Diagonale

Todo ano

O centro de arte contemporânea canadense Diagonale é parceiro da Despina desde 2015 em um projeto especial que oferece uma bolsa integral para artistas que moram e trabalham em Quebéc participarem do nosso programa de residências.

Esta iniciativa conta com o suporte do Conseil des Arts de Montréal e tem como objetivo fomentar a experimentação e o desenvolvimento de práticas artísticas contemporâneas e promover a mobilidade internacional de artistas que utilizam a fibra em termos de material e conceito de trabalho.

As residências têm a duração de 1 mês e estão 100% focadas no processo, permitindo ao artista visitante uma produção em resposta ao novo ambiente e às novas interlocuções, que incluem atividades como workshops, encontros com curadores, visitas a ateliês e outros espaços de arte, além de um evento de ateliê aberto no final do período da residência.

Para saber mais sobre a Diagonale, acesse www.artdiagonale.org

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Histórico das residências

2019

Artista selecionada: Mégane Voghell

Vive e trabalha em Montreal, Canadá. Seu interesse está nas muitas maneiras pelas quais o mundo pode ser vivenciado na ausência de um corpo físico. Por meio de instalação, correspondência (textual), desenho e vídeo, seu trabalho questiona os binarismos transcendência / imanência; real / virtual.

Através de dispositivos – tangíveis e intangíveis – Voghell utiliza uma mitologia pessoal que aponta para uma experiência além-mundo, mas que é extraída de uma temática muito real. Seu trabalho emerge do desejo de definir as peculiaridades das forças elementares e fenomenológicas ao nosso redor para melhor manipulá-las e reinventá-las.

Seu trabalho tem sido apresentado em festivais e várias exposições coletivas e individuais, incluindo “harbinger”, no espaço de arte Eastern Bloc (2015); no FME, em Rouyn-Noranda (Center l’Écart, 2015); no Centro de Arte Le Lobe, em Chicoutimi (2016); na Feira Paris Variation (2017); e mais recentemente na Galeria Calaboose, em Pointe-Saint-Charles (2019) e Galeria Vicki, em Newburgh (2019). Seu trabalho já foi incluído em algumas publicações, tais como Nut II, ETC MEDIA e Cigale. Também foi curadora do evento “Episode Laurier”, em junho de 2018.

2018
Artistas selecionados:  Chloë Lum e Yannick Desranleau

Vivem e trabalham em Montreal, Canadá. O trabalho da dupla é multidisciplinar e está centrado na teatralidade, na coreografia e na performance, assim como no interesse em encenar uma situação e trabalhar com materiais efêmeros que são operados por meio da reutilização e dissolução. Os trabalhos recentes da dupla investigam a representação dos objetos, a condição material do corpo e o potencial transformador que corpos e objetos exercem uns sobre os outros. Esses interesses são desvelados por meio da experiência de Chloë com uma doença crônica e o efeito disso na sua parceria como Yannick, juntamente com a exploração de narrativas de literatura, teatro e televisão.

Para eles, é importante mostrar o corpo em ação, a fim de ilustrar os desconfortos e descobertas táteis durante um primeiro contato entre dois corpos; é por isso que a performance e o vídeo se tornaram dois dos meios favoritos de suas práticas, em transição com seus trabalhos instalativos.

A pesquisa dos dois artistas no Rio de Janeiro partiu de uma imersão nos arquivos de cartas da escritora Clarice Lispector e da exploração de figurinos e acessórios que irão compor uma performance em vídeo a ser desenvolvida em breve. Dando continuidade ao tema das doenças crônicas, a dupla quer abordá-lo a partir de um viés transformador – um acontecimento sensorial e físico que eles pretendem ilustrar a partir do fenômeno da “segunda pele”. Assim, Chloë e Yannick estão interessados ​​em aprofundar a sua investigação sobre a elasticidade dos tecidos e a capacidade que eles têm de criar um efeito de transformação na forma do corpo por meio dessa propriedade – até talvez prolongá-lo.

A dupla já expôs no Center for Books and Paper Arts, Columbia College, Chicago (EUA); no Musée d’art contemporain de Montreal (Canadá); Kunsthalle Wien, Viena (Áustria); BALTIC Centre for Contemporary Art (Reino Unido); Whitechapel Project Space, Londres (Reino Unido);  University of Texas, Austin (EUA); The Confederation Centre Art Gallery, Charlottetown (Canadá); The Blackwood Gallery, University of Toronto (Canadá) e The Darling Foundry, Montreal (Canadá).  A dupla também é conhecida no cenário musical internacional como co-fundadores do grupo de avant-rock AIDS Wolf, inclusive produzindo pôsteres de concertos premiados sob o nome de Séripop. O trabalho da dupla está na coleção do Museu Victoria and Albert, Londres (Reino Unido), no Museu de Belas Artes de Montreal (Canadá) e no Musée d’arte contemporain de Montréal (Canadá).

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2017
Artista selecionada: Lorna Bauer

lorna_bauer_2017_thumbLorna Bauer nasceu em Toronto. Vive e trabalha em Montreal (Canadá). Recentemente, apresentou seu trabalho no The Loon, Toronto; Galeria CK2, Nova York; The Darling Foundry, Montreal; Model Projects, Vancouver; no Musée d’Art Contemporain de Montréal, entre outros espaços. Já participou de inúmeras residências nacionais e internacionais, incluindo estadias no The Couvent des Récollets, Paris; Residência Quebec-Nova Iorque (financiada pelo Conselho das Artes e Letras do Québec); o Banff Center, Alberta e o Atlantic Center for the Arts, na Flórida (trabalhando com o artista Josiah McElheny). Também é responsável pela gestão do espaço L’escalier (juntamente com os artistas Jon Knowles e Vincent Bonin), localizado em Montreal.

Sua prática artística transita pela fotografia, instalação e, mais recentemente, pela utilização de materiais como vidro e bronze. Sua linguagem formal e uso de materiais aludem a idéias desenvolvidas através do planejamento urbano e da teoria urbana. Seu trabalho está centrado em exemplos específicos de arquitetura, planejamento urbano e psicopatologias do século XX.

Os projetos de Bauer geralmente são caracterizados como relacionados ao espaço, levando a um resultado final que respondeu a um local e contexto específicos. Seus interesses são amplos e variam de tópicos que vão da planta urbana da cidade de Paris – em particular as velhas arcadas e o cultivo subterrâneo de cogumelos nas catacumbas parisienses -, “Haussmannização”, jardins utópicos da costa oeste norte-americana dos anos 70 até as cartas de Walter Benjamin para o amante, descrevendo a ilha de Ibiza durante seu exílio. Todos esses projetos tratam de espaços e a maneira com que eles moldam as percepções individuais e a correlação entre o ambiente natural e o ambiente construído.

No Rio de Janeiro, a artista concentrou a sua pesquisa em um dos mais proeminentes nomes da arquitetura paisagística do Brasil, Roberto Burle-Marx (e seus contemporâneos). A filosofia de Burle-Marx é contígua a dos modernistas canadenses, Arthur Erickson e Cornelia Oberlander, ambos já pesquisados pela artista em projetos passados. Todos esses visionários do design paisagístico utilizaram plantas nativas e materiais naturais locais, o que é revelado na continuidade entre espaços construídos e naturais, na atenção plena sobre como nos movemos pelo espaço e no interesse peculiar por reflexo e materiais que refletem.

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2016
Artista selecionado: Romeo Gongora

romeo_gongora_2016_thumbRomeo Gongora é um artista visual canadense-guatemalteco. Sua prática envolve principalmente a participação e está baseada em uma metodologia pedagógica radical, cujo propósito é ativar a consciência humana e sócio-política por meio de projetos coletivos. Entre algumas de suas colaborações no campo artístico, destaque para: Rencontres de Bamako (Mali), CCA – Lagos (Nigéria), Centro de Arte Torun (Polônia), Festival Belluard (Suíça), HISK (Bélgica), The Office (Berlim) e Open School East (Londres). Em 2007, participou de uma residência de dois anos no Rijksakademie Van Beeldende Kunsten (Amsterdam). Em 2009, representou o Canadá como um artista em residência na Künstlerhaus Bethanien (Berlim) e no Acme Studios (Londres), em 2016.

Durante a sua estadia no Rio, Romeo coordenou o workshopSonhos despertos: novos modelos de identidade”, uma experiência coletiva que durou três semanas e que envolveu um processo de pesquisa sobre identidade e experimentos vestíveis para uma sociedade utópica. Os participantes do workshop criaram coletivamente uma coleção de roupas pensada para uma sociedade utópica. Algumas questões que foram abordadas durante os encontros: Qual é o significado de “identidade” em uma sociedade utópica? Como os cidadãos irão se vestir? Que tipo de vestuário e códigos comportamentais estes cidadãos terão acesso? A metodologia participativa dessa atividade foi inspirada nas técnicas desenvolvidas por Augusto Boal no seu “Teatro do Oprimido”; na noção de consciência crítica, teorizada por Paulo Freire; e em algumas técnicas de pesquisa-ação participativa de Orlando Fals Borda.

O resultado foi exibido na última SAARA NIGHTS de 2016, em 29 de novembro. No espaço da nossa galeria e dos ateliês, aconteceu uma performance nos moldes de um desfile de moda.

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2015
Artista selecionada: Karen Kraven

karen_kraven_2015_thumbKaren Kraven vive e trabalha em Montreal, Canadá. É representada pela galeria Parisian Laundry. Já expôs no ICA do Maine College of Art, Portland, ME (2015); na Darling Foundry, em Montreal (2014) e na Mercer Union, em Toronto. Suas obras têm sido comissionadas pelo Canadian Council for the Arts, Quebec Council for the Arts e pela Fundação Dale & Nick Tedeschi.

Para a sua prática artística, Karen busca inspiração nas roupas e acessórios usados por atletas e espectadores que circundam, por exemplo, um jogo de basquete. A textura brilhante dos uniformes dos jogadores, o movimento ritualístico do público acenando com seus cachecóis, ou o padrão moiré revelado na figura do mestre de cerimônias e sua camisa listrada, têm atraído a atenção da artista, que compara este universo ao da Comedia del Arte. Aqui, entra a figura do arlequim, cuja função era a de divertir o público durante os intervalos dos espetáculos. Sua importância foi gradativamente afirmando-se, e o seu traje, feito de retalhos multicoloridos (geralmente em forma de losango), destacava a sua presença ainda mais em cena. No esporte, o traje e a vestimenta também estão claramente concebidos para este fim, o que também aproxima os participantes destes eventos esportivos da figura de uma “ave-de-paraíso”, ora em destaque, ora camuflada, como numa revoada em bando. Tais marcações “chamativas” enfatizam a velocidade e o movimento dos corpos, enquanto, potencialmente, servem também para distrair a atenção de um adversário.

No desenvolvimento atual do seu trabalho, Karen tem elaborado redes de pesca artesanais e fotografado roupas esportivas e tecidos de elastano esticados sobre esculturas corpóreas fracionadas. Também tem desenvolvido esculturas a partir de uniformes de ginástica e chapéus de senhoras que frequentam corridas de cavalo. O interesse da artista está na política de gênero das roupas esportivas e a sexualidade latente embutida no ocultamento dos corpos pelos uniformes, na oposição apertado x solto e o quanto os tecidos e o vestuário em si são vistos como uma segunda pele.

A sua pesquisa recente está focada no vestuário esportivo desenvolvido no início do século XX pela artista construtivista russa Varvara Stepanova. Nesta seara do design têxtil, Stepanova explorou ao máximo as linhas e formas geométricas, o que fez com que o movimento e a aparência dos corpos ganhassem contornos abstratos e exagerados. Além desta, Karen também tem pesquisado o trabalho da estilista italiana Elsa Schiaparelli e a sua relação com a arte dos cubistas e surrealistas.

Durante o período em que esteve no Rio de Janeiro, a artista investigou a história do design têxtil no Brasil e a utilização de materiais reciclados em produtos artesanais, como tapetes e bolsas. Karen também explorou a região comercial da SAARA (que circunda o nosso espaço, no centro histórico da cidade) e adquiriu uma variedade de tecidos que foram, posteriormente, combinados em relevos escultóricos.

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Iran-Rio Art Connection

Setembro 2015

Em setembro de 2015, jovens talentos das artes visuais do Irã estiveram no Rio para uma residência artística. Durante todo o mês, nossos ateliês de residência foram ocupados por quatro artistas iranianos que tiveram a chance de explorar os seus trabalhos em um novo contexto cultural. Ao final do processo, uma exposição marcou o resultado desta experiência.

Artistas participantes: Ali Zanjani, Amin Aghaei, Farnaz Jahanbin e Shadi Ghadirian.

Shadi e Farnaz foram especialmente convidadas para o projeto. Já Ali e Amin foram selecionados por um painel de curadores e artistas brasileiros formado por Bernardo José de Souza (curador), Daniela Labra (crítica de arte e curadora), Ernesto Neto (artista), Marta Mestre (curadora do Instituto Inhotim – MG) e Miguel Sayad (diretor do Largo das Artes).

Uma série de eventos paralelos, públicos e gratuitos foi realizada simultaneamente ao período da residência com o intuito de potencializar o diálogo inter-cultural, além de promover o trabalho em rede entre artistas do Oriente Médio e do Brasil.

PROGRAMAÇÃO

3 – 6 setembro
Artistas visitam a 31ª Bienal Internacional de São Paulo, a convite do curador da mostra Charles Esche.

12 setembro
Conversa com a artista Shadi Ghadirian, seguida de brunch.*
Local: Despina | Largo das Artes
Horário: 11 horas
Entrada gratuita (sujeito a lotação do espaço)
* Este evento faz parte da programação especial da feira ArtRio 2014.

16 setembro
Visita dos artistas ao Colégio Pedro II em Realengo, Rio de Janeiro
Horário: 14 horas

23 setembro
Conversa com os artistas na Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro
Horário: 11 horas

25 setembro
Abertura da exposição final* + concerto de música tradicional Persa com a artista Farnaz Jahanbin e o pianista Tomas Gonzaga
Local: Despina | Largo das Artes
Horário: 19 horas

Conheça abaixo os artistas participantes

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Ali Zanjani é um artista iraniano que vive entre Dubai e Teerã. Os seus trabalhos refletem sobre a herança sociocultural do Irã ao longo das agitadas transformações políticas que ocorreram no país nos últimos 35 anos. Destaque para uma série bem humorada que inclui registros fotográficos de praticantes da luta livre, o esporte nacional iraniano. O esporte também faz parte de uma outra série, criada com base em fotografias perdidas de um time de basquete feminino, pré-revolução de 1979. Estas imagens de mulheres sem a burca são únicas e estritamente proibidas no regime político atual do Irã.

Desde 2011, Ali trabalha com o Museum Salsali de Dubai. Em 2012, teve o seu trabalho selecionado pelo Museu de Arte Contemporânea de Teerã e pela Feira de Arte de Beirute. Atualmente, o artista tem se dedicado a inúmeros projetos, incluindo “Live Moment of Wrestling”, “Life Is Too Short”, “Show Off” e “Just Between Us”.

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Amin Aghaei nasceu no Irã em 1982 e passou a infância sem uma moradia fixa, deslocando-se com a família pelo país devido à guerra Irã-Iraque (1980-1988). Esta natureza itinerante fez com que ele descobrisse o desenho, que acabou funcionando como uma válvula de escape às condições adversas por que passava. Quando seus pais puderam finalmente se estabelecer num local fixo, Amin conseguiu se concentrar mais em sua arte. Com a repressão política no Irã, começou a desenhar caricaturas e este estilo logo tomou conta de suas pinturas, por isso o tom crítico e humorístico de seus trabalhos. Além do desenho e da pintura, as suas práticas também compreendem escultura e vídeo. A obra de Amin assume um realismo mágico com uma temática sui generis para o Irã, daí este artista ter sido uma escolha unânime do comitê de seleção para este projeto.

Fica aqui registrado o nosso agradecimento especial a Azadeh Vafardari e Amirpasha Shafaei, que viabilizaram a presença de Amin no Brasil.

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Farnaz Jahanbin é uma artista iraniana reconhecida internacionalmente, que utiliza a escrita persa e árabe para criar interpretações modernas da antiga arte da caligrafia. Suas pinturas têm formas abstratas e apresentam interpretações mais tradicionais dessas escritas.

Farnaz é também uma cantora clássica persa. Como mulher em seu país, ela não tem permissão para se apresentar na frente de um público misto. No Rio de Janeiro, porém, a artista se apresentou ao público, entoando canções da música tradicional Persa num pequeno concerto que marcou a abertura da exposição “Iran_Rio Art Connection”. Conheça mais sobre o trabalho de Farnaz aqui.

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Shadi Ghadirian é uma importante artista iraniana cujo trabalho já foi exibido em grandes museus e galerias pelo mundo, incluindo o Museu de Belas Artes de Boston e o Los Angeles County Museum of Art. Nascida em 1974 no Teerã, Shadi estudou fotografia na Azad University. A sua prática artística busca refletir sobre as questões que envolvem o tradicional e o moderno na cultura do seu país, principalmente a questão da mulher muçulmana no Irã, um assunto que ainda repercute em todo o mundo.

Em “The Qajar Series”, realizada entre 1998 e 2001, Shadi fotografou mulheres vestidas com roupas tradicionais “Qajar”, justapostas com objetos modernos típicos da cultura ocidental, como um “boom box” ou uma lata de Coca-Cola. Já na série “Como todos os dias”, produzida logo depois de se casar, Shadi revela de maneira crítica e irônica a rotina mundana e repetitiva que é reservada à maioria das mulheres em seu país.

Estes trabalhos evidenciam a preocupação da artista em destacar o papel das mulheres iranianas dentro de uma sociedade em permanente conflito entre a tradição e o moderno. Para conhecer mais sobre Shadi e sua obra, visite o site: http://shadighadirian.com/

 

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IRAN-RIO ART CONNECTION
Conceito:
Consuelo Bassanesi, Leila Lak, Miguel Sayad
Direção executiva: Consuelo Bassanesi
Direção de produção: Leila Lak
Assistente de produção / arte e conteúdo multimídia: Frederico Pellachin
Suporte curatorial: Bernardo José de Souza
Comitê de seleção: Daniela Labra, Bernardo José de Souza, Ernesto Neto, Marta Mestre, Miguel Sayad.
Agradecimentos especiais: Rose Issa Projects, Azadeh Vafardari e Amirpasha Shafaie

Prince Claus Fund for Culture and Development é uma instituição holandesa que apoia artistas, organizações culturais e pensadores que atuam em locais onde a liberdade de expressão é limitada por conflitos, pobreza e repressão.