Sabrina Barrios

Artistas em residência
01.08.2018 - 31.08.2018

Nascida em Santa Maria (Rio Grande do Sul, Brasil), vive e trabalha em Nova York, EUA. Bacharel em Design Gráfico pela Universidade Federal de Santa Maria e Mestre em Artes Visuais pelo Pratt Institute de Nova York.

O trabalho de Sabrina investiga as lacunas na história humana como forma de questionar nossas idéias sobre a realidade. Misturando ciência e física quântica; mitologia e teorias da conspiração; Sabrina utiliza do simbolismo e da geometria para debater fatos ocultos ou mal-interpretados.

Suas instalações mais recentes incluem: “Plano de Fuga” (Rio de Janeiro, 2018); “Epic of Creation” (Finlândia, 2017); “Birth” (Polônia, 2017); “The Earth Experiment” (EUA, 2017); “Ley Lines” (EUA, 2017); “The Horse Rider and the Eagle” (Bruxelas, 2016) e “In Finities” (EUA, 2012). Suas pinturas já foram expostas na 4ª Bienal do Museu do Bronx (Nova York, 2017), JustMAD (Madri, 2016), Galeria Anita Schwartz (Rio de Janeiro, 2014/15), além de vídeos no MoMA (Nova York, 2013). Entre as residências que participou, destaque para: The Studios – MASS MoCA (EUA, 2017); Arteles (Finlândia, 2017); Museu do Bronx-AIM (Nova York, 2016); Bains Connective (Bruxelas, 2016) e The Wassaic Project (Nova York, 2015).

Durante a sua residência na Despina, Sabrina deu continuidade à sua pesquisa atual, que inclui transitar entre os polos contrastantes da geografia social da cidade do Rio de Janeiro, utilizando a arte como instrumento de reflexão, resistência e mudança.

Mais informações
sabrinabarrios.com

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Algumas rotas para Portais e Planos de Fuga
por Daniela Mattos

A artista Sabrina Barrios vem desenvolvendo sua pesquisa artística com muitas intensidades: algo de um feminino selvagem e alquímico (tramando o que dá corpo e materialidade às instalações, pinturas e objetos); com o rigor projetivo de seus desenhos; com suas pesquisas que imbricam teoria da conspiração, aspectos formais (mas não literais) que remetem à questões identitárias e históricas de brasilidade; com tantas outras velocidades que não caberiam aqui, talvez por sua natureza conceitual e poética quase holográfica.

Nas obras que Sabrina apresenta como parte de sua residência na Despina – talvez presente em toda sua produção em arte – há algo que nos engana, o que nosso olhar encontra ali muda a cada vez, a cada luz, a cada estado de corpo que a artista nos convoca e provoca, mas não nos obriga a ter.

Nas rotas traçadas ali, nada está dado, “você vê o que quiser, o quanto estiver disposta a captar”, ela nos diz. O que cabe a nós, portanto, é abrir nossa potência vibrátil à alquimia das formas, linhas e planos, decidindo como entraremos pelos portais que estes trabalhos engendram e escolhendo nossas próprias cartografias e planos de fuga.

A artista e curadora Daniela Mattos acompanhou Sabrina Barrios durante a sua residência na Despina.

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Galeria de Fotos (navegue pelas setas na horizontal)
por Frederico Pellachin