Lançamento do livro Multitud Marica + mostra de vídeos sexo-dissidentes

Sábado, 23.06.2018

Convidamos todxs para o lançamento do livro ~ Multitud Marica: Ativações de arquivos sexo-dissidentes na América Latina ~ com a presença de um dos editores, Felipe Rivas San Martín, e xs artistas Pêdra Costa e Taís Lobo. Teremos também uma pequena mostra de vídeos com algumas obras que estiveram presentes na exposição homônima.

O livro é a segunda etapa do projeto curatorial ‘Multitud Marica’, dirigido por Francisco Vega Godoy e Felipe Rivas San Martín e realizada no Museo de la Solidaridad Salvador Allende entre 8 de abril e 13 de Agosto de 2017.

Não se trata somente do catálogo de uma exposição: a obra inclui um amplo diálogo curatorial entre Rivas e Godoy, que expressa processualidade fragmentária e político-afetiva envolvendo pensar o projeto curatorial como um todo; além dos textos apresentados no seminário ‘Quarto escuro: Perverter a claridade do desejo’. Nesta coleção de artigos participam André Menard, Johan Mijail, Cynthia Francica, Juan Pablo Sutherland, que junto com os editores, refletem a partir de um quarto escuro interseccional, relacionando sexualidade, raça e classe na América Latina.

O livro termina com um texto que expande a amostra para outros vetores, escrito pelo ensaísta Nelly Richard. Neste texto, Richard expõe e aborda sua própria biografia crítica como um pensador central para ativismo e práticas artísticas bicha / queer / gênero-dissidentes no Chile dos anos 70 até hoje.

A exposição ‘Multitud Marica’, no Museu de Salvador Allende Solidarity (MSSA), reuniu artistas e ativistas de oito países latino-americanos: Peru, Argentina, México, Paraguai, Nicarágua, Equador, Brasil e Chile que foram convocadxs para trabalhar com arquivos que recorressem a fatos históricos relacionados à homossexualidade, lesbianismo e transgeneridade em seus respectivos contextos. O quarto escuro se converteu em um dispositivo de exposição, que propunha aos espectadorxs outras formas de vincular-se às obras e ao museu.

Registros de obras: 
CUDS (Ernesto Orellana, Josecarlo Henriquez), Chile
Pedra Costa, Taís Lobo (Brasil)
Pao Lunch (Argentina)
Erwing Austen (Paraguay)
Hector Acuña (Perú)
Fredman Barahona – Miranda de las Calles (NIcaragua)
Lía García (México)
Leticia Rojas (Ecuador)

Ediciones Museo de la Solidaridad Salvador Allende 2018.

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Este evento faz parte das atividades da residência que o artista chileno Felipe Rivas San Martín está desenvolvendo na 3ª edição do Arte e Ativismo na América Latina, um projeto da Despina realizado em parceria com o Prince Claus Fund.

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SERVIÇO
Lançamento do livro Multitud Marica + vídeos sexo-dissidentes
Quando: sábado, 23 de junho
Horário: das 15 às 17 horas
Local: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro)
Entrada gratuita

Os livros estarão à venda no espaço por uma valor promocional de R$ 40 e só aceitamos dinheiro como forma de pagamento.

Cine Clube Despina especial apresenta: “A 13ª Emenda”

Sexta, 22.06.2018

Arte e Ativismo na América Latina – ano III

Para esta edição especial do Cine Clube Despina, convidamos todxs para a exibição de “A 13ª Emenda”, aclamado documentário da cineasta norte-americana Ava DuVernay, em que estudiosos, ativistas e especialistas em política procuram analisar o percurso que vem construindo formas de escravidão contemporânea nos Estados Unidos, articuladas com os programas de segurança pública e os circuitos econômicos.

A exibição desse filme é um convite para os presentes pensarem as relações do contexto norte-americano com o cenário brasileiro, junto com as artistas e pesquisadoras Luciane Ramos (Revista Omenelick 2º Ato) e Renata Codagan (Universidade das Quebradas), que participam de uma roda de conversa logo após a projeção.

Este evento faz parte das atividades da residência que a artista pernambucana Ana Lira está desenvolvendo na 3ª edição do Arte e Ativismo na América Latina, um projeto da Despina realizado em parceria com o Prince Claus Fund.

Esperamos vocês a partir das 18h30! Entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço.

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SINOPSE DO FILME

O título do extraordinário documentário de Ava DuVernay se refere à 13ª emenda à Constituição dos Estados Unidos, que afirma que “não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado”. A progressão da segunda cláusula da emenda aos horrores da criminalização em massa e à crescente indústria penitenciária norte-americana é retratada por DuVernay com incrível lucidez. Através de uma poderosa mistura de imagens de arquivo e testemunhos de uma variedade de ativistas, políticos, historiadores e ex-detentos e detentas, DuVernay cria um trabalho de extrema importância histórica.

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SOBRE AS CONVIDADAS

LUCIANE RAMOS é antropóloga, bailarina, pesquisadora, gestora de projetos no Acervo África (SP) e uma das integrantes do corpo editorial da revista Omenelick 2º Ato. Doutora em Artes da Cena e mestre em antropologia pela UNICAMP, atua nas áreas de artes da cena, estudos africanos e educação.

RENATA CODAGAN é arte-educadora, membro da equipe do Instituto de Artes Tear desde 1996, onde coordena os projetos de mediação de leitura. É integrante do grupo de coordenação da Universidade das Quebradas / UFRJ. Presta consultoria para instituições e projetos sociais que atuem com educação, arte e cultura.

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SERVIÇO

Cine Clube Despina especial apresenta: “A 13ª Emenda” (Ava DuVernay, EUA, 100′, 2016) + roda de conversa com Luciane Ramos e Renata Codagan 
Quando: sexta-feira, 22 de junho
Horário: a partir das 18h30
Local: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro)
Entrada gratuita – Classificação indicativa: 16 anos 

ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta terceira edição (2018), o projeto tem como tema “DISSENSO E DESTRUIÇÃO” e acontece entre maio e junho. Mais informações, por aqui.

Ana Lira, Danitza Luna (Mujeres Creando) e Felipe Rivas na UERJ

Quinta, 07.06.2018

Temos o prazer de convidar todxs para uma conversa com xs artistas e ativistas Ana Lira, Danitza Luna (Mujeres Creando) e Felipe Rivas na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

Este encontro, que acontece dia 7 de junho às 11 horas no auditório do Instituto de Artes, ocorre a convite e foi organizado pelos professores Alexandre Sá, Denise Espirito Santo e Aldo Victorio Filho como parte dos programas de Graduação e Pós Graduação em Artes.

Os artistas e ativistas Ana Lira (Recife), Danitza Luna (Bolivia) e Felipe Rivas (Chile) foram contemplados com uma bolsa para participar de uma residência especial de dois meses no Rio de Janeiro através do projeto Arte e Ativismo na América Latina, da Despina, com o suporte da organização holandesa Prince Claus Fund.

Nesta terceira edição, o Arte e Ativismo na América Latina tem como tema “DISSENSO E DESTRUIÇÃO” e acontece entre maio e julho. A residência ocorre em sintonia com o propósito do projeto de promover o encontro entre artistas e ativistas latino-americanos para que novas narrativas – mais democráticas, transgressoras e multiculturais – sejam desenvolvidas, difundidas, amplificadas e ouvidas. Este ano o objetivo é convergir práticas que abordem questões relativas à criação de novos mundos, com o intuito de articular outros modos de organização, meios de subjetivação, formas de sociabilidade, modelos de produção, sistemas de troca, mecanismos de remuneração e metodologias de educação: existências transformadoras capazes de exercitar outras maneiras de viver, focadas nos afetos e partilha do comum.

Esperamos vocês! #UERJResiste

SOBRE OS ARTISTAS

ANA LIRA é uma artista e ativista brasileira que vive e trabalha em Recife (Pernambuco, Brasil). As suas experiências artísticas buscam discutir vivências políticas e ações coletivas como processos de mediação. Relações de poder e implicações nas dinâmicas de comunicação estão entre os seus principais interesses no desenvolvimento de projetos, que articulam narrativas visuais, material de imprensa, mídias impressas e publicações independentes. É especialista em Teoria e Crítica de Cultura e, nos últimos anos, também desenvolveu trabalhos independentes de pesquisa, curadoria, além de projetos educacionais articulados com projetos visuais. Participou de mais de sete coletivos durante duas décadas. É articuladora dos projetos educacionais Cidades Visuais, Entre-Frestas e Circuitos Possíveis, este último relacionado à elaboração de fotolivros e fotozines. Recebeu o Prêmio Funarte Arte Contemporânea 2015 pela exposição Não-Dito, que foi apresentada no MABEU/CCBEU em Belém (2017) e no Capibaribe Centro da Imagem, em Recife (2015). É autora do livro Voto, publicado pela editora independente Pingado Prés, em 2014 (1ª ed.) e 2015 (2ª ed. – traduzida), que hoje integra o acervo da Pinacoteca de São Paulo e a coleção de fotolivros do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, no Museu da UFPA (Belém do Pará). Também é pesquisadora em projetos audiovisuais – atualmente está iniciando uma pesquisa para o projeto Terrane, uma narrativa visual sobre as mulheres pedreiras do semiárido brasileiro, a partir da experiência da Casa da Mulher do Nordeste. Durante a sua residência na Despina, Ana pretende investigar as relações e dinâmicas entre visibilidade e poder, por meio do mapeamento de saberes e compartilhamento de informações-em-cultura que não passam pelos grandes circuitos de comunicação.

DANITZA LUNA é uma mulher feminista boliviana, cartunista e designer gráfica, que vive e trabalha em La Paz. É formada em Artes Visuais pela Universidad Mayor de San Andrés, com especialização em escultura. Desde 2011, integra o movimento político anarco-feminista “Mujeres Creando”, uma das plataformas de arte e ativismo mais importantes e influentes do seu país, que desenvolve projetos artísticos de intervenção e performance em espaços públicos, além de oficinas de arte e serigrafia e programas educacionais em universidades e sindicatos de mulheres. Dentre as exposições recentes que participou como parte do movimento, destaque para a mostra “Muros Blandos”, no Museu da Solidariedade Salvador Allende, em Santiago do Chile (2017), onde desenvolveu, junto com as artistas Esther Angollo e Maria Galindo, uma série de murais provocativos e irônicos que ressaltaram algumas polêmicas políticas e religiosas. Já em 2016, desenvolveu especialmente para a Bienal Internacional de Artes da Bolívia (também com Esther e Maria) os projetos de intervenção pública “Altar Blasfemo” e “Escudo Anarco-Feminista Antichauvinista”, que ocuparam o muro externo do Museu Nacional de Arte da Cidade de La Paz. E em 2015, participou do Encontro Internacional de Arte de Medelín – “Historias Locales / Prácticas Globales”, na Colômbia, onde ministrou com demais membros do coletivo a oficina de serigrafia “Grafica Feminista, No acepto ser cosificada”, no Museu de Antioquia. Os resultados dessa experiência foram exibidos em um mural público na ruas de Medelín. Durante a sua residência no Rio de Janeiro, Danitza irá coordenar um oficina gráfica feminista gratuita, que acontece em 7 datas diferentes durante os meses de maio de junho. Os resultados gráficos desses encontros estarão compilados em uma memória impressa com tiragem gratuita.

FELIPE RIVAS SAN MARTÍN é um artista e ativista chileno, que vive e trabalha em Valência, Espanha, onde atualmente é bolsista de doutorado na Comissão Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, CONICYT, da Universidade Politécnica de Valência (UPV). É mestre em Artes Visuais pela Universidade do Chile. Sua produção artística compreende pintura, desenho, performance e vídeo em confluência com a imagem tecnológica (interfaces virtuais, codecs digitais). É co-fundador do Coletivo Universitário de Dissidência Sexual, CUDS, plataforma de ativismo que participa desde 2002. Dirigiu as revistas de crítica e cultura queer “Torcida” (2005) e Disidenciasexual.cl (2009). Rivas vincula ativismo e produção artística com pesquisa, texto e curadoria relacionados à arte, política e tecnologias, teoria queer, pós-feminismo e performatividade. Durante a sua residência no Rio de Janeiro, Felipe irá apresentar questões que transitam por sua pesquisa, como as tecnologias disciplinares e de controle às quais os corpos homossexuais são submetidos. Para tanto, pretende utilizar como foco inicial o caso dos homossexuais do Rio de Janeiro nos anos 30 do século passado, quando serviram de objeto de estudo para o livro “Homossexualismo e Endocrinologia” (Leonidio Ribeiro, 1938). Essas técnicas foram atualizadas com a nova lógica de dados e algoritmos computacionais, incluindo projetos que visam identificar a orientação sexual de pessoas com base em análises biométricas e algorítmicas. A noção de “dados” tem um duplo sentido: de um lado, refere-se aos dados, isto é, ao fenômeno da “informatização da sexualidade”. Por outro lado, “dados” refere-se ao tempo. Segundo Felipe, essas tecnologias de poder vão além do tempo e forçam o ativismo a pensar sobre a temporalidade das lutas. Daí surge a sua proposta de um “Retrofuturismo Queer”, como uma metodologia para abordar esses problemas do ativismo atual diante das tecnologias do poder. “Retrofuturismo Queer” pretende projetar o futuro do poder e das lutas maricas, através de um olhar sobre o passado de lutas e experiências de violência.

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Este evento faz parte do ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA, um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, oficinas, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta terceira edição (2018), o projeto tem como tema “DISSENSO E DESTRUIÇÃO” e acontece entre maio e junho.

SERVIÇO
Ana Lira, Danitza Luna (Mujeres Creando) e Felipe Rivas na UERJ
Onde: Auditório do Instituto de Artes da UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524 – 11º andar – bloco E
Quando: Quinta-feira, dia 7 de junho
Horário: das 11 da manhã a 1 da tarde.
Entrada gratuita

FICHA TÉCNICA
Concepção e desenvolvimento do tema: Consuelo Bassanesi e Guilherme Altmayer
Comunicação e Documentação: Frederico Pellachin
Gestão Financeira e Jurídica: Clarice Goulart Correa
Produção: Pablo Ferretti
Comitê de Seleção: Consuelo Bassanesi, Guilherme Altmayer e Pablo León de la Barra

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Lançamento da revista teteia

Quinta, 06.06.2018

~teteia ~ é uma revista de pensamento, de crítica e de arte editada por quatro mulheres que refletem essas instâncias nos desafios sociopolíticos do presente. teteia, além de ser título de uma série de instalações de Lygia Pape (grafia: Ttéia), surgida a partir da pesquisa neoconcreta sobre tecer emaranhados na cidade, é expressão utilizada para se referir a mulher ou coisa graciosa e delicada – da qual nos apropriamos ironicamente. Em busca de construir e ativar outros espaços de produção de pensamento crítico e do fazer artístico, surgiu, em 2013, o desejo de criar teteia. Editada por Fernanda Pequeno, Marília Palmeira, Natália Quinderé e Steffania Paola, e com estratégia de comunicação de Mariana Marques, ~teteia ~ quer tête-à-tête, trocas, encontros, ferver a cabeça.

Quarta, dia 6 de junho, a partir das 19 horas, com falas de:
Gabriela Mureb, Sem título (campo)
Roberta Barros, Passarelas e a urgência de se falar em feminismoS
Vanessa Teixeira de Oliveira, Um demo malpensante cai sobre ti: Cassandra, Calpúrnia, Camila

https://teteia.org

Conversa com Ana Lira (Brasil), Danitza Luna (Bolívia) e Felipe Rivas (Chile)

Quinta, 17.05.2018

Para marcar o início da terceira edição do Arte e Ativismo na América Latina, um projeto da Despina realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, convidamos todxs para uma conversa com os residentes selecionados para a edição deste ano – Ana Lira, Danitza Luna e Felipe Rivas San Martín. O evento acontece no nosso novo sobrado (Rua do Senado, 271) na próxima quinta-feira, dia 17 de maio, e terá início às 19h30. A entrada é gratuita.

Para esta terceira edição, cujo tema é  DISSENSO & DESTRUIÇÃO, o objetivo é convergir práticas que abordem questões relativas à criação de novos mundos, com o intuito de articular outros modos de organização, meios de subjetivação, formas de sociabilidade, modelos de produção, sistemas de troca, mecanismos de remuneração e metodologias de educação: existências transformadoras capazes de exercitar outras maneiras de viver, focadas nos afetos e partilha do comum.

Os três residentes já ocupam seus ateliês na Despina e pelos próximos dois meses irão desenvolver suas pesquisas e projetos em resposta às novas interlocuções e ao novo ambiente. Também irão participar de uma série de atividades, que incluem seminários, oficinas, visitas a escolas públicas, entre outras ações. Fiquem atentxs à programação aqui no site, Facebook (www.facebook.com/despina.org) e Instagram (@despina.rio).

Sobre os residentes

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Ana Lira é uma artista e ativista brasileira que vive e trabalha em Recife (Pernambuco). As suas experiências artísticas buscam discutir vivências políticas e ações coletivas como processos de mediação. Relações de poder e implicações nas dinâmicas de comunicação estão entre os seus principais interesses no desenvolvimento de projetos, que articulam narrativas visuais, material de imprensa, mídias impressas e publicações independentes. É especialista em Teoria e Crítica de Cultura e, nos últimos anos, também desenvolveu trabalhos independentes de pesquisa, curadoria, além de projetos educacionais articulados com projetos visuais. Participou de mais de sete coletivos durante duas décadas. É articuladora dos projetos educacionais Cidades Visuais, Entre-Frestas e Circuitos Possíveis, este último relacionado à elaboração de fotolivros e fotozines. Recebeu o Prêmio Funarte Arte Contemporânea 2015 pela exposição Não-Dito, que foi apresentada no MABEU/CCBEU em Belém (2017) e no Capibaribe Centro da Imagem, em Recife (2015). É autora do livro Voto, publicado pela editora independente Pingado Prés, em 2014 (1ª ed.) e 2015 (2ª ed. – traduzida), que hoje integra o acervo da Pinacoteca de São Paulo e a coleção de fotolivros do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, no Museu da UFPA (Belém do Pará). Também é pesquisadora em projetos audiovisuais – atualmente está iniciando uma pesquisa para o projeto Terrane, uma narrativa visual sobre as mulheres pedreiras do semiárido brasileiro, a partir da experiência da Casa da Mulher do Nordeste. Durante a sua residência na Despina, como parte das ações e atividades do terceiro ano do projeto “Arte e Ativismo na América Latina”, Ana pretende investigar as relações e dinâmicas entre visibilidade e poder, por meio do mapeamento de saberes e compartilhamento de informações-em-cultura que não passam pelos grandes circuitos de comunicação.

 

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Danitza Luna é uma mulher feminista boliviana, cartunista e designer gráfica, que vive e trabalha em La Paz. É formada em Artes Visuais pela Universidad Mayor de San Andrés, com especialização em escultura. Desde 2011, integra o movimento político anarco-feminista “Mujeres Creando”, uma das plataformas de arte e ativismo mais importantes e influentes do seu país, que desenvolve projetos artísticos de intervenção e performance em espaços públicos, além de oficinas de arte e serigrafia e programas educacionais em universidades e sindicatos de mulheres. Dentre as exposições recentes que participou como parte do movimento, destaque para a mostra “Muros Blandos”, no Museu da Solidariedade Salvador Allende, em Santiago do Chile (2017), onde desenvolveu, junto com as artistas Esther Angollo e Maria Galindo, uma série de murais provocativos e irônicos que ressaltaram algumas polêmicas políticas e religiosas. Já em 2016, desenvolveu especialmente para a Bienal Internacional de Artes da Bolívia (também com Esther e Maria) os projetos de intervenção pública “Altar Blasfemo” e “Escudo Anarco-Feminista Antichauvinista”, que ocuparam o muro externo do Museu Nacional de Arte da Cidade de La Paz. E em 2015, participou do Encontro Internacional de Arte de Medelín – “Historias Locales / Prácticas Globales”, na Colômbia, onde ministrou com demais membros do coletivo a oficina de serigrafia “Grafica Feminista, No acepto ser cosificada”, no Museu de Antioquia. Os resultados dessa experiência foram exibidos em um mural público na ruas de Medelín. Durante a sua residência no Rio de Janeiro, Danitza irá coordenar um oficina gráfica feminista, que acontece em 7 datas diferentes durante os meses de maio de junho. Os resultados gráficos desses encontros estarão compilados em uma memória impressa com tiragem gratuita (número de exemplares a serem definidos durante o processo).

 

felipe_inner4Felipe Rivas San Martín é um artista e ativista chileno, que vive e trabalha em Valência, Espanha, onde atualmente é bolsista de doutorado na Comissão Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, CONICYT, da Universidade Politécnica de Valência (UPV). É mestre em Artes Visuais pela Universidade do Chile. Sua produção artística compreende pintura, desenho, performance e vídeo em confluência com a imagem tecnológica (interfaces virtuais, codecs digitais). É co-fundador do Coletivo Universitário de Dissidência Sexual, CUDS, plataforma de ativismo que participa desde 2002. Dirigiu as revistas de crítica e cultura queer “Torcida” (2005) e Disidenciasexual.cl (2009). Rivas vincula ativismo e produção artística com pesquisa, texto e curadoria relacionados à arte, política e tecnologias, teoria queer, pós-feminismo e performatividade. Durante a sua residência no Rio de Janeiro, Felipe irá apresentar questões que transitam por sua pesquisa, como as tecnologias disciplinares e de controle às quais os corpos homossexuais são submetidos. Para tanto, pretende utilizar como foco inicial o caso dos homossexuais do Rio de Janeiro nos anos 30 do século passado, quando serviram de objeto de estudo para o livro “Homossexualismo e Endocrinologia” (Leonidio Ribeiro, 1938). Essas técnicas foram atualizadas com a nova lógica de dados e algoritmos computacionais, incluindo projetos que visam identificar a orientação sexual de pessoas com base em análises biométricas e algorítmicas. A noção de “dados” tem um duplo sentido: de um lado, refere-se aos dados, isto é, ao fenômeno da “informatização da sexualidade”. Por outro lado, “dados” refere-se ao tempo. Segundo Felipe, essas tecnologias de poder vão além do tempo e forçam o ativismo a pensar sobre a temporalidade das lutas. Daí surge a sua proposta de um “Retrofuturismo Queer”, como uma metodologia para abordar esses problemas do ativismo atual diante das tecnologias do poder. “Retrofuturismo Queer” pretende projetar o futuro do poder e das lutas maricas, através de um olhar sobre o passado de enfrentamentos e experiências de violência.

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ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, workshops, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta terceira edição (2018), o projeto tem como tema “DISSENSO E DESTRUIÇÃO” e acontece entre maio e junho. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.

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Serviço

Conversa com Ana Lira, Danitza Luna e Felipe Rivas San Martin
Arte e Ativismo na América Latina, ano III
Quando: quinta-feira, 17 de maio
Horário: 19h30
Onde: Despina (Rua do Senado, 271 – Sobrado)
Entrada gratuita

 

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Senado Tomado#1

Sexta, 27.04.2018

Nesta sexta-feira, dia 27 DE ABRIL, rola a inauguração da nossa nova noite mensal de ateliês abertos no sobrado que ocupamos desde janeiro na Rua do Senado, centrão histórico do Rio.

SENADO TOMADO marca uma nova fase nesses cinco anos de existência e resistência da Despina e vai continuar a trazer todo mês numa mesma noite uma série de eventos, tais como conversas, performances, pocket-shows, ensaios expositivos, além, é claro, dos nossos ateliês abertos à visitação pública.

Para esta primeira edição, o artista dinamarquês Christian Danielewitz (atualmente em residência na Despina) irá conversar com o público sobre a sua trajetória e também sobre suas pesquisas recentes, dentre elas um projeto de instalação em desenvolvimento, que remete a um trabalho de 1969 do artista norte-americano Robert Smithson (1938-1973). A residência de Christian na Despina contou com o suporte da Danish Arts Foundation e L.F.Foghts Fond.

Também em residência na Despina, a artista brasileira radicada em Nova York, Sofia Bromfield Geld, irá apresentar uma vídeo-instalação, fruto de um projeto de documentário realizado a partir de encontros com sete mulheres de diferentes classes sociais que vivem na cidade do Rio de Janeiro. Este trabalho investiga as formas como as experiências dessas mulheres se cruzam em uma cidade tão adversa.

Já xs artistas associadxs à Despina abrem seus ateliês para visitação do público. Venha conhecer as produções e pesquisas mais recentes de: Alessandra Bergamaschi, Ana Cláudia Lomelino, Carol Medeiros, Denise F Adams, Fernanda Andrade, Joana Silleman, Kika Diniz, Laura Lydia, Lívia Barroso de Moura, Sarah Knill-Jones e Pablo Ferretti.

Fechando a noite, tem “Algo de Fatal – Dani Mattos canta Gal com Marcelo Figueiredo”, um projeto pensado especialmente para a Despina e que reúne dois artistas visuais e educadores que desenvolvem desde o final dos anos 90 projetos musicais combinando rock independente, MPB e ruídos variados.

E nas carrapetas, Fina Estirpe DJ Ensemble!

Esperamos todxs nesta  sexta, dia 27, a partir das 19 horas. Vem quente!

GALERIA DE E-FLYERS  (por Frederico Pellachin)


SERVIÇO

“Senado Tomado” na Despina
Quando: sexta-feira, 27 de abril
Horário: a partir das 19 horas
Onde: Rua do Senado, 271 – Centro
(Entre o Colégio Cruzeiro (antiga Escola Alemã) e a fábrica dos Bixcoitos Globo).
Entrada gratuita

 

COBERTURA DO EVENTO
Vídeo e fotos: Frederico Pellachin

 

 

Navegue pelas fotos abaixo utilizando as setas na horizontal

 

Finalmente + 5 anos da Despina

Quinta, 29.03.2018

Finalmente se junta à Despina pra comemorar seu aniversário de 5 anos.

Vai ser um prazer ocupar com música esse espaço tão lindo!

Finalmente Djs

<Susana Guardado>
<Vinicius Alves>
<Yasmin Zyngier>

Ingressos

Antecipados – R$ 20
Na hora – R$ 35

Link Sympla

https://www.sympla.com.br/17-marco-finalmente-na-despina__254782

Sai da toca!

Finalmente nos 5 anos da Despina
Local: Despina
Rua do Senado, 271
Quando: quinta-feira, dia 29 de março, a partir das 23:00

Cine Clube Despina + Ateliês Abertos

15.03.2017

Evento cancelado em função dos últimos acontecimentos na cidade do Rio de Janeiro.

Convidamos todxs para uma noite especial de cine clube + ateliês abertos na Despina.

No próximo dia 15 de março, acontece mais uma sessão do Cine Clube Despina com curadoria do CINEMA KUIR, que traz o longa “Eu sou Lana Del Rey”, dirigido por Lucas Ferraço Nassif.  Após a projeção, haverá um debate sobre o filme, com a presença do diretor e do critico de cinema e ator Pedro Pinheiro Neves. Na mesma noite, o artista sueco Haidar Mahdi irá apresentar os trabalhos produzidos durante o período de sua residência no Rio de Janeiro, que contou com o acompanhamento do professor e curador Raphael Fonseca. Os demais ateliês do espaço também estarão abertos para visitação.

CINEMA KUIR apresenta
“Eu sou Lana Del Rey”

Direção: Lucas Ferraço Nassif
Roteiro: Bráulio Cruz
Brasil, 2017, 100′

Lana Del Rey é a estória de amor de um jovem artista. Este é um trabalho no distante, na vulnerabilidade, da relação por telas, por imagem, por sonhos e devaneios, por drogas, por sentimentos de uns e de umas que tocam nos de outros e de outras. Um filme incomum (em sua produção etc.) mas, uma vez que a internet e o Skype estão presentes em nossas vidas quase o tempo todo, não é incomum em nossas vidas: logo, este pode ser um filme comum.

Mesmo no limite abissal do falso e da caricatura excessiva, a um queer ferido é dito que “está tudo bem” e que para ele “só há amor”, como as mães que essas divas pops acabam por se transformar para esses efeminados infantis e sofridos que, nos termos da “normalidade”, têm uma forma muito estranha de amar. No cúmulo da ironia remota e da frieza fantasmática persistente, uma relação se estabelece, um vínculo (mesmo que um pastiche dele) é criado. É preciso que essa forma masoquista e queer de amar não seja ignorada por uma discussão teórica que é, antes de tudo, incapaz de sequer enxergar esse amor como um elemento encenado dentro de uma obra com valor artístico. (Fragmento do ensaio “A improdutividade queer”, de André Antônio). Versão na íntegra por aqui.

 

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O CINEMA KUIR é um dispositivo aberto e itinerante que traz para reflexão temas que gravitam entre anarquismo e vivências kuir, atrelados à arte, audiovisual e modos de vida e estar junto que escapam às normas vigentes.

 

 

 

 

 

 

 

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PROGRAMA DE RESIDÊNCIAS DESPINA apresenta:

Ateliês abertos com mostra especial do artista sueco Haidar Mahdi
Haidar vive e trabalha em Estocolmo, Suécia. Graduado em Konstfack, com mestrado na Royal Academy of Fine Arts de Estocolmo. A prática de Haidar traz a marca do seu multiculturalismo (mãe polonesa, pai iraquiano), que se manifesta através de um amplo interesse em uma diversidade de materiais e técnicas, principalmente a argila e a cerâmica. Seus objetos e esculturas zombam do pomposo e do opulento, beirando o kitsch. Reunir materiais “baratos” que imitam objetos reais também tornou-se parte do seu processo. Durante a sua residência na Despina, o artista tem pesquisado novos materiais e novas formas de combiná-los. A residência de Haidar Mahdi na Despina conta com o apoio do fundo internacional para artistas visuais da Iaspis (www.konstnarsnamnden.se) e teve o acompanhamento do professor e curador Raphael Fonseca.

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SERVIÇO
Cine Clube Despina + Ateliês Abertos 
Quando: 15 de março, quinta-feira, às 19:00
Local: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro)
Entrada gratuita

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CRÉDITO DA IMAGEM NO TOPO
Still do filme “Eu sou Lana Del Rey”

CRÉDITO DO E-FLYER
Montagem com still do filme “Eu sou Lana Del Rey” +
detalhe da série “Penetráveis XXX”, do artista sueco Haidar Mahdi.


Oficina MOVE – Iniciação ao Movimento, com Diego Mur / Nohbords

Terça, 06.02.2018

Despina convida para MOVE – INICIAÇÃO AO MOVIMENTO, oficina gratuita com o dançarino, coreógrafo e artista visual mexicano Diego Mur.

MOVE é um laboratório de estudo do corpo que se propõe a explorar a mecânica e os padrões primários de corpo e dança tais como direção, peso, espaço e energia. O objetivo é descobrir ações físicas detonadas por impulsos direcionados que permitem elaborar sequências de movimento, capazes de ativar a memória física e, a partir da sua prática, aprofundar a pesquisa para abordar mecânicas de dança complexas.

Esta oficina é dirigida a atores, dançarinos, artistas, coreógrafos e demais interessados ​​e envolvidos na criação cênica contemporânea. Interessados em participar, favor enviar um email para cursos@despina.org com o título no campo assunto: “Inscrição MOVE” e informar nome completo e telefone de contato. Vagas limitadas! A oficina será ministrada em espanhol e inglês.

DIEGO MUR iniciou sua formação profissional em dança contemporânea na Escola Independente Núcleo Antares, sob a direção de Miguel Mansillas e Isaac Chau. Durante sua formação como bailarino, fez parte de processos criativos com coreógrafos como: Claudia Lavista, Evoé Sotelo, Guillermo Maldonado, Ángeles Martínez, Cora Flores, Adriana Castaños, Gladiola Orozco, Gabriela Medina, Abigail Núñez, Manuel Stephens, Georgina Gutiérrez, Beto Pérez, Jaciel Neri, Sygfryed Rzysko e Ernesto Contreras. Foi convidado pela companhia Antares para bailar nas obras Polígono Irregular (2011), Que no descubran tu nombre (2012), Pliegues (2014), y Ladoalado (2013). Fez residencia artística no Danscentrum Jette, Bruselas Bélgica, centro de dança dirigido por Roxane Huilmand, onde teve a oportunidade de se formar com representantes da dança de nível internacional: David Sambrano, Sidi Larbi, Cruz Mata. Ganhador do prêmio Contrastes 2010, de 4 X Premio Culiacán de Coreografía; Hector Chávez, do prêmio de video dança Agite y Sirva 2015 e do premio FICD5, Festival Internacional de Cine en el Desierto. Atualmente é diretor artístico do NOHBORDS, projeto de dança contemporânea e arte visual.

INFO
Oficina MOVE – INICIAÇÃO AO MOVIMENTO, com Diego Mur
Quando: terça-feira, 6 de fevereiro, das 16 às 19 horas
Onde: Despina
Rua do Senado, 271 – Centro
Interessados em participar, favor enviar um email para cursos@despina.org com o título no campo assunto: “Inscrição MOVE” e informar nome completo e telefone de contato. Vagas limitadas!
Agradecimentos: Pablo León de La Barra.

Conversa com Nina Wöhlk e Matthieu Laurette

Terça, 30.01.2018

Na próxima terça-feira, dia 30 de janeiro, abrimos nossa nova sede para o primeiro evento público do ano, uma noite de conversas com a curadora dinamarquesa Nina Wöhlk e o artista francês Matthieu Laurette, com mediação do curador Pablo Leon de la Barra.

Wöhlk irá apresentar alguns processos investigativos que empreendeu durante a sua residência na Despina neste mês de janeiro. Através de observações em torno da fabulação especulativa – o relato de novas his(es)tórias como um método artístico -, ela expõe o seu interesse no conceito de “string-figures” de Donna Haraway e a sua relação com a literatura de cordel brasileira – histórias “enfileiradas” e a sua potência como gênero literário. Serão pontuadas aqui referências à escritora e artista dinamarquesa Amalie Smith e ao seu próximo livro “Et hjerte i Alt” (algo como “Um coração em tudo”), realçando a colagem de textos escritos ao longo de 10 anos e que se estabelecem no livro como uma “fita de Möbius”. A partir daí, Wöhlk propõe uma conexão entre o canibalismo brasileiro, abordado pela XXIV Bienal de São Paulo em 1998, com o método dinamarquês chamado “vandalismo”, manifestado pelo artista Asger Jorn na fundação do movimento “Instituto Escandinavo de Vandalismo Comparativo” (Scandinavian Institute of Comparative Vandalism – SISV) em 1961 (-1965). Neste âmbito, ela procura refletir sobre desconstrução e especulação como dois métodos artísticos e geradores de novas his(es)tórias.

Laurette, por sua vez, irá conversar com o público sobre a sua trajetória artística e o seu projeto mais recente, “Tropicalize me”, uma experiência que procura dissecar, através de diferentes pontos de vista, a noção de “trópico” e o acesso a este conceito por variadas circunstâncias e percepções. Iniciado em Bogotá em 2010, “Tropicalize me” consiste no artista solicitar a personalidades distintas do circuito artístico latino-americano uma lista de tarefas e ações a cumprir e que o “tropicalizem”. Lidando com a fantasia do exótico e sublinhando sua natureza descontínua, o projeto combina práticas conceituais com recursos “in situ” e revela uma ambiguidade nas comunidades artísticas contemporâneas que anseiam pela identificação com produções pós-ideológicas construídas socialmente e transformadas em commodities.

Esperamos vocês a partir das 19h30 no nosso novo endereço: Rua do Senado, 271 – Centro (sobrado azul e amarelo entre o Colégio Cruzeiro e a fábrica dos Biscoitos Globo). Entrada gratuita. Estacionamento 24 horas em frente ao local.

SOBRE OS CONVIDADOS

NINA WÖHLK vive e trabalha em Copenhague, Dinamarca. Desde 2012, trabalha como curadora independente e também na produção de conhecimento em campos expandidos da arte contemporânea. A sua pesquisa lida com a inseparabilidade que existe entre o trabalho de arte e o seu contexto. No momento, ela investiga práticas performativas na arte contemporânea e as suas relações com o pensamento discursivo emergente. Cultura indígena nórdica e trauma como experiência passada reincidente são temas que percorrem a sua pesquisa. Como curadora do triênio 2016-2018 da instituição de arte Læsø Kunsthals (localizada na pequena ilha de Læsø, no norte da Dinamarca), Wöhlk tem destacado o trabalho inovador e de vanguarda dos artistas dinamarqueses Per Kirkeby, Jørgen Haugen Sørensen e Asger Jorn, através de exposições individuais que estão se ramificando em muitos contextos e situações diferentes, tornando estes artistas relevantes e atraentes novamente. Em 2018, ela irá organizar uma exposição com Asger Jorn, membro fundador dos movimentos Situationist Ideale, CoBRA e Bauhuas Imaginiste e também do Scandinavian Institute for Comparative Vandalism – este último enfatizado na sua próxima exposição, que irá reunir artistas contemporâneos envolvidos em diálogos com o legado das obras de arte, teorias e idéias de Jorn. A sua residência na Despina conta com o apoio da Danish Arts Foundation e Knud Højgaards Fund. Mais informações: www.ninawoehlk.dk

MATTHIEU LAURETTE vive e trabalha em Paris, França. Desde os anos 90, atua como um artista multimídia e está entre os precursores de estratégias que afirmam o virtual e as redes como ferramentas artísticas efetivas. Seu trabalho utiliza estereótipos, modelos e processos emprestados da mídia e em grande parte das ideias em torno da “Sociedade do Espetáculo”. Sua prática questiona diretamente a relação entre arte e vida, valor e economia. “Tropicalize me”, seu mais recente projeto, está centrado na pessoa artística em si e registra ações por meio de certificados, fotografias e mídias sociais. Suas obras mais conhecidas são “Apparitions”(1993), “Produits Remboursés” (1991-2001), “Citizenship Project” (1996) e “El Gran Trueque” (2000). Já expôs no Centro Pompidou de Paris, no Museu Guggenheim de Nova York, na Bienal de Veneza, entre outros. Laurette é um artista premiado pelo programa Institut Français Hors les Murs e seu projeto conta com o apoio da Fondation Nationale des Arts Graphiques et Plastiques. Mais informações: www.laurette.net

SERVIÇO
Conversa com Nina Wöhlk e Matthieu Laurette, com a mediação do curador Pablo León de la Barra*
Quando: terça-feira, 30 de janeiro
Horário: 19h30
Local: Despina
Rua do Senado, 271 – Sobrado
Centro – Rio de Janeiro, RJ
Entrada gratuita

* Informamos a todxs que as conversas serão conduzidas em inglês.

 

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