Arte e Ativismo na América Latina – ano II (2017)
Nasceu em Olivos, Argentina. Vive e trabalha em Buenos Aires. Estudou Artes Visuais na E.S.A.V. Bahia Blanca e participou das oficinas de Tulio de Sagastizábal, Pablo Suárez e Guillermo Kuitca. Considerada uma das mais importantes artistas argentinas de sua geração, seu trabalho faz parte de coleções importantes, como a coleção permanente do Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires). Desde 2010, Scafati é uma agente da C.I.A – Centro de Investigação Artística. Scafati também tem participado de vários projetos coletivos e colaborativos ligados à serigrafia, educação, rádio e teatro.
Em 2002, ela co-fundou a T.P.S. * – “Taller Popular Serigrafía”. Desde 2007, ela é membro de “Serigrafistas Queer” **. Fez parte da equipe da Galeria Belleza y Felicidad, foi fundadora do Proyecto Secundario Liliana Maresca, na Escuela Secundaria Nº349 Artes Visuales, Fiorito, Lomas de Zamora. Também coordenou uma oficina de serigrafia para a Cooperativa y Editorial Eloísa Cartonera e participou de várias intervenções da “Brigada Argentina por Dilma”, com Roberto Jacoby, na Bienal de São Paulo em 2009.
Em 1998, ela participou da exposição coletiva “Três Paredes”. Em 2000, realizou sua primeira exposição individual “Pinturas e parede.” Em seguida, “Show Me Your Pink (2001)” na Galeria Bis, Rosario, Santa Fé; “He venido para decirte que me voy” (2001); “Mariam Traoré” (2004) e “Scafati, un cuadro” (2005), todas na Galeria Belleza y Felicidad, Buenos Aires; “Pintura gustosa” (2001), na Casona de Los Olivera, Buenos Aires; “Sos un sueño” (2009), na Galeria Abate, Buenos Aires; “¡Teléfono! en diálogo con Lidy Prati” (2009), no CCBorges, Buenos Aires; “Windows” (2011), na Galeria Abate, Buenos Aires; “Ni verdaderas ni falsas” (2013), no Instituto de Investigaciones Gino Germani, Buenos Aires; “Pinturas donde estoy 1998-2013”, na CCRecoleta, Buenos Aires; “Las palabras vienen después” (2014) na Maria Casado Home Gallery, Buenos Aires e “Las cosas amantes” (2015), junto com Ariadna Pastorini, na Galeria Isla Flotante, Buenos Aires. Ainda este ano, a artista vai apresentar um projeto individual na Art Basel, em Miami (EUA).
Entre as suas experiências ligadas ao teatro, estão as séries Kamishibai, Yotiteretú e uma companhia de fantoches com Fernanda Laguna; além de seu trabalho como cenografista para os biodramas dirigidos por Vivi Tellas, no Museo de la paloma y Las personas, com os funcionários do Teatro San Martin (2014).
* A “Taller Popular Serigrafía” (TPS) funcionou em Buenos Aires entre 2002 e 2007. Foi fundada por Scafati e outros artistas em uma das muitas assembleias populares que surgiram a partir da insurreição popular de dezembro de 2001. A partir desse momento, o coletivo passou a intervir no contexto dos movimentos sociais, diretamente na rua, com o objetivo de socializar o processo de produção gráfica, produzindo todos os tipos de vestuário com imagens relacionadas ao clima político de cada evento.
** “Serigrafistas Queer” (SQ), auto-intitulado como um “não-grupo”, nasceu em 2007. O coletivo tem sediado reuniões periódicas em que são pensados e discutidos slogans e screenprints e stencils são montados em varias formatos de impressão para serem usados na Parada do Orgulho LGBT, que é realizada anualmente em diferentes cidades da Argentina. Os materiais produzidos são mantidos e re-utilizados livremente em outras ações.
ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA é um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, workshops, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta segunda edição (2017), o projeto tem como tema o CORPO e se estende de maio a outubro. Mais informações, cobertura completa e galeria de vídeos e fotos, por aqui.