Conferência Arte e Ativismo na América Latina na Casa França-Brasil

Sexta, 21.10.2017

Arte e Ativismo na América Latina – ano I (2016)

Despina, Prince Claus Fund, Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Casa França-Brasil, Instituto de Artes da UERJ e Revista Concinnitas têm o prazer de convidar todos para a Conferência ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA, que irá reunir os artistas Jesus Bubu Negrón (Porto Rico), Crack Rodriguez (El Salvador) e Luciana Magno (Pará, Brasil) para uma conversa na Casa França-Brasil na próxima sexta-feira, dia 21 de outubro, às 18 horas.

Esta conferência pretende discutir arte e ativismo sob a perspectiva da rua enquanto arena política e território de resistência cultural através das pesquisas artísticas e das múltiplas ferramentas utilizadas pelos três artistas e ativistas convidados a compor a mesa.

Neste momento de agravamento de tensões políticas, no Brasil e no mundo, as fronteiras entre arte a ativismo estão cada vez mais tênues e os territórios de atuação cada vez mais compartilhados. Da mesma forma, territórios geográficos se dissolvem diante de questões que atravessam zonas e países e se instauram no cerne de discussões a respeito do futuro da própria humanidade.

Neste sentido, construir pontes para que possamos olhar o outro serve não somente para entender melhor este conceito tão complexo de “América Latina”, mas também, e principalmente, para enxergar, através das trajetórias politicas de outros países e regiões, com um pouco mais de clareza a nossa própria história e contradições.

Organização: Alexandre Sá e Despina

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SERVIÇO

Conferência ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA
Com os artistas: Jesus Bubu Negrón, Crack Rodriguez e Luciana Magno
Mediação: Alexandre Sá, Bernardo José de Souza e Consuelo Bassanesi
Quando: 21 de outubro, sexta-feira
Onde: Casa França-Brasil
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro
Horário: 18:00
Entrada Gratuita

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ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta primeira edição (2016), o projeto tem como tema o ESPAÇO PÚBLICO e se estende de julho a outubro. Mais informações, por aqui.

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CREDITO DA IMAGEM NO E-FLYER
Ação “La Inclinacion”
Crack Rodriguez, El Salvador, 2015
Foto: The Fire Theory

 

Oficinas gratuitas com os artistas em residência do Projeto Arte e Ativismo na América Latina – ano I

17, 18 e 19.10.2016

Arte e Ativismo na América Latina – ano I (2016)

Durante os dias 17, 18 e 19 de outubro, os artistas em residência Crack Rodriguez, Luciana Magno e Jesus Bubu Negrón – que participam do projeto ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA – irão coordenar oficinas gratuitas, abertas ao público. O objetivo é potencializar o diálogo inter-cultural, além de promover o trabalho em rede entre os artistas e o público local.

Acompanhe a seguir informações detalhadas sobre cada oficina.

Para se inscrever, basta enviar um email para cursos@despina.org + nome completo e telefone, informando de qual (ou quais) oficinas pretende participar.

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

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17.10 – Segunda
O FANTÁSTICO MUNDO DO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO OU SUA UTOPIA NAS ALTURAS
Coordenação: Luciana Magno

Este workshop convida todos os inscritos a tomarem parte de um jogo participativo de ações que buscam subverter técnicas do marketing eleitoral. Serão realizados exercícios experimentais para a criação de discursos politicos inventivos (levemente baseados no “mundo cor de rosa” do horário eleitoral gratuito) com desenvolvimentos de metas surreais e estratégias de campanha irrealizáveis para personagens fictícios utópicos. A partir do discurso elaborado coletivamente, serão pensadas ações, jogos e estratégias para a elevação de nossas utopias às alturas.

Data: 17 de outubro
Horário: 14:00 – 18:00
Local: Despina 
Numero máximo de participantes: 10

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18.10 – Terça
COMO CAIR DE UMA CARTEIRA ESCOLAR?
Coordenação: Crack Rodriguez

O objetivo desta oficina é compartilhar técnicas de conscientização e “destemor” por meio de exercícios físicos. A ideia é procurar refletir sobre espaços educacionais, tentar ensinar como nos proteger dos símbolos que prejudicam nosso direito de aprender e tentar materializar o golpe de estado que vem modificando as políticas governamentais destinadas aos estudantes de baixa renda no Brasil.

Data: 18 de outubro
Horário: 14:00 – 18:00
Local: Despina
Numero máximo de participantes: 15

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19.10 – Quarta
O “MEME” COMO FERRRAMENTA DE ATIVISMO
Coordenação: Jesus Bubu Negròn

Este workshop consiste en demonstrar e encenar uma das estratégias utilizadas por um grupo de jovens ativistas de uma base comunitaria em Porto Rico, chamada Brigada PDT. Estes jovens utilizam o “meme” como ferramenta de manifestação e transmissão de mensagens positivas e que servem para levantar a autoestima coletiva e impulsionar o empoderamento social e comunitário através de métodos e/ou técnicas tradicionais de cominicação.

O Brigada PDT é um grupo ativista que opera como um coletivo de base comunitária. Formado em sua maioria por jovens do bairro de Puerta de Tierra, na capital San Juan, em Porto Rico, seus integrantes são contrários à gentrificaçao e trabalham juntos pelo resgate de seu bairro, sua história e sua gente. Mais informações: www.brigadapdt.org

Data: 19 de outubro
Horário: 14:00 – 18:00
Local: Despina 
Numero máximo de participantes: 15

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ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta primeira edição (2016), o projeto tem como tema o ESPAÇO PÚBLICO e se estende de julho a outubro. Mais informações, por aqui.

Conversa com Tania Bruguera e Pablo León de la Barra

Terça, 18.10.2016

Arte e Ativismo na América Latina – ano I (2016)

Convidamos todxs para uma conversa pública com a artista cubana Tania Bruguera (por videoconferência), com mediação do curador Pablo León Dela Barra

A conversa irá abordar o conceito de “Arte Útil”.

Ao longo dos últimos 10 anos, a artista Tania Bruguera vem pesquisando e lecionando sobre esse tema através de uma escola em Havana; no laboratório de Arte Útil no Queens Museum, nos EUA; em residências no Immigrant Movement International, em Nova York, e, mais recentemente, no Museu de Arte Útil no Van Abbemuseum, em Eindhoven (Holanda).

“Arte Últil” vai além da ideia de sugerir arte como uma ferramenta ou um dispositivo. Seja através de grupos auto-gestados, iniciativas individuais ou do aumento de conteúdo gerado por usuários, pessoas vêm desenvolvendo novos métodos e formações sociais para lidar com questões que eram da competência do Estado. Estudos de caso de “Arte Útil” mostram como essas iniciativas não são casos isolados, mas parte de um movimento global que está transformando o mundo contemporâneo. A noção do que é “Arte Útil” foi desdobrada por meio de uma serie de critérios formulados por Tania Bruguera e curadores do Queens Museum, Nova York, Van Abbemuseum, Eindhoven e Grizedale Arts, Coniston.

Os critérios da “Arte Útil” declaram que as iniciativas devem:

1- Propor novos usos dentro da sociedade
2- Desafiar o campo dentro da qual operam (cívico, legislativo, pedagógico, cientifico, econômico, etc)
3- Ser timing specific (relativo a um momento especifico), respondendo a urgências atuais
4- Ser funcional e implementada em situações reais
5- Substituir autor por iniciador e espectadores por usuários
6- Ter resultados benéficos e práticos para seus usuários
7- Buscar a sustentabilidade enquanto se adaptam às condições em mudança
8- Reestabelecer a estética como um sistema transformativo.

Esperamos vocês!

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SERVIÇO

Conversa com Tania Bruguera e Pablo León de la Barra – Arte e Ativismo na América Latina, ano I (2016)
Quando: 18 de outubro, terça-feira
Horário: 19 horas
Local: Despina
Entrada gratuita

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ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta primeira edição (2016), o projeto tem como tema o ESPAÇO PÚBLICO e se estende de julho a outubro. Mais informações, por aqui.

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CRÉDITO DA IMAGEM

Museum of Arte Útil
Ano de concepção: 2000
Anos de implementação: 2013 – presente
http://arte-util.org/
Cortesia: Studio Bruguera

Conversa com Roberto Jacoby

Quinta, 29.09.2016

Arte e Ativismo na América Latina – ano I (2016)

Considerado um dos protagonistas da arte conceitual na América Latina, Roberto Jacoby tem no histórico de sua prática uma obsessão em desafiar a obra de arte tradicional por caminhos e contextos descontínuos, efêmeros, imateriais e com um forte apelo político. Começou a sua carreira em 1964 e fez parte da chamada “Geração Di Tella”, uma referência ao Instituto Di Tella, onde estudou. Sociólogo, ensaísta, jornalista, escritor, agitador social e cultural, também escreveu dezenas de canções para o grupo pós-punk argentino “Vírus”, nos anos 80. Nesta fala pública, intitulada “Comunidades experimentais: arquipélagos no oceano da realidade”, Jacoby discorre sobre as ações que desenvolveu no espaço público nas últimas décadas.

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SERVIÇO

Conversa com Roberto Jacoby – Projeto Arte e Ativismo na América Latina
Quando: 29 de setembro, quinta-feira, às 20 horas
Onde: Despina
Entrada gratuita

 

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ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta primeira edição (2016), o projeto tem como tema o ESPAÇO PÚBLICO e se estende de julho a outubro. Mais informações por aqui.

Conversa com Suely Rolnik

Sexta, 16.09.2016

Arte e Ativismo na América Latina – ano I (2016)

Nesta primeira ação do Projeto Arte e Ativismo na América Latina, a psicanalista e professora da PUC-SP, SUELY ROLNIK – cujo foco de trabalho é a subjetividade pensada de um ponto de vista transdisciplinar, indissociável de uma pragmática clínico-política – conversa com o público sobre a noção de “inconsciente colonial-capitalístico” e a relevância da resistência micropolítica que vem se alastrando em alguns setores da sociedade brasileira.

PENSAR A PARTIR DO SABER-DO-CORPO

Uma micropolítica para resistir ao inconsciente colonial-capitalístico

Com a noção de “inconsciente colonial-capitalístico”, pretende-se descrever a política de desejo dominante na cultura moderna ocidental, cuja origem, como sabemos, é indissociável da economia capitalista e da empresa de colonização. Trata-se de uma micropolítica antropo-falo-ego-logocêntrica: ela opera pela obstrução do acesso aos efeitos das forças do mundo em nosso corpo. Tal bloqueio do saber-do-corpo nos torna surdos às demandas da vida para que se crie deslocamentos dos modos de existência que a sufocam, pois nos separa do poder de avaliação de que são portadores os afetos, condição para estar à altura desta exigência. Com diferentes desdobramentos e derivas ao longo da história, este regime cultural, econômico e subjetivo atualiza-se hoje na figura do capitalismo financeirizado que, por meio do estado neoliberal e das novas tecnologias da comunicação, conseguiu colonizar o conjunto do planeta, eliminando violentamente toda e qualquer barreira a seu poder. Isto nos lança numa situação de extrema gravidade, impossível de ser decifrada se insistirmos numa abordagem exclusivamente macropolítica. Ativar o saber-do-corpo é condição incontornável para sairmos da perplexidade e da impotência em direção a ações criadoras contundentes que transformem efetivamente a lógica que rege o atual estado de coisas.

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SUELY ROLNIK – Psicanalista e Professora Titular da PUC-SP, cujo trabalho tem como principal foco a subjetividade, pensada de um ponto de vista teórico transdisciplinar, indissociável de uma pragmática clínico-política, privilegiando as artes visuais como campo de atuação, nos últimos vinte anos. Autora de A hora da Micropolítica (SP: N-1, 2016), Anthropophagie Zombie (Paris: Black Jack, 2012), Archivmanie (dOCUMENTA 13, 2011); Cartografia Sentimental (Porto Alegre: Sulinas, 1989) e co-autora com Félix Guattari de Micropolítica. Cartografias do desejo (Petrópolis: Vozes, 1986), publicado em 8 países. Realizadora do Arquivo para uma Obra-Acontecimento (65 filmes de entrevistas em torno das proposições de Lygia Clark).

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SERVIÇO

Conversa com Suely Rolnik – Projeto Arte e Ativismo na América Latina
Quando: 16 de setembro, a partir das 19h30
(a conversa terá início às 20 horas)
Onde: Despina | Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Centro, Rio de Janeiro – RJ
Entrada gratuita

 

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ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta primeira edição (2016), o projeto tem como tema o ESPAÇO PÚBLICO e se estende de julho a outubro. Mais informações, por aqui.

Saara Nights #9

Terça, 30.09.2016
Nesta edição:
 
MOSTRA FINAL DE RESIDÊNCIAS
As artistas Bernardita Bertelsen (Chile) e Jennifer Taylor (Reino Unido) apresentam os trabalhos produzidos durante o período de suas residências no Rio de Janeiro na exposição CIRCO COSMÉTICO.
 
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ENCERRAMENTO “CIDADES INVISÍVEIS”
Última chance para conferir a mostra cujo fio condutor é o Rio de Janeiro e as mudanças simbólicas, assim como narrativas e urbanísticas, que a cidade sofre desde sua invenção.
 
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LANÇAMENTO “FRETE GRÁTIS”
Exposição das primeiras peças que integram o projeto FRETE GRÁTIS, resultado de uma ação concebida pelos artistas visuais Alexandre Palito e Wilson Domingues, com a participação de Leo Lopes. Em um dia qualquer de prática de skate na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, um objeto encontrado ganha contornos performáticos. Uma foto gera um desenho, que, por sua vez, se desdobra em um quadro, em um vídeo e na estampa de uma peça de vestuário, produzida pela marca Cabron Brasil. “Tudo é mera ilusão”.
 
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FINA ESTIRPE DJ ENSEMBLE
Discotecagem fina, provocativa e dançante com Frederico Pellachin e Marina Marchesan.
 
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ATELIÊS ABERTOS
 
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SERVIÇO
 
SAARA NIGHTS #9
Local: Despina | Largo das Artes
Onde: Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Centro – Rio de Janeiro, RJ
Quando: 30 de agosto, terça-feira
Horário: 19 horas

Entrada gratuita

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CRÉDITO DA IMAGEM
Bernardita Bertelsen
Cosmético#1, 2016
Caneta sobre pasta de arquivo
41 x 41 cm
***APOIO


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Saara Nights #8

Quinta, 28.07.2016

Nesta edição:

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO “CIDADES INVISÍVEIS”
Mais informações: http://despina.org/cidades-invisiveis/

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MOSTRA FINAL DE RESIDÊNCIAS
Kira Shewfelt (Estados Unidos)

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ATELIÊS ABERTOS
Destaque para a artista em residência Bernardita Bertelsen (Chile), que abre seu ateliê para exibir alguns trabalhos em processo.

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FINA ESTIRPE DJ ENSEMBLE

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SERVIÇO

Saara Nights na Despina | Largo das Artes
Onde: Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado – Centro
Rio de Janeiro, RJ
Quando: 28 de julho, quinta-feira
Horário: 19 horas
Entrada gratuita 

LAB especial com ex-residentes Despina

Terça, 19.07.2016
Nesta terça-feira, dia 19 de julho, a partir das 14 horas, duas artistas que participaram do Programa de Residências Despina em diferentes momentos – e estão de passagem pelo Rio de Janeiro -, irão conversar com nossos atuais residentes durante o laboratório de acompanhamento de projetos, coordenado pelo artista e pesquisador Felippe Moraes. Para esta ocasião especial, convidamos também o público interessado a participar.

A artista britânica Claire Nichols (residente do nosso programa em maio de 2015) irá compartilhar a experiência que teve recentemente em Piracanga, Bahia, onde participou de uma residência no Two Hotel, junto com a colega Jennifer Taylor, também britânica. Além da conversa, as duas artistas irão propor uma nova interação das performances realizadas em Piracanga, fundamentadas em provocações lúdicas e movimentos improvisados com objetos encontrados. Navegando em espaços geométricos demarcados, Nichols e Taylor constroem novos cenários que vêm a existir como filmes e fotografias.

Claire Nichols vive e trabalha em Londres. É formada em Artes Visuais pela Escola Ruskin da Universidade de Oxford e tem mestrado em Crítica de Arte pela Universidade de Goldsmiths. Seu trabalho brinca com os espaços físicos e “filosóficos” de um ateliê ou de uma galeria. Estes espaços são explorados pela artista através de uma série de desenhos, esculturas ou performances que estão “em processo” e num relacionamento em constante evolução com o espectador. Claire já expôs na Banner Repeater, David Roberts Art Foundation, Whitechapel Gallery e Art on the Underground, em Londres; MoMA PS1 em Nova Iorque e Centre Cultural la Mercè, em Girona. Em maio de 2015, foi selecionada para participar do Programa de Residências Despina, no Rio de Janeiro.

Jennifer Taylor trabalha com performance ao vivo, filme experimental e instalação em grande escala. Seu interesse está no ponto em que os sistemas e comportamentos chegam a um estado de crise ou de avaria e crescem fora de controle. Em seu trabalho, instalações caóticas estão à beira do colapso e performances se degeneram em pantomimas ciborgues low-fi e mal-acabadas. Taylor completou seu mestrado em Escultura no Royal College of Art e, anteriormente, estudou na Escola Ruskin da Universidade de Oxford. Já expôs na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris; The Wapping Project e ICA, em Londres; Art First, em Bolonha e Modern Art Oxford.

Mais informações:
http://twohotel.tumblr.com
http://clairenichols.info
http://jennifertaylor.co

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Já a artista peruana Cecília Vilca (residente do nosso programa em janeiro e fevereiro de 2016) irá apresentar o seu projeto HYBRIS_Latinoamerica: memória política audiovisual, selecionado para a residência CONTRALAB:Reboot, que aconteceu na Estação Rural de Arte e Tecnologia – NUVEM, em Visconde de Mauá (RJ), entre os dias 10 e 17 de julho de 2016.

Este projeto surgiu com o objetivo de consolidar e/ ou construir uma memória audiovisual urgente, utilizando materiais existentes, mas que se encontram dispersos pela internet. A ideia é apropriar-se desta memória audiovisual como instrumento de política vigilante, que pode ser  empregado em momentos sociopolíticos decisivos, contra a desinformação e a distração gerada pela mídia tradicional (TV, rádio, jornais).

Cecília Vilca é artista, designer e professora. Mestre em Artes Digitais pela Universidade Pompeu Fabra, Barcelona, Espanha. A sua prática artística envolve a criação de peças que se utilizam da tecnologia em seu discurso e materialização e que exploram a relação entre este gênero, a sociedade e a natureza. Seus projetos vão desde aqueles construídos com a participação do público, que refletem através de e para os dispositivos tecnológicos àqueles que combinam métodos científicos, como a microscopia eletrônica e mapeamentos. Para tanto, desenvolve projeções, instalações ou aplicações criadas com o propósito de revelar, através da tecnologia, procedimentos, comportamentos ou informações que naturalmente acontecem diante dos nossos olhos, mas que não percebemos. Cecilia tem um forte compromisso com a herança cultural do seu país de origem, Peru. Neste sentido fundou e dirige o PatriaLab, divisão MYAP (especializado em laboratório de microscopia eletrônica).

Mais informações:
http://ceciliavilca.com/

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SERVIÇO

LAB especial aberto ao público*
Coordenação: Felippe Moraes
Local: Despina | Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Centro, Rio de Janeiro – RJ
Entrada gratuita* Atenção! As conversas e apresentações deste evento serão realizadas em inglês e espanhol, sem tradução.

“Pavilhão” na Casa França-Brasil

Sábado, 09.07.2016

Pavilhão é uma exposição de exposições. Como nas exposições universais, recorrentes no século XIX e atualizadas nas grandes mostras de arte internacional dos séculos XX e XXI, a ideia é evidenciar as diferentes culturas materiais e imateriais que são negociadas e apropriadas, hoje, entre agentes e gestores de variadas ações culturais no Rio de Janeiro.

Para esta primeira experiência, foram convidados os participantes de um recente seminário realizado na Casa França-Brasil, que discutia cultura em tempos de crise. Museus, espaços independentes e programas educativos do Rio de Janeiro se reúnem novamente para abrir seus gabinetes de curiosidades.

Participam deste primeira Pavilhão: A MESA, casamata, CCBB, Despina | Largo das Artes, EAV Parque Lage, És Uma Maluca, MAM-Rio, MAR, Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea, Museu da Maré, Museu Histórico Nacional, Olho da Rua, Paço Imperial, e outras ações relacionadas à exposição.

Como mostrar a cultura advinda de cada instituição? Muito além da cultura material que marcou as exposições universais, exibindo plantas, animais, jóias, especiarias, foram solicitados para este primeiro Pavilhão principalmente, o corpo e a voz. Serão exibidas, assim, falas adversas, ainda atuando nos sentidos de um sistema que distingue, separa, seleciona, mas que também produz seus contra-discursos.

Serviço
Pavilhão
Abertura: 09 de julho | 16h
Exposição segue até 30 de julho
Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí 78
Centro – RJ

Horizonte Indelével com Lilian Soares

Quinta, 07.07.2016

Na próxima quinta-feira, dia 7 de julho, às 10hs, Despina | Largo das Artes recebe a defesa da pesquisa teórico-prática de doutorado da artista Lilian Soares, integrante do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais / PPGAV-UFRJ na linha de Poéticas Interdisciplinares, com a exposição e apresentação do trabalho HORIZONTE INDELÉVEL. A defesa contará ainda com a participação do orientador Carlos Alberto Murad, os artistas e professores externos da UERJ Leila Danzinger e Malu Fatoreli e os artistas e professores membros do programa da UFRJ, Leonardo Ventapane e Doris Kominsky, que irão compor a banca avaliadora.

A artista, que ocupa um ateliê na Despina | Largo das Artes, é natural de Recife, Pernambuco. Vive no Rio de Janeiro, mas retorna regularmente a João Pessoa para reencontrar e filmar sua avó materna. É a partir destas visitas e da revelação das ausências de memória cada vez mais frequentes de Maria Lúcia, que artista encontra o ponto de partida para seu processo criativo. Este nasce em um diálogo entre elas, que se inicia por palavras, e vai se tornando cada vez mais incógnito. Seu projeto é mediado por desenho, fotografia, performance e vídeo, abordando questões relativas à construção de espaços poéticos, memória, narrativa e apagamento.

HORIZONTE INDELÉVEL está na linha traçada, apagada, repetida que Lilian Soares produz. Suas fábulas confundem-se de forma delicada com a própria materialidade da obra, em um emaranhado poético quase indistinguível, construído em meio a um espaço que é lacunar. Soares entrelaça sua produção textual com a produção de vestígios que exploram um certo estado de partida, que a existência parece carregar. “Contaminados por este estado de deriva, os trabalhos se mostram como um pequeno esquema de navegação do ‘perder-se’. É como uma espécie de navegar às avessas, ou como seguir uma bússola em que ponteiros se dirigem simultaneamente para norte e sul. Mas como seria este espaço do perder-se?” – provoca a artista. Sem algo definitivo, os trabalhos vão abrindo caminhos e compondo uma infinidade de trajetórias que a busca produz. Como resultado desta experiência que não se fixa e nenhum mapa pode abarcar, restam apenas vestígios, fragmentos entre o real e a imaginação.

O projeto, que foi contemplado com a bolsa CAPES e bolsa FAPERJ, teve parte dos trabalhos selecionados para exposições coletivas nacionais e internacionais, além de artigos que fazem parte do corpo da tese, publicados e apresentados em seminários no Brasil e no exterior. Mas, pela primeira vez, o corpo do projeto será exposto em conjunto e acompanhado pela fala da artista que apresentará seu processo criativo.

por Claudia Elias