LAB especial com ex-residentes Despina

Acontece
Terça, 19.07.2016
Nesta terça-feira, dia 19 de julho, a partir das 14 horas, duas artistas que participaram do Programa de Residências Despina em diferentes momentos – e estão de passagem pelo Rio de Janeiro -, irão conversar com nossos atuais residentes durante o laboratório de acompanhamento de projetos, coordenado pelo artista e pesquisador Felippe Moraes. Para esta ocasião especial, convidamos também o público interessado a participar.

A artista britânica Claire Nichols (residente do nosso programa em maio de 2015) irá compartilhar a experiência que teve recentemente em Piracanga, Bahia, onde participou de uma residência no Two Hotel, junto com a colega Jennifer Taylor, também britânica. Além da conversa, as duas artistas irão propor uma nova interação das performances realizadas em Piracanga, fundamentadas em provocações lúdicas e movimentos improvisados com objetos encontrados. Navegando em espaços geométricos demarcados, Nichols e Taylor constroem novos cenários que vêm a existir como filmes e fotografias.

Claire Nichols vive e trabalha em Londres. É formada em Artes Visuais pela Escola Ruskin da Universidade de Oxford e tem mestrado em Crítica de Arte pela Universidade de Goldsmiths. Seu trabalho brinca com os espaços físicos e “filosóficos” de um ateliê ou de uma galeria. Estes espaços são explorados pela artista através de uma série de desenhos, esculturas ou performances que estão “em processo” e num relacionamento em constante evolução com o espectador. Claire já expôs na Banner Repeater, David Roberts Art Foundation, Whitechapel Gallery e Art on the Underground, em Londres; MoMA PS1 em Nova Iorque e Centre Cultural la Mercè, em Girona. Em maio de 2015, foi selecionada para participar do Programa de Residências Despina, no Rio de Janeiro.

Jennifer Taylor trabalha com performance ao vivo, filme experimental e instalação em grande escala. Seu interesse está no ponto em que os sistemas e comportamentos chegam a um estado de crise ou de avaria e crescem fora de controle. Em seu trabalho, instalações caóticas estão à beira do colapso e performances se degeneram em pantomimas ciborgues low-fi e mal-acabadas. Taylor completou seu mestrado em Escultura no Royal College of Art e, anteriormente, estudou na Escola Ruskin da Universidade de Oxford. Já expôs na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris; The Wapping Project e ICA, em Londres; Art First, em Bolonha e Modern Art Oxford.

Mais informações:
http://twohotel.tumblr.com
http://clairenichols.info
http://jennifertaylor.co

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Já a artista peruana Cecília Vilca (residente do nosso programa em janeiro e fevereiro de 2016) irá apresentar o seu projeto HYBRIS_Latinoamerica: memória política audiovisual, selecionado para a residência CONTRALAB:Reboot, que aconteceu na Estação Rural de Arte e Tecnologia – NUVEM, em Visconde de Mauá (RJ), entre os dias 10 e 17 de julho de 2016.

Este projeto surgiu com o objetivo de consolidar e/ ou construir uma memória audiovisual urgente, utilizando materiais existentes, mas que se encontram dispersos pela internet. A ideia é apropriar-se desta memória audiovisual como instrumento de política vigilante, que pode ser  empregado em momentos sociopolíticos decisivos, contra a desinformação e a distração gerada pela mídia tradicional (TV, rádio, jornais).

Cecília Vilca é artista, designer e professora. Mestre em Artes Digitais pela Universidade Pompeu Fabra, Barcelona, Espanha. A sua prática artística envolve a criação de peças que se utilizam da tecnologia em seu discurso e materialização e que exploram a relação entre este gênero, a sociedade e a natureza. Seus projetos vão desde aqueles construídos com a participação do público, que refletem através de e para os dispositivos tecnológicos àqueles que combinam métodos científicos, como a microscopia eletrônica e mapeamentos. Para tanto, desenvolve projeções, instalações ou aplicações criadas com o propósito de revelar, através da tecnologia, procedimentos, comportamentos ou informações que naturalmente acontecem diante dos nossos olhos, mas que não percebemos. Cecilia tem um forte compromisso com a herança cultural do seu país de origem, Peru. Neste sentido fundou e dirige o PatriaLab, divisão MYAP (especializado em laboratório de microscopia eletrônica).

Mais informações:
http://ceciliavilca.com/

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SERVIÇO

LAB especial aberto ao público*
Coordenação: Felippe Moraes
Local: Despina | Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Centro, Rio de Janeiro – RJ
Entrada gratuita* Atenção! As conversas e apresentações deste evento serão realizadas em inglês e espanhol, sem tradução.