Sofia Geld

Artistas em residência
01.02.2018 - 31.03.2018

Diretora e produtora brasileira que vive e trabalha em Nova York, EUA. Sua prática explora lugares onde a arte e o ativismo se cruzam. Sofia é Bacharel em Antropologia pelo Bard College e, desde então, vem se dedicando ao campo do documentário. Foi selecionada para ser residente do UnionDocs Collaborative Studios e, de forma independente, dirigiu e produziu vídeos musicais e curtas-metragens. Seu primeiro curta, Hush, foi exibido em Nova York e Moscou. Atualmente, está dirigindo um documentário em longa metragem chamado Beba, e é produtora da série #RESIST, realizada no bairro novaiorquino do Brooklin, em colaboração com UnionDocs, Skylight inc. e Remezcla.

Durante a sua residência na Despina, Sofia desenvolveu um projeto de vídeo-instalação intitulado Palavras Cruzadas. Por meio das vozes e histórias de mulheres de diferentes classes, raças e idades, o projeto investiga as formas como as experiências dessas mulheres se cruzam numa cidade tão contraditória como o Rio de Janeiro. A vídeo-instalação ocupou um dos espaços expositivos no sobrado da Despina, durante a noite mensal de ateliês abertos “Senado Tomado”, que aconteceu em 27 de abril. Confira a cobertura do evento por aqui. Abaixo, o trailer de Palavras Cruzadas e um pequeno texto de Raphael Fonseca, um dos curadores que acompanharam Sofia durante a sua residência na Despina.

 

 

Durante o período em residência no Rio de Janeiro, Sofia Geld pesquisou e se interessou pelas diferenças na população feminina no município. Uma cidade partida socialmente e geograficamente em diversas zonas, economias, raças e sexualidades como o Rio, definitivamente é um laboratório para estudos de gênero antropológicos – como o seu filme em dois canais aqui mostrado. Em um deles, mulheres de diferentes idades são entrevistadas e relatam episódios sobre suas vidas e observações sobre a cidade. Privilégio, conflito, perdas e elogios são tecidos à essa cidade que é maravilhosa para poucas. Em outro canal, imagens de detalhes e da paisagem da cidade fazem pendant com essas falas. Na incapacidade física de olhar as duas imagens ao mesmo tempo, o corpo do público ativa sua própria imaginação e se lembra de suas próprias histórias ou de palavras ouvidas por outras mulheres de seu convívio social. (por Raphael Fonseca)

 

Mais informações
www.bebafilm.com
BEBA Film | @bebafilm

Galeria de fotos
por Frederico Pellachin