Cidades Invisíveis

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28.07.2016 - 30.08.2016
Curadoria: Felippe Moraes
Artistas: Amadeo Azar, Ana Holck, Anton Steenbock, Fernando Pinto, Heigorina Cunha, Hildebrando de Castro, Ingrid Hapke, Joana Traub Csekö, Le Corbusier, Marcos Chaves, Milton Machado, Pedro Urano, Pedro Varela, Terry Gillian, Wouter Osterholt
Abertura: Quinta-feira | 28 de Julho | 19:00
Exposição segue até 30 de agosto
Visitação: de terça a sexta-feira, das 11:00 às 19:00
Local: Despina | Largo das Artes
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado
Centro, Rio de Janeiro – RJ
Entrada gratuita

CIDADES INVISÍVEIS é uma proposta poética de discussão de urbanismos reais ou imaginários, utópicos ou distópicos que se organiza sob três eixos: destruição, construção e delírio. Têm-se como fio condutor o Rio de Janeiro e as mudanças simbólicas, assim como narrativas e urbanísticas, que a cidade sofre desde sua invenção. Em uma cidade como esta, talvez fosse ainda mais pertinente chamar tais eixos de setores, como se faz no contexto de um enredo de carnaval, artefato imprescindível para a elucubração de qualquer narrativa, dramática ou farsesca sobre um folclore materializado em ambiente urbano.

Como a forma de uma discussão parece assumir aquela do seu próprio assunto, este projeto estabelece-se sob as mesmas formulações empíricas assumidas por qualquer cidade: caoticamente desenvolvida por diversos indivíduos que, com ou sem um plano, constroem e destroem, inventando folclores e mitologias e vendo o factual tornar-se cada vez mais próximo de uma pantomima. Desta maneira, CIDADES INVISÍVEIS se deu a muitas mãos, remendos, delírios e epifanias em um complexo e curioso rizoma, no qual artistas se misturam a médiuns, arquitetos se tornam personagens carnavalescos e o carnaval se converte em um curioso compêndio de uma dialética consciente a descrever não só o Rio de Janeiro, mas a própria condição das cidades como manifestações simbólicas.

No início da obra de Ítalo Calvino, que dá o título a este projeto, o autor diz que: “Não se sabe se Kublai Khan acredita em tudo o que diz Marco Polo quando este lhe descreve as cidades visitadas em suas missões diplomáticas”, entretanto ambos os personagens parecem compreender que o que se conta sobre uma cidade é, em geral, mais belo e interessante do que a experiência da mesma. Desta forma, não sabemos se acreditamos nas cidades em que vivemos, e talvez até seja mais fácil de acreditar naquelas que não vemos. Contudo, devemos compreender que cidades são delírios e, como tais, mesmo depois de materializadas, seguem sendo histórias. Acreditando nelas ou não.

Felippe Moraes
curador

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BIBLIOTECA

Além dos artistas convidados, o espaço expositivo irá contar com uma pequena biblioteca com a bibliografia de referência da exposição recomendada para o visitante, que poderá encontrar títulos como o supra mencionado “Cidades Invisíveis”, de Ítalo Calvino, além de “Horizonte Perdido” de James Hilton, “1984” de George Orwell, “Da Bauhaus ao nosso caos” de Tom Wolfe, entre outros.

ENCONTROS E DEBATES

Dentro do período em cartaz, também estão programados dois encontros para a exibição de filmes seguidos de debates com o público para discutir a dialética entre arte e o espaço urbano:

10/08 – 19:00 – Longa metragem “Metrópolis”, de Fritz Lang
Conversa com Milton Machado e  Bernardo José de Souza. Mediação do curador Felippe Moraes

Clássico do cinema mundial, esta ficção científica alemã de 1927 impressiona pela sua atualidade, visto que todas as previsões feitas para uma distopia futurista 100 anos depois de sua produção parecem se tornar realidade. O filme mostra as relações de dominação e submissão entre uma elite que, do alto de arranha-céus, controla os meios de produção ,e a massa de trabalhadores, oprimida e manipulada em seus horrores cotidianos.

17/08 – 19:00 – Longa-metragem “HU (HU Enigma)”, de Pedro Urano e Joana Traub Csekö
Conversa com os realizadores e a pesquisadora Michelle Sommer. Mediação do curador Felippe Moraes

Um edifício partido ao meio: de um lado, o hospital; do outro, a ruína. E no horizonte, a Baía de Guanabara, o Rio de Janeiro, a saúde e educação públicas. Inteiramente filmado no monumental e apenas parcialmente ocupado prédio modernista do Hospital Universitário da UFRJ. Uma metáfora em concreto armado da esfera pública brasileira.

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PUBLICAÇÃO DO PROJETO

E, ao final, será lançada a publicação do projeto, que apresenta a experiência da realização desta exposição na Despina | Largo das Artes. Além disso, pensadores como Julia Lima, Bernardo de Britto, Bernardo de Souza, Bruno Mendonça, Michelle Sommer e Frederico Pellachin foram convidados a escrever sobre a mostra escolhendo os aspectos que mais lhes interessam, dentro do que eles percebem como “cidade invisível” e sob a ótica das suas pesquisas.

FICHA TÉCNICA

Realização: Despina | Largo das Artes
Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura
Projeto e execução: Consuelo Bassanesi e Felippe Moraes
Curadoria: Felippe Moraes
Gestão e Assessoria Jurídica: Clarice Goulart Correa
Cenografia: Felippe Moraes
Cenotécnica: Anton Steenbock
Assistente de Cenotécnica: João Marcos Mancha
Design Gráfico: Pablo Ugá
Assessoria de Imprensa: Rafael Millon
Comunicação (web site e redes sociais): Frederico Pellachin
Produção: Pablo Ferretti, Consuelo Bassanesi, Frederico Pellachin
Fotografia: Denise Adams
Pesquisadores convidados: Bernardo de Britto, Bernardo José de Souza, Bruno Mendonça, Frederico Pellachin, Julia Lima e Michelle Sommer

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A realização de CIDADES INVISÍVEIS acontece sob patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro | Secretaria Municipal de Cultura para o ano de 2016, através do fomento para o Circuito Cultural Olímpico, que se realiza dentro da programação cultural sob o contexto dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

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Clipping

Acesse o clipping completo da exposição “Cidades Invisíveis” por aqui.

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Galeria de Fotos
por Denise Adams