Compositora e música que vive em Melbourne, na Austrália. Seu amor pela música em suas muitas formas e como uma linguagem universal levou a artista a trabalhar em uma ampla gama de estilos, desde composição para teatro e cinema, passando por apresentações em bandas, e culminando com o lançamento de seu primeiro álbum solo como artista da música eletrônica, Synthotronica. Como compositora de trilhas sonoras, ela colaborou em projetos que vão desde instalações de áudio até dança contemporânea, teatro infantil e videoarte, além de uma recente performance solo no Planetário de Melbourne.
Seu projeto de residência na Despina é intitulado This City This Sound (“Esta Cidade / Este Som”), uma peça sonora que apresenta os sons da cidade do Rio de Janeiro, construída através de uma experiência psicogeográfica. O interesse da artista está nos sons e ruídos que compõem uma cidade – quais são as características sonoras de uma cidade e quais são os sons que contribuem para sua identidade? A partir dessa paleta diversificada, a artista cria uma composição, incorporando as gravações com outros elementos musicais em uma peça sonora apresentada no espaço da Despina durante a mostra final de residências. Após essa apresentação no Rio, Ania planeja construir uma serie de outras composições utilizando o mesmo processo, empreendendo o seu projeto This City This Sound em outras cidades ao redor do mundo.
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Texto crítico, por Victor Gorgulho
This City This Sound, peça sonora que Ania Reynolds apresenta nesta edição do Senado Tomado, pode ser definida como um compêndio de sons, ruídos e vozes coletadas pelos arredores do Rio de Janeiro, durante o período de residência da artista australiana na Despina. No entanto, mais do que apenas uma justaposição destes elementos diversos, a obra arquiteta, em sua sutileza e riqueza de detalhes, uma verdadeira topografia sonora da cidade. Assim, sons prosaicos transmutam-se em melodia; trechos de conversas evocam narrativas urbanas interrompidas; ruídos compõem atmosferas ora sombrias ora oníricas. Ao longo de seus dezessete minutos de duração, a cidade desenrola-se, revela-se nova: familiar e também estranha, corriqueira e sempre fascinante, em si.
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Mais informações
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Galeria de fotos (navegue pelas setas na horizontal)
por Consuelo Bassanesi e Frederico Pellachin