Ameríndia: artes e vidas indígenas

Curso de extensão
Julho e Agosto

Inscrições abertas!

Quem é índio e quem define a indianidade no Brasil? Segundo dados do censo do IBGE de 2010, existem 896, 9 mil indígenas no país, presentes através de 305 diferentes povos falantes de 274 línguas. Cada vez mais pessoas tem se redescoberto indígenas e a pulsão da vida cultural e política destes povos tem diferentes expressões na Amazônia, no Xingu, no Nordeste e nas principais metrópoles do país. Para além da permanência do mito romântico que os relaciona à natureza, povos indígenas no Brasil têm realizado uma renovada e intensa produção cultural e política a ser apresentada e discutida nas aulas. A relação com a história e com o Estado; as filosofias indígenas do xamanismo, da antropofagia e do perspectivismo; os envolvimentos dos povos indígenas com as artes visuais e os museus; as etnogêneses e renascimentos contemporâneos; e o pensamento indígena sobre globalização e as questões ambientais recentes terão destaque neste curso. Pretende-se, portanto, introduzir de forma panorâmica temas e problemas comuns às vidas e às artes indígenas no Brasil.

Programa

Aula 1 – 5 de julho
Índios do/no Brasil: Entre o Estado e a ‘Diferonça’

Aula 2 – 12 de julho
Xamanismo e Antropofagias

Aula 3 – 19 de julho
Museus e Artes Indígenas

Aula 4 – 26 de julho
Primitivismo, New Age e Arte Indígena Contemporânea

Aula 5 – 2 de agosto
Antropoceno, Intrusão de Gaia e Devir-Índio

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Serviço

Curso de extensão: Ameríndia: artes e vidas indígenas
Professor proponente: 
Leonardo Bertolossi 
Datas:
Quintas-Feiras, 5/7, 12/7, 19/7, 26/7 e 2/8
Horário: Das 18h30 às 21h30
Local: Despina (Rua do Senado, 271 – Centro). Metrô mais próximo: Central
Investimento: R$ 400,00 – Vagas limitadas!
Como se inscrever: envie um email para cursos@despina.org  com o título “Curso Ameríndia” no campo assunto e nome completo e telefone de contato no corpo do email. Será emitido um boleto bancário e a participação no curso estará confirmada somente após envio do comprovante de pagamento do boleto.

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Leonardo Bertolossi é bacharel e licenciado em História pelo IFCS/UFRJ (2006), fez mestrado em Antropologia Social no Museu Nacional/UFRJ (2010), e doutorado na mesma área na FFLCH/USP (2015). No mestrado, pesquisou (com apoio CAPES e FAPERJ) as políticas e poéticas de representação indígenas norte-americanas do NMAI, do Smithsonian Institute, em Washington D.C, Maryland e Nova York, com ênfase nas exposições de artistas contemporâneos indígenas norte-americanos. No doutorado, pesquisou (com apoio CNPq) o circuito e o mercado primário de arte contemporânea nos anos 80 e 90, com ênfase na geração 80, na Bienal de São Paulo, e no debate em torno da identidade e dos rumos da internacionalização da arte contemporânea brasileira e latino-americana. Foi professor substituto de Antropologia da UERJ (2013) e da UFF (2016-7), e foi curador da exposição de artes visuais “Uterutopias” no espaço A MESA. Desde 2013, ministrou cursos de extensão de Antropologia e Artes no CPC Casa de Dona Yayá da USP, no CCJF, na EAV/Parque Lage, na Casa do Saber Rio, na Curva, e na Casa França-Brasil. É pós-doutorando em Artes Visuais com apoio CAPES pelo PPGAV/EBA-UFRJ pesquisando as relações entre as artes visuais e a antropologia a partir do mercado, dos diagnósticos de fim de mundo/fim da história da arte, da aura, do primitivismo, da antropofagia e do fetiche.

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Referências bibliográficas para o curso disponíveis em um arquivo PDF por aqui.

Crédito da imagem
Ameríndia (2018), Leonardo Bertolossi