Paul Setúbal

Artistas em Residência
27.05.2019 - 30.06.2019

Natural de Aparecida de Goiânia (GO), vive e trabalha entre Goiânia, Brasília e São Paulo. É Doutor, Mestre e Licenciado em Arte e Cultura Visual pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Suas obras fazem parte de coleções públicas como o Museu de Arte do Rio, Museu de Arte de Brasília, Museu de Arte Contemporânea de Goiás e Casa do Olhar Luiz Sacilotto. É integrante do Grupo EmpreZa de performance.

O corpo é uma dimensão constantemente explorada em sua produção, um importante suporte material, social e geográfico de discussões que permeiam situações de conflito, seja como modo de vivenciar e testar seus limites físicos, ou como uma forma de traduzir relações de poder. Sua pesquisa se desenvolve em diversos meios como escultura, instalação, desenho, pintura, vídeo, fotografia e performance, abordando as problemáticas e simbologias do corpo na sociedade contemporânea, seu uso, controle, relações de violência, resistência, abuso e poder.

Durante a sua residência na Despina, o artista irá desenvolver trabalhos que lidem com a situação política e social do país, sempre atento aos acontecimentos cotidianos que rondam a cidade do Rio de Janeiro e o entorno da residência.

Exposições individuais
Corpo Fechado, na C Galeria, Rio de Janeiro, Brasil [2018]; Dano e Excesso, Galeria Andrea Rehder, São Paulo, Brasil [2016]; Aviso de Incêndio, Elefante Centro Cultural, Brasília, Brasil [2015].

Exposições coletivas
29ª Edição do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil; 36º Panorama de Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil [2019]; Arte Democracia Utopia: Quem não luta tá morto!, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Demonstração por Absurdo, Instituto Tomie Othake, São Paulo, Brasil [2018]; As Bandeiras da Revolução, Fundação Joaquim Nabuco, Recife, Brasil; 13° Verbo, Galeria Vermelho, São Paulo, Brasil; Osso, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil [2017]; Dark Mofo, Museum of Old and New Art, Tasmânia, Austrália; Behind the sun, HOME, Londres, Inglaterra; A Cor do Brasil, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil [2016]; Terra Comunal: Marina Abramovic + MAI, Sesc Pompéia, São Paulo, Brasil [2015].

Prêmios/Residências
7º Prêmio de Residência SP-Arte, Delfina Foundation, Londres, Inglaterra [2019]; Prêmio Foco Bradesco ArtRio, Residência Despina, Rio de Janeiro, Brasil; Pivô Arte Pesquisa [2018]; 45° Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Prêmio Aquisição [2017].

Mais informações
Facebook: https://www.facebook.com/paul.setubal
Website: https://www.paulsetubal.com
Instagram: @paulsetubal

Esta residência é resultado da premiação recebida pelo artista na 6ª edição do Prêmio FOCO Bradesco ArtRio em 2018.

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Texto crítico, por Victor Gorgulho

Como um artista-flâneur, Paul Setúbal utilizou seu período em residência na Despina para explorar o Rio de Janeiro em seu locus essencial: a rua. Em suas andanças pela antiga sede do império português, deixou-se fisgar por detalhes de ordens diversas, de detalhes arquitetônicos nos sobrados coloniais a símbolos militares espalhados por ruas, prédios, objetos, instituições e mais. Tais vestígios coloniais do balneário – enraizados em nosso imaginário e cotidiano – são a base da série de trabalhos iniciados durante a residência, em que o arista utiliza suportes como cintos e adornos de cela de cavalo para tecer (e subverter) as estórias neles inscritas. Valendo-se da ambiguidade destes objetos – usualmente peças de autoria desconhecida – o artista transforma-as em esculturas dotadas de narrativas, ainda que sutis. Paul coloca em cheque, então, a própria natureza destes ornamentos: entre a brutalidade e a torção, entre a história oficial e as histórias ocultas. O adorno colonial, entre o enfeite e a violência.

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Galeria de Fotos (navegue pelas setas na horizontal)
por Frederico Pellachin