Alice Yura (@yura.alice) é uma das artistas premiadas pelo Prêmio Foco @artrio_art e participa da Residência Despina durante o mês de agosto.
De origem nipo-caipira, nasceu em fevereiro de 1990 em Aparecida do Taboado, no interior do Mato Grosso do Sul. Mulher trans que encontra na arte um abrigo e um lugar para lutar. Tem interesse profundo nas relações e nos processos de arte e vida, nos afetos, nos encontros e, como isso está intimamente ligado à política, cultura, biologia, ao corpo e a nossa formação de identidade e alteridade. As fronteiras e os tempos a fizeram, ela está entre aqui e agora… Na busca pelo amor entre a ordem e o caos.
Graduada em artes visuais pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, iniciou sua trajetória em 2010 com participação nas principais instituições de arte da capital do seu estado como o Museu de Arte Contemporânea (MARCO). Em 2019 tem uma maior abertura da cena sudestina de arte participando do programa de residência da PIVÔ, desde então participou de exposições em importantes instituições de São Paulo como: Centro Cultural São Paulo (CCSP), Oficina Cultural Oswald de Andrade, Sesc Pompeia. No Rio de Janeiro participou de uma exposição no Museu da História e da Cultura Afro Brasileira (MUHCAB). Em 2022 recebeu menção honrosa no Salão de Arte Contemporânea de Goiás no Museu de Arte Contemporânea (MAC-GO).
Azizi Cypriano é artista e pesquisadora. Com ênfase na performance, trama poéticas e elabora estruturas relacionadas às epistemologias iorubás e suas dimensões ecológicas. Investiga na espiral do tempo as múltiplas formas de construir as coisas com as próprias mãos, em simbiose com o barro, caules, ervas e troncos para traçar escrituras e rituais que convocam presenças ancestrais. Com formação em artes pela EAV/Parque Lage e graduanda em História da Arte pela UERJ e em Artes Plásticas pela Université Paris VIII, já teve seus trabalhos exibidos em diferentes instituições, como o Museu de Arte do Rio, Sesc Quitandinha, Solar dos Abacaxis e Galpão Bela Maré.
Azizi é uma das 4 artistas selecionadas para o Programa de Residências Cidade Floresta, realizado através de uma parceria entre o Goethe Institut, o Serviço de Cooperação Cultural do Consulado da França, e as residências Despina, Casa Figueira e Silo – Arte e Latitude Rural.
Rubens Takamine é artista, pesquisador de imagens, ensaísta e curador. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Diálogos transversais entre arte, tecnologia, natureza e espiritualidade, inspiram suas práticas, que costumam emergir de danças interespecíficas com plantas, pedras, sombras, projeções, objetos técnicos em desuso. É fascinado por fenômenos que só podem ser observados no escuro. Desde 2017, participa de exposições e festivais de cinema no Brasil, América Latina e Europa. Em 2022, formou a coolmeia cooperativa da arte (@coolmeia.art) no ensejo de instaurar práticas experimentais em curadoria, propondo a realização de exposições efêmeras, sem localidade fixa – tal como um enxame de abelhas que se reúne e dispersa. É mestre em Artes Visuais (PPGAV-EBA-UFRJ) e doutorando em Comunicação e Cultura (PPGCOM-ECO-UFRJ), onde investiga a relação entre arte, fitoterapia e o sono nas sociedades contemporâneas. Site: www.rubenstakamine.art
Rubens é um dos 4 artistas selecionados para o Programa de Residências Cidade Floresta, realizado através de uma parceria entre o Goethe Institut, o Serviço de Cooperação Cultural do Consulado da França, e as residências Despina, Casa Figueira e Silo – Arte e Latitude Rural.
Artista visual e pesquisadora da saúde coletiva e da agroecologia. Natural de Niterói, RJ, doutoranda em Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Professora de yoga e praticante há 19 anos. Co-coordena a Providência Agroecológica no Morro da Providência (RJ) e coordena um projeto nacional de saúde e agricultura urbana na Fiocruz. Em sua pesquisa artística experimenta a permeabilidade entre agricultura, saúde e espiritualidade e se volta às potencialidades da arte em processos emancipatórios junto a movimentos populares.
Lorena é uma das 4 artistas selecionadas para o Programa de Residências Cidade Floresta, realizado através de uma parceria entre o Goethe Institut, o Serviço de Cooperação Cultural do Consulado da França, e as residências Despina, Casa Figueira e Silo – Arte e Latitude Rural.
“Deveria Yaminaah Abayomi falar sobre si mesma na terceira pessoa? Às vezes, me apresentar em ambientes de trabalho é algo tão estranho que eu criei um currículo só com as minhas aparições em sonhos alheios. O que posso dizer? Eu trabalho dormindo.
Durante a vigília, faço criações em vídeo, realidade virtual, tinta acrílica e aquarela. Sempre revisitando os temas: corpo femeal; neuroatipias; prazeres; cura e doença; sonhos e estados de consciência alterados; mitologias antigas e a natureza.”
Yaminaah é uma das 4 artistas selecionadas para o Programa de Residências Cidade Floresta, realizado através de uma parceria entre o Goethe Institut, o Serviço de Cooperação Cultural do Consulado da França, e as residências Despina, Casa Figueira e Silo – Arte e Latitude Rural.
A DESPINA, com apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura, tem o prazer de anunciar o Festival Futurama, que acontecerá no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas nos dias 20 e 21 de maio de 2023.
Idealizado por Daniel Toledo e Consuelo Bassanesi, o Festival Futurama é um projeto no campo expandido das artes visuais que propõe pensar e experimentar coletivamente ideias de futuros a serem construídos. A programação do Festival inclui instalações e intervenções, programa de performances, oficinas, mostra de videoartes, feira de artes e ativismos, DJs e espaços de convivência.
Futurama é uma coleção de futuros, onde novas práticas coletivas e comunitárias produzem políticas de cuidado, com as subjetividades, relações sociais e o meio-ambiente integrados. Nosso desafio com este projeto é criar momentos públicos, gatilhos para encontros comuns e trocas horizontais, criando brechas e trilhas para novas percepções, prazer, experimentações e para a construção de simbolismos mais justos, abundantes e diversos.
Está aberta a convocatória da II Edição do Programa de Residências Cidade Floresta. Podem participar artistas, cientistas, curadores, curadoras, pesquisadores e pesquisadoras residentes no Rio de Janeiro e região metropolitana.
Nossa proposta é jogar sementes, fertilizar relações, reflorestar imaginários. Olhar para a mata como uma biblioteca de memórias e de projeções de futuros. Colher da cidade suas tecnologias humanas e culturais capazes de germinar mundos. Fincar raízes na possibilidade de que estes dois universos possam não somente co-habitar como também aprender um com o outro.
Essa iniciativa é realizada através de uma parceria entre o Goethe Institut, o Serviço de Cooperação Cultural do Consulado da França, e as residências Despina, Casa Figueira e Silo – Arte e Latitude Rural.
Esta residência recebeu o Apoio para Promoção da Mobilidade Internacional de Autores Literários da Dirección General del Libro do Ministério da Cultura e do Esporte da Espanha (Financiado com cargo ao “Plan de Recuperación, Resiliencia y Transformación por la Unión Europea – Next Generation EU”)..
Javier Montes vive e trabalha em Madri. É romancista e ensaísta, autor de dez livros. Seu trabalho recebeu, entre outros prêmios, o Prêmio Anagrama de Ensaio, o Prêmio Eccles da British Library/Hay Festival, o Prêmio Internacional Pereda de Novela, a bolsa Leonardo da Fundación BBVA, a Santa Maddalena Foundation Fellowship e a Civitella Ranieri Fellowship, e foi escritor residente na Residência de Literatura MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires). Suas obras foram incluídas nas antologias Os Melhores Jovens Romancistas de Língua Espanhola, da revista Granta, em 2010, e no The Penguin Book of Spanish Short Stories (ed. por Margaret Jull Costa, Penguin Books, 2021).
Javier colabora com as seguintes publicações: El País, Granta, The Lit Hub, Brick ou The Brooklyn Rail, e participou de festivais literários como Hay Festival Querétaro, Jaipur LitFest, FLIP de Paraty, FILBO de Bogotá, Feria del Libro de Lima e BookExpo NY. Seu trabalho foi traduzido para o inglês e outros oito idiomas. Escreve sobre arte contemporânea na Artforum, Art Agenda, Artnews, El País, Texte zur Kunst e Revista de Occidente. Ele foi curador de exposições, dirigiu cursos ou deu palestras no Museo Reina Sofía, Museo del Prado, IVAM, CAAC ou no Institute of Fine Arts da NYU.
Foi professor de História da Arte na Escola Espanhola de Malabo (Guiné Equatorial) e no Mestrado de Cultura Contemporânea da Fundação Ortega y Gasset. Formou-se em História da Arte pela Universidade Complutense e concluiu o Cours de License no Institut de l’Art et l’Archeologie da Universidade de Sorbonne.
Durante sua residência no Rio de Janeiro, Javier está trabalhando em “Trópico de Londres”, que completará uma trilogia da qual fazem parte os livros “Varados en Río” e “Luz del Fuego” (Anagrama, 2016 e 2020 e Editora Fósforo no Brasil, 2022). Híbridos de busca policial, ensaio literário e reconstrução ficcional de figuras históricas, eles se propõem a rever o mito do Brasil moderno das décadas de 30 a 60, da invenção do samba à exportação da bossa nova e à explosão do tropicalismo, de Clarice Lispector a Niemeyer, de Hélio Oiticica a Lygia Clark, de Drummond de Andrade a Jobim.
“Trópico de Londres” parte desse interesse para reconstituir o episódio brilhante de polinização cultural com o Reino Unido, ainda mais memorável e urgente diante da atual conjuntura política brasileira. Após o golpe militar de 1964, grandes artistas brasileiros foram para o exílio, e muitos escolheram Londres. Era o auge do Swinging London e a mistura era explosiva: lendas vivas da música do século 20, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, moraram lá de 1969 a 1972. Tocaram no Wight Festival e no Glastonbury, viram Beatles e Rolling Stones ao vivo, gravaram discos e descobriram o reggae e os novos ritmos jamaicanos ou caribenhos de suas comunidades de imigrantes. Sua casa na Rua Redesdale, 16, em Chelsea, tornou-se a “Capela dos Dezesseis”, sede do exílio cultural brasileiro no Reino Unido. Por lá passaram o cineasta Glauber Rocha, a cantora Gal Costa e o poeta Haroldo de Campos. Os irmãos Claudio e Sérgio Ramos fundaram uma comuna contracultural no coração de Londres, co-produziram o primeiro Glastonbury e convidaram grupos de vanguarda como Os Mutantes e Novos Baianos para a Inglaterra. O mais relevante artista brasileiro do século XX, Hélio Oiticica, expôs sua Tropicália em lendária individual em 1969 na Whitechapel Gallery: quebrou recordes de público, revolucionou a conservadora cena artística inglesa com suas experiências “penetráveis” e sensuais e o próprio modelo de exposição ao mercado europeu. O dramaturgo Antônio Bivar e o escritor Caio Fernando Abreu mais tarde contaram em histórias e memórias a experiência agridoce do exílio em Londres.
Em Trópico de Londres, Javier busca ampliar a visão deste momento efervescente evocando os exilados londrinos de outros países latino-americanos e espanhóis, como Mario Vargas Llosa, Carlos Fuentes, Guillermo Cabrera Infante, Miriam Gómez, Manuel Puig (co-estrela do primeiro livro da trilogia, Stranded in Rio) e Roberto Echavarren, figura fundamental na compreensão do desenvolvimento da teoria queer e do ativismo gay na América Latina.
Além desta pesquisa por personagens e suas histórias, Javier busca, ao estabelecer possíveis vínculos entre todos eles, integrar o Brasil a um perfil cultural ampliado da América Latina e traçar um mapa de Londres como uma capital do exílio latino-americano, menos lembrada que Paris ou Barcelona. Também interessa ao escritor, ao mergulhar neste período histórico da brilhante e lendária Londres dos anos 1960 e 1970, buscar protagonistas e testemunhas inesperadas, revelando como autores brasileiros e latino-americanos trouxeram diversidade linguística, racial, e uma nova consciência política para o tecido social da época.
O Levante Nacional TROVOA é um coletivo de artistas visuais e curadoras racializadas fundado em 2017 e composto por articuladoras de nove estados do Brasil: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. TROVOA reivindica urgência na discussão sobre o sistema de arte no país, com especial atenção à visibilidade e inserção das artistas não brancas nesse circuito, e ambiciona, enquanto coletivo, evidenciar a produção não hegemônica que deriva de intersecções raciais, passando por indígenas, negras e asiáticas. No Rio de Janeiro, o grupo tem atualmente cerca de 20 integrantes entre curadoras, pesquisadoras e artistas, que buscam evidenciar sistemas de formação em artes descentralizados, fomentar o desenvolvimento de pesquisa e produção, e criar estratégias de acesso e permanência em espaços que vão de galerias a escolas, feiras, redes sociais, centros culturais e ruas. A coletiva participa do programa de residências do projeto Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos, contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
O Slam das Minas RJ é um coletivo poético formado em maio de 2017 que possui um saber multidisciplinar (corpo, voz e performance) na produção literária, em especial na poesia falada, e desenvolve projetos nas áreas de educação, cultura, sustentabilidade, arte e comunicação. É uma brincadeira lúdico poética para o desenvolvimento da potência artística de mulheres (sejam heteras, bis, pana, lésbicas, trans) ou pessoas trans (homens trans, pessoas queer, não bináries, agênero). O Slam das Minas RJ busca ser referência na área da literatura e das artes, seja como espaço de produção de poesias numa perspectiva pedagógica, seja para a prática da pesquisa, atuação artística ou desenvolvimento de projetos sociais. O coletivo é independente e atua com a realização de eventos, oficinas e performances poéticas. É autogerido por Débora Ambrósia, Gênesis e Tom Grito. Apresentam-se como poetas Lian Tai, Andrea Bak, Moto Tai, Rejane Barcellos, Gênesis e Tom Grito. Apresentam-se como poetas convidadas Valentine e Aline Alademin. Apresentam-se criando sonoridades as Djs Bieta e Nai Kiese. A coletiva participa do programa de residências do projeto Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos, contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.