Vive e trabalha em Copenhague, Dinamarca. Desde 2012, Wöhlk trabalha como curadora independente e também na produção de conhecimento em campos expandidos da arte contemporânea. A sua pesquisa lida com a inseparabilidade que existe entre o trabalho de arte e o seu contexto. No momento, ela investiga práticas performativas na arte contemporânea e as suas relações com o pensamento discursivo emergente. Cultura indígena nórdica e trauma como experiência passada reincidente são temas que percorrem a sua pesquisa.
No Rio de Janeiro, ela pretende se familiarizar com as práticas performativas do movimento neo-concreto brasileiro e a sua presença na produção artística atual.
Como curadora do triênio 2016-2018 da instituição de arte Læsø Kunsthals (localizada na pequena ilha de Læsø, no norte da Dinamarca), Wöhlk tem destacado o trabalho inovador e de vanguarda dos artistas dinamarqueses Per Kirkeby, Jørgen Haugen Sørensen e Asger Jorn, através de exposições individuais que estão se ramificando em muitos contextos e situações diferentes, tornando estes artistas relevantes e atraentes novamente. Em 2018, ela irá organizar uma exposição com Asger Jorn, membro fundador dos movimentos Situationist Ideale, CoBRA e Bauhuas Imaginiste e também do Scandinavian Institute for Comparative Vandalism – este último enfatizado na sua próxima exposição, que irá reunir artistas contemporâneos envolvidos em diálogos com o legado das obras de arte, teorias e idéias de Jorn.
Em 2017, Wöhlk organizou a exposição Khôra – Arcades, em Læsø – fruto da pesquisa de cinco artistas contemporâneos que, durante um ano, realizaram um trabalho de campo com visitas à ilha, entrevistas, práticas de estúdio e colaborações. As obras de arte individuais abrangiam a exibição de quadros ao vivo, um guia de áudio, instalações para performance e arte sonora e se estendeu por várias locações ao ar livre na ilha.
Também em 2017, ela foi assistente de curadoria de Bruno Corà, Lars Kærulf Møller e Eli Benveniste no projeto The Crowd / La Folla, uma exposição individual de Jørgen Haugen Sørensen no Museo dei Bozzetti, em Pietrasanta, na Itália.
Ao longo dos anos de 2011-2014, Wöhlk co-organizou o festival de música e arte Sejerø Festival, que transgrediu fronteiras entre os gêneros e promoveu múltiplas colaborações e experiências entre os artistas participantes.
Além dos projetos mencionados acima, Wöhlk esteve envolvida no processo de várias comissões de arte pública e na organização de seminários e palestras nacionais e internacionais sobre arte performática. Também trabalhou como assistente de curadoria no Overgaden – Instituto de Arte Contemporânea, e como assistente de pesquisa para o grupo de artistas Superflex.
A residência de Nina Wöhlk na Despina conta com o apoio da Danish Arts Foundation e Knud Højgaards Fund, Dinamarca.
Mais informações:
www.ninawoehlk.dk
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