realizado a partir de encontros com sete mulheres de diferentes classes sociais que vivem na cidade do Rio de Janeiro. Este trabalho investiga as formas como as experiências dessas mulheres se cruzam em uma cidade tão adversa.

Já xs artistas associadxs à Despina abrem seus ateliês para visitação do público. Venha conhecer as produções e pesquisas mais recentes de: Alessandra Bergamaschi, Ana Cláudia Lomelino, Carol Medeiros, Denise F Adams, Fernanda Andrade, Joana Silleman, Kika Diniz, Laura Lydia, Lívia Barroso de Moura, Sarah Knill-Jones e Pablo Ferretti.

Fechando a noite, tem “Algo de Fatal – Dani Mattos canta Gal com Marcelo Figueiredo”, um projeto pensado especialmente para a Despina e que reúne dois artistas visuais e educadores que desenvolvem desde o final dos anos 90 projetos musicais combinando rock independente, MPB e ruídos variados.

E nas carrapetas, Fina Estirpe DJ Ensemble!

Esperamos todxs nesta  sexta, dia 27, a partir das 19 horas. Vem quente!

GALERIA DE E-FLYERS  (por Frederico Pellachin)


SERVIÇO

“Senado Tomado” na Despina
Quando: sexta-feira, 27 de abril
Horário: a partir das 19 horas
Onde: Rua do Senado, 271 – Centro
(Entre o Colégio Cruzeiro (antiga Escola Alemã) e a fábrica dos Bixcoitos Globo).
Entrada gratuita

 

COBERTURA DO EVENTO
Vídeo e fotos: Frederico Pellachin

 

 

Navegue pelas fotos abaixo utilizando as setas na horizontal

 

Oficina-processo: Cartografia ativa de redes de cuidado e criação

21 e 28/04 e 5/05

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Arte e Ativismo na América Latina – ano III (2018)

Artista proponente: Cristina Ribas

O quê?
Esta oficina-processo quer pensar a relação entre rede de cuidado e rede de criação a partir de uma perspectiva feminista e da atenção aos trabalhos reprodutivos. A cartografia ativa vai surgir de nossas relações, experiências e estratégias de cuidado e criação, compartilhando estratégias e pesquisando modos expressivos a partir do corpo e da improvisação. A oficina organiza três encontros de 5 horas cada, criando um processo coletivo de cartografia ativa e criação.

Como nos reproduzimos?
Esta pergunta será trabalhada nos encontros a partir de uma perspectiva feminista da reprodução social. Vamos realizar exercícios de improvisação a partir do Teatro do Oprimido e compartilhar leituras de textos feministas, de feministas negras, do feminismo interseccional e textos informados por um devir-mulher. A oficina quer criar um processo coletivo de maneira a pesquisar, perscrutar, participar e ativar redes de cuidado e criação. Diante das diversas opressões produzidas pelo sistema econômico, político e social, e diante do cenário da ‘crise’ que reinstala a alienação e a individualidade (da ordem do salve-se quem puder) deixando-nos impotentes, vamos escutar nossos desejos e explorar a capacidade da produção estética e do teatro experimental e da ação performática de abrir possibilidades para agir no real. Como reverter e antagonizar a captura de nosso potencial criativo, de nossos afetos e desejos? Fomentar redes de cuidado e criação pode ser um caminho? Fomentar essas redes é uma maneira de ativar passagens produtivas entre estética e política? Nessa oficina vamos compartilhar perspectivas feministas que querem recuperar a reprodução social como terreno de luta. A oficina-processo quer criar um espaço de escuta coletiva de todas trabalhando no sentido de ativar uma rede não orgânica de cuidados e de criação; quer inaugurar um espaço para aprender juntas, pesquisar, ensaiar, descansar e explorar nossas experiências e nossas estratégias; quer colocar em prática um espaço para a criação e para a pesquisa que não é meramente discursivo, mas corporal e grupalmente propositivo.

Diagrama político (contra-programa): (1) jogos e exercícios, narrativas pessoais e coletivas, coleta de histórias, exercícios coletivos de teatro invisível e teatro jornal; (2) leitura coletiva de textos e escuta de convidadas; (3) concepção de ações e ou performances para serem compartilhadas com público não participante da oficina.

Quem?
A oficina é gratuita e aberta a todxs, independentemente de formação e experiências prévias. 20 vagas serão oferecidas. Daremos prioridade para as manas, as sapatões, xs trans, as bis, as gays e não binárixs. Serão muito bem vindxs também pessoas sem qualquer experiência com produção artística e cultural. Além disso, 2 a 3 participantes não inscritos podem participar de encontros mediante contato prévio. Participantes que tiverem filhos podem trazê-los para a creche que vamos organizar (para crianças até 10 anos). A creche será um exercício de cuidado compartilhado durante os encontros, e as participantes podem propor atividades para as crianças. Se possível, cada participante deverá dedicar ao menos 2h dos 3 encontros para o cuidado das crianças. Participar da organização da creche é pré-requisito para participar.

Como se inscrever?
Envie um e-mail até dia 18 de abril para cursos@despina.org com o assunto “Inscrição Cartografia ativa de redes de cuidado e criação”seu nome e/ou como você quer ser chamadx, contato (e-mail, telefone, whatsapp), bio de até 10 linhas, e parágrafo com motivação pessoal de participação na oficina. Você pode inserir também links e informação sobre grupos e instituições com os quais você já trabalhou ou teve intimidade.

Cronograma
Inscrições até dia 18 de abril
Os selecionados serão informados por email no dia 19 de abril
Encontros aos sábados, nos dias 21 e 28 de abril e 5 de maio, das 13:00 às 18:00

Oficineira
Cristina Ribas é mulher e mãe. Trabalha como artista, pesquisadora e não muito frequentemente como curadora. Viveu alguns anos fora do Brasil realizando doutorado na Goldsmiths College University of London no qual escreveu sobre cartografia esquizoanalítica no Brasil e quatro grupos ou ferramentas de teatro. Tem mestrado pela UERJ no Instituto de Artes (2008). Em 2015 começou a praticar Teatro do Oprimido a partir de grupos auto organizados, e em intersecções com saúde mental e grupos feministas. Já concebeu vários projetos como catalizadora e organizou residências para artistas e diversos projetos interdisciplinares (desde meados de 2008). Procura provocar articulações entre práticas artísticas, produção de conhecimento e arquivos, e mais recentemente tem se envolvido com práticas e estudos feministas a partir de uma perspectiva feminista da reprodução social. Procura atuar de maneira transversal, a partir do campo da arte no encontro com outras práticas e instituições. Entre 2005 e 2009 desenvolveu a pesquisa Arquivo de Emergência, que em 2011 teve parte de seu acervo incorporado à plataforma on line aberta Desarquivo.org. Faz parte da rede de pesquisadores e artistas Conceptualismos del Sur. Em 2014 concebeu e realizou junto a um grande grupo o Vocabulário político para processos estéticos. A partir de 2015 desenvolve o Protocolo para Intersectar Vocabulários, uma proposta de oficina para trabalhar voz, corpo, improvisação e composição coletiva.

Esta oficina marca o início do 3º ano do Arte e Ativismo na América Latina, um projeto da Despina realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund. Cristina Ribas foi convidada para participar desta primeira fase do projeto e irá ocupar um ateliê de residência no nosso espaço durante o mês de abril.

Mais sobre a oficina-processo
A pergunta ‘como nos reproduzimos?’ traz consigo o conceito de reprodução social. Silvia Federici, junto de outras feministas, afirma que precisamos colocar na agenda do movimento a questão da reprodução social. Por reprodução social pode-se entender a maneira como a sociedade se reproduz, seus costumes, sua cultura, sua economia. A reprodução social mais distribuída está pautada na exploração dos trabalhos reprodutivos. Por trabalho reprodutivo entende-se o trabalho que sustenta a multiplicação ou manutenção da vida ela mesma. O sistema capitalista uniformizou o sistema de reprodução social, subsumindo culturas e outros modos de reprodução a seu modo de reprodução, ao ponto de fazer algumas formas desaparecerem. A reprodução social em geral, amplamente distribuída pelo sistema capitalista, está pautada na invisibilização e na não-remuneração dos trabalhos reprodutivos, portanto, na sua exploração.

A emergência do tema da reprodução social a partir de uma perspectiva feminista interseccional procura fomentar a interacialidade, a intergeracionalidade, e o contato entre diversos saberes, áreas e práticas. Elaborando esse tema, a oficina pode dar conta de criar um espaço de cuidado e criação e produção de estratégias de fortalecimento de grupos e lutas feministas. Em segundo plano, a oficina pode criar espaços para pensar e debater os efeitos da tal ‘crise econômica’, a perda dos direitos, a falência do estado e de várias instituições associadas a ele, assim como pode dar conta de acompanhar a emergência da constituição de estratégias, projetos, redes que vem tanto problematizar como re compor lacunas deixadas pelo recuo do estado, abrindo questões ligadas à potência de organização social e cultural. A ideia de grupo e não-grupo, relações institucionais e modos de organização social autônoma serão temas trabalhados.

Ao criar uma articulação entre improvisação (tendo como referencial jogos e cenas que podem ser criados a partir de teatro experimental e político) e redes de cuidado (tendo como referencial redes de cuidado tanto de trabalhos reprodutivos como redes de cuidado racial, interseccional, cultural, de saúde mental, de gênero, etc), essa oficina quer acirrar a relação entre ficcionalidade e realidade, entre invenção e repetição, desejo e necessidade, entre memória e possível … entre outros.

~ trazer à tona os desejos ~ trazer à tona os conflitos ~ organizar a precariedade ~ criar ~

***Ressalva***
A oficina-processo quer inaugurar um espaço de cuidado coletivo e auto-cuidado. Não serão tolerados quaisquer atos ou opiniões racistas, misóginos, transfóbicos, homofóbicos, lesbofóbicos, entre outros. Nos encontros vamos trabalhar a produção de uma ética de cuidado coletiva a partir de nossas experiências e de nosso desejo.

***

Galeria de fotos (navegue pelas setas na horizontal)
por Frederico Pellachin, Lucas Sargentelli e Cristina Ribas

Esta oficina gratuita fez parte da programação da terceira edição do projeto Arte e Ativismo na América Latina, concebido e realizado pela Despina com suporte do Prince Claus Fund. Mais informações por aqui.

Finalmente + 5 anos da Despina

Quinta, 29.03.2018

Finalmente se junta à Despina pra comemorar seu aniversário de 5 anos.

Vai ser um prazer ocupar com música esse espaço tão lindo!

Finalmente Djs

<Susana Guardado>
<Vinicius Alves>
<Yasmin Zyngier>

Ingressos

Antecipados – R$ 20
Na hora – R$ 35

Link Sympla

https://www.sympla.com.br/17-marco-finalmente-na-despina__254782

Sai da toca!

Finalmente nos 5 anos da Despina
Local: Despina
Rua do Senado, 271
Quando: quinta-feira, dia 29 de março, a partir das 23:00

Conexões: Cinema, Videoarte e Performance

10, 12, 17, 19, 24 e 26 de abril

O curso “Conexões: Cinema, Videoarte e Performance” conecta as linguagens dessas três ferramentas de expressão e seus caminhos para reproduzir uma arte conceitual. Passaremos pela história da poética da imagem no cinema, nos mundos possíveis da videoarte e na multiplicidade do corpo e de instalações através da performance. A proposta é mesclar teoria e referências com a prática efetiva de um projeto autoral em vídeo durante o curso.

Aula 1  – terça 17 de abril
Origens: A instauração do conceitual na imagem-movimento
. Filme experimental: anos 20 – cinema dadaísta e surrealista
. Anos 60 – O cinema underground
. Derek Jarman, Andy Warhol, Maya Deren, Jonas Mekas

Aula 2 – quinta 19 de abril
O Despertar Tecnológico e a Videoarte
. Movimentos de Contracultura
. Videoarte como captura do “tempo-real”
. Nam June Paik, Wolf Vostell, Joseph Beuys, Vito Acconci

Aula 3 – terça 24 de abril
O que define uma performance?
. Grupo Fluxos
. Performance na fotografia, videoarte e teatro
. O Corpo como obra
. Caminhos contemporâneos da body-art

Aula 4 – quinta 26 de abril
Ligações entre espaço, tempo e movimento
. Videoinstalação e uma geografia de afeto
. Arte in Situ
. Sue de Beer, Madeleine Altmann, Bill Viola, Apichatpong Weerasethakul
. Projeto de curso: desenvolver um trabalho autoral em vídeo

Aula 5  – terça 8 de maio
Desenvolvimento do projeto
. Bate papo sobre linguagem e estilo
. Como comunicar através da câmera
. Filosofia da composição
. Debatendo os temas escolhidos pelos alunos

Aula 6 – quinta 10 de maio
. Exibição dos projetos
. Confraternização e encerramento

Curso: Conexões: Cinema, Videoarte e Performance
Coordenado e ministrado por Larissa Melo
Datas e horários: Terças e quintas, a partir do dia 10 de abril, das 19:00 às 21:30
Onde: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro)
Investimento: R$ 480,00 

Como se inscrever
Inscrições encerradas!

Larissa Melo é formada em Realização e Produção Audiovisual na Escola de Cinema Darcy Ribeiro; Integrante do “Elviras” – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema. Graduanda em Bacharelado e Licenciatura em Filosofia na UERJ; pesquisadora em Cinema e Feminismos – Cinema Queer. Formada em Artes Cênicas no Instituto Nossa Senhora do Teatro e Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna. Foi professora e organizadora do Coletivo e Prática de Estudos do Corpo “O Avesso”, no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo. Diretora do curta-metragem “Pássaro Preto”, junto com Safira Moreira em 2017. Co-diretora (com Macário Silva) de “Umzimba”, presente na Mostra Sesc de Cinema. Sua obra fotográfica “Nidum” foi vencedora do Concurso Convocatória Garagem, presente em exposição do Espaço 1001 Cultural em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Crédito da imagem
Windows flower and The Kennedy Family, – Jonas Mekas, 1972 (16mm)

Cine Clube Despina + Ateliês Abertos

15.03.2017

Evento cancelado em função dos últimos acontecimentos na cidade do Rio de Janeiro.

Convidamos todxs para uma noite especial de cine clube + ateliês abertos na Despina.

No próximo dia 15 de março, acontece mais uma sessão do Cine Clube Despina com curadoria do CINEMA KUIR, que traz o longa “Eu sou Lana Del Rey”, dirigido por Lucas Ferraço Nassif.  Após a projeção, haverá um debate sobre o filme, com a presença do diretor e do critico de cinema e ator Pedro Pinheiro Neves. Na mesma noite, o artista sueco Haidar Mahdi irá apresentar os trabalhos produzidos durante o período de sua residência no Rio de Janeiro, que contou com o acompanhamento do professor e curador Raphael Fonseca. Os demais ateliês do espaço também estarão abertos para visitação.

CINEMA KUIR apresenta
“Eu sou Lana Del Rey”

Direção: Lucas Ferraço Nassif
Roteiro: Bráulio Cruz
Brasil, 2017, 100′

Lana Del Rey é a estória de amor de um jovem artista. Este é um trabalho no distante, na vulnerabilidade, da relação por telas, por imagem, por sonhos e devaneios, por drogas, por sentimentos de uns e de umas que tocam nos de outros e de outras. Um filme incomum (em sua produção etc.) mas, uma vez que a internet e o Skype estão presentes em nossas vidas quase o tempo todo, não é incomum em nossas vidas: logo, este pode ser um filme comum.

Mesmo no limite abissal do falso e da caricatura excessiva, a um queer ferido é dito que “está tudo bem” e que para ele “só há amor”, como as mães que essas divas pops acabam por se transformar para esses efeminados infantis e sofridos que, nos termos da “normalidade”, têm uma forma muito estranha de amar. No cúmulo da ironia remota e da frieza fantasmática persistente, uma relação se estabelece, um vínculo (mesmo que um pastiche dele) é criado. É preciso que essa forma masoquista e queer de amar não seja ignorada por uma discussão teórica que é, antes de tudo, incapaz de sequer enxergar esse amor como um elemento encenado dentro de uma obra com valor artístico. (Fragmento do ensaio “A improdutividade queer”, de André Antônio). Versão na íntegra por aqui.

 

cine_KUIR_logo

O CINEMA KUIR é um dispositivo aberto e itinerante que traz para reflexão temas que gravitam entre anarquismo e vivências kuir, atrelados à arte, audiovisual e modos de vida e estar junto que escapam às normas vigentes.

 

 

 

 

 

 

 

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PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS DESPINA apresenta:

Ateliês abertos com mostra especial do artista sueco Haidar Mahdi
Haidar vive e trabalha em Estocolmo, Suécia. Graduado em Konstfack, com mestrado na Royal Academy of Fine Arts de Estocolmo. A prática de Haidar traz a marca do seu multiculturalismo (mãe polonesa, pai iraquiano), que se manifesta através de um amplo interesse em uma diversidade de materiais e técnicas, principalmente a argila e a cerâmica. Seus objetos e esculturas zombam do pomposo e do opulento, beirando o kitsch. Reunir materiais “baratos” que imitam objetos reais também tornou-se parte do seu processo. Durante a sua residência na Despina, o artista tem pesquisado novos materiais e novas formas de combiná-los. A residência de Haidar Mahdi na Despina conta com o apoio do fundo internacional para artistas visuais da Iaspis (www.konstnarsnamnden.se) e teve o acompanhamento do professor e curador Raphael Fonseca.

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SERVIÇO
Cine Clube Despina + Ateliês Abertos 
Quando: 15 de março, quinta-feira, às 19:00
Local: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro)
Entrada gratuita

cinekuir_atelies

 

CRÉDITO DA IMAGEM NO TOPO
Still do filme “Eu sou Lana Del Rey”

CRÉDITO DO E-FLYER
Montagem com still do filme “Eu sou Lana Del Rey” +
detalhe da série “Penetráveis XXX”, do artista sueco Haidar Mahdi.


Oficina MOVE – Iniciação ao Movimento, com Diego Mur / Nohbords

Terça, 06.02.2018

Despina convida para MOVE – INICIAÇÃO AO MOVIMENTO, oficina gratuita com o dançarino, coreógrafo e artista visual mexicano Diego Mur.

MOVE é um laboratório de estudo do corpo que se propõe a explorar a mecânica e os padrões primários de corpo e dança tais como direção, peso, espaço e energia. O objetivo é descobrir ações físicas detonadas por impulsos direcionados que permitem elaborar sequências de movimento, capazes de ativar a memória física e, a partir da sua prática, aprofundar a pesquisa para abordar mecânicas de dança complexas.

Esta oficina é dirigida a atores, dançarinos, artistas, coreógrafos e demais interessados ​​e envolvidos na criação cênica contemporânea. Interessados em participar, favor enviar um email para cursos@despina.org com o título no campo assunto: “Inscrição MOVE” e informar nome completo e telefone de contato. Vagas limitadas! A oficina será ministrada em espanhol e inglês.

DIEGO MUR iniciou sua formação profissional em dança contemporânea na Escola Independente Núcleo Antares, sob a direção de Miguel Mansillas e Isaac Chau. Durante sua formação como bailarino, fez parte de processos criativos com coreógrafos como: Claudia Lavista, Evoé Sotelo, Guillermo Maldonado, Ángeles Martínez, Cora Flores, Adriana Castaños, Gladiola Orozco, Gabriela Medina, Abigail Núñez, Manuel Stephens, Georgina Gutiérrez, Beto Pérez, Jaciel Neri, Sygfryed Rzysko e Ernesto Contreras. Foi convidado pela companhia Antares para bailar nas obras Polígono Irregular (2011), Que no descubran tu nombre (2012), Pliegues (2014), y Ladoalado (2013). Fez residencia artística no Danscentrum Jette, Bruselas Bélgica, centro de dança dirigido por Roxane Huilmand, onde teve a oportunidade de se formar com representantes da dança de nível internacional: David Sambrano, Sidi Larbi, Cruz Mata. Ganhador do prêmio Contrastes 2010, de 4 X Premio Culiacán de Coreografía; Hector Chávez, do prêmio de video dança Agite y Sirva 2015 e do premio FICD5, Festival Internacional de Cine en el Desierto. Atualmente é diretor artístico do NOHBORDS, projeto de dança contemporânea e arte visual.

INFO
Oficina MOVE – INICIAÇÃO AO MOVIMENTO, com Diego Mur
Quando: terça-feira, 6 de fevereiro, das 16 às 19 horas
Onde: Despina
Rua do Senado, 271 – Centro
Interessados em participar, favor enviar um email para cursos@despina.org com o título no campo assunto: “Inscrição MOVE” e informar nome completo e telefone de contato. Vagas limitadas!
Agradecimentos: Pablo León de La Barra.

Conversa com Nina Wöhlk e Matthieu Laurette

Terça, 30.01.2018

Na próxima terça-feira, dia 30 de janeiro, abrimos nossa nova sede para o primeiro evento público do ano, uma noite de conversas com a curadora dinamarquesa Nina Wöhlk e o artista francês Matthieu Laurette, com mediação do curador Pablo Leon de la Barra.

Wöhlk irá apresentar alguns processos investigativos que empreendeu durante a sua residência na Despina neste mês de janeiro. Através de observações em torno da fabulação especulativa – o relato de novas his(es)tórias como um método artístico -, ela expõe o seu interesse no conceito de “string-figures” de Donna Haraway e a sua relação com a literatura de cordel brasileira – histórias “enfileiradas” e a sua potência como gênero literário. Serão pontuadas aqui referências à escritora e artista dinamarquesa Amalie Smith e ao seu próximo livro “Et hjerte i Alt” (algo como “Um coração em tudo”), realçando a colagem de textos escritos ao longo de 10 anos e que se estabelecem no livro como uma “fita de Möbius”. A partir daí, Wöhlk propõe uma conexão entre o canibalismo brasileiro, abordado pela XXIV Bienal de São Paulo em 1998, com o método dinamarquês chamado “vandalismo”, manifestado pelo artista Asger Jorn na fundação do movimento “Instituto Escandinavo de Vandalismo Comparativo” (Scandinavian Institute of Comparative Vandalism – SISV) em 1961 (-1965). Neste âmbito, ela procura refletir sobre desconstrução e especulação como dois métodos artísticos e geradores de novas his(es)tórias.

Laurette, por sua vez, irá conversar com o público sobre a sua trajetória artística e o seu projeto mais recente, “Tropicalize me”, uma experiência que procura dissecar, através de diferentes pontos de vista, a noção de “trópico” e o acesso a este conceito por variadas circunstâncias e percepções. Iniciado em Bogotá em 2010, “Tropicalize me” consiste no artista solicitar a personalidades distintas do circuito artístico latino-americano uma lista de tarefas e ações a cumprir e que o “tropicalizem”. Lidando com a fantasia do exótico e sublinhando sua natureza descontínua, o projeto combina práticas conceituais com recursos “in situ” e revela uma ambiguidade nas comunidades artísticas contemporâneas que anseiam pela identificação com produções pós-ideológicas construídas socialmente e transformadas em commodities.

Esperamos vocês a partir das 19h30 no nosso novo endereço: Rua do Senado, 271 – Centro (sobrado azul e amarelo entre o Colégio Cruzeiro e a fábrica dos Biscoitos Globo). Entrada gratuita. Estacionamento 24 horas em frente ao local.

SOBRE OS CONVIDADOS

NINA WÖHLK vive e trabalha em Copenhague, Dinamarca. Desde 2012, trabalha como curadora independente e também na produção de conhecimento em campos expandidos da arte contemporânea. A sua pesquisa lida com a inseparabilidade que existe entre o trabalho de arte e o seu contexto. No momento, ela investiga práticas performativas na arte contemporânea e as suas relações com o pensamento discursivo emergente. Cultura indígena nórdica e trauma como experiência passada reincidente são temas que percorrem a sua pesquisa. Como curadora do triênio 2016-2018 da instituição de arte Læsø Kunsthals (localizada na pequena ilha de Læsø, no norte da Dinamarca), Wöhlk tem destacado o trabalho inovador e de vanguarda dos artistas dinamarqueses Per Kirkeby, Jørgen Haugen Sørensen e Asger Jorn, através de exposições individuais que estão se ramificando em muitos contextos e situações diferentes, tornando estes artistas relevantes e atraentes novamente. Em 2018, ela irá organizar uma exposição com Asger Jorn, membro fundador dos movimentos Situationist Ideale, CoBRA e Bauhuas Imaginiste e também do Scandinavian Institute for Comparative Vandalism – este último enfatizado na sua próxima exposição, que irá reunir artistas contemporâneos envolvidos em diálogos com o legado das obras de arte, teorias e idéias de Jorn. A sua residência na Despina conta com o apoio da Danish Arts Foundation e Knud Højgaards Fund. Mais informações: www.ninawoehlk.dk

MATTHIEU LAURETTE vive e trabalha em Paris, França. Desde os anos 90, atua como um artista multimídia e está entre os precursores de estratégias que afirmam o virtual e as redes como ferramentas artísticas efetivas. Seu trabalho utiliza estereótipos, modelos e processos emprestados da mídia e em grande parte das ideias em torno da “Sociedade do Espetáculo”. Sua prática questiona diretamente a relação entre arte e vida, valor e economia. “Tropicalize me”, seu mais recente projeto, está centrado na pessoa artística em si e registra ações por meio de certificados, fotografias e mídias sociais. Suas obras mais conhecidas são “Apparitions”(1993), “Produits Remboursés” (1991-2001), “Citizenship Project” (1996) e “El Gran Trueque” (2000). Já expôs no Centro Pompidou de Paris, no Museu Guggenheim de Nova York, na Bienal de Veneza, entre outros. Laurette é um artista premiado pelo programa Institut Français Hors les Murs e seu projeto conta com o apoio da Fondation Nationale des Arts Graphiques et Plastiques. Mais informações: www.laurette.net

SERVIÇO
Conversa com Nina Wöhlk e Matthieu Laurette, com a mediação do curador Pablo León de la Barra*
Quando: terça-feira, 30 de janeiro
Horário: 19h30
Local: Despina
Rua do Senado, 271 – Sobrado
Centro – Rio de Janeiro, RJ
Entrada gratuita

* Informamos a todxs que as conversas serão conduzidas em inglês.

 

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Saara Nights #20

Quarta, 29.11.2017

Na próxima quarta-feira, dia 29 de novembro, acontece a última SAARA NIGHTS do ano! Será também o último evento da Despina no sobrado do Largo das Artes, espaço que vem abrigando nosso projeto desde a sua implementação em 2013. A partir de dezembro, estaremos de casa nova e preparando tudo para 2018, ano em que celebramos nosso quinto aniversário! Mais informações e novidades em breve.

Para esta edição festiva e de despedida, montamos uma programação especial. Por enquanto, este é o cardápio:

* Performance SEX RANGER – SUPER ZENTAI, do artista Rafael Bqueer. Trabalho desenvolvido durante residência artística na Red Bull Station, em São Paulo, no último mês de outubro. Nessa ação, Rafael encontra outros artistas para uma sessão zentai, buscando tensões entre erotismo e sexualidade a partir de ícones da cultura de massa.

* CORPO SOBRE MUNDOEduardo Montelli, 2017. Nesta ação ao vivo, o artista irá apresentar parte do processo desenvolvido durante residência na cidade do Rio de Janeiro.

* Encerramento das residências das artistas Britt Dorenbosch, Lorna Bauer e Mariona Lloreta, com a exibição de trabalhos que reúnem pinturas, desenhos, filmes, fotografias e performances.

* Nas carrapetas, convidadas especialíssimas ativando a pista: as musas Susana Guardado e Liana Padilha.

* E + surpresas e ações que serão incluídas nesta página no decorrer dos próximos dias. Fica de olho!

Esperamos todxs!

Serviço

SAARA NIGHTS #20

Quando: Quarta-feira, 29 de novembro
Horário: a partir das 19 horas
Onde: Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Entrada gratuita

Saara Nights #19

Sexta, 27.10.2017

Nesta edição:

Conjunto Oruã trilha “Copacabana Mon Amour” (1970), de Rogério Sganzerla
Com a participação dos músicos: Lê Almeida, João Luiz, Daniel Duarte, Phill Fernandes, Laura Lavieri, Raoni Redni, Daniele Vallejo, Vinicius Portella e Joab Régis.

Lançamento: “SuperRio SuperFicções”
Projeto de pesquisa desenvolvido pelo artista visual Antoine Guerreiro do Divino Amor  – uma investigação sobre as forças ocultas e superficções que interferem na construção do território e do imaginário coletivo do Rio de Janeiro. Híbrido de revista sensacionalista com publicação científica, foi concebido para ocupar os lugares tradicionais da imprensa, como consultórios, cabeleireiros e centros culturais das mais diversas áreas da cidade.

“Superficções, a cosmogonia divisada por Antoine Guerreiro do Divino Amor para investigar uma realidade que subjaz a outra realidade – artificial e escamoteada – constitui uma cartografia de beleza e acuidade raras (…) Como uma espécie de esfinge com LSD na boca, o artista nos indaga: abram os olhos e me respondam: ora lodo, ora purpurina, o que está a correr nas veias abertas do povo brasileiro?”
(fragmento do prefácio de Bernardo Jose De Souza).

Mostra Final de Residências
Com os trabalhos das artistas Amanda Coimbra (Brasil) e Sarah Knill-Jones (Reino Unido).

Serviço

SAARA NIGHTS #19
Quando: 27 de outubro, sexta-feira,  a partir das 19:00
Onde: Despina | Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Centro – Rio de Janeiro, RJ
Entrada gratuita

E-flyers (navegue pelas setas na horiozontal e clique nas imagens para ampliar)
Arte: Frederico Pellachin e Lê Almeida