Arte e Ativismo na América Latina – ano II (2017)
Sexta-feira, 4 de agosto, é o último dia para ver a exposição “Os corpos são as obras”. Na mesma noite, celebraremos o gran finale em uma noite glamourosa no Turma OK.
Vamos nos concentrar na Despina a partir das 19h00 e sair em caminhada para o clube social Turma OK na Lapa (0800 pra quem chegar junto antes, quando distribuiremos as entradas).
Vamos prestigiar o Turma OK, o clube social LGBT mais antigo do Brasil (criado em 1961), jogar bingo e assistir a um show de variedades com os melhores da casa em homenagem à Luana Muniz. Esta ação marca o encerramento da exposição curadoria de Guilherme Altmayer e Pablo Leon de la Barra.
“Os corpos são as obras” faz parte do ARTE E ATIVISMO NA AMÉRICA LATINA – um projeto da Despina, realizado em parceria com a organização holandesa Prince Claus Fund, que se estende por três anos (2016, 2017 e 2018). A cada ano, um tema norteia uma série de ações que incluem ocupações, workshops, conversas, projeções de filmes, exposições, encontros públicos com nomes importantes do pensamento artístico contemporâneo e um programa de residências artísticas. Nesta segunda edição (2017), o projeto tem como tema o CORPO e se estende de maio a outubro.
Este evento marca também o início da próxima fase do projeto, que consiste em uma residência de dois meses dos artistas Carlos Martiel, Cristiano Lenhardt e Mariela Scafati. Mais informações por aqui.
Serviço
Gran finale “Os corpos são as obras”
Quando: 04 de agosto
Horário: a partir das 19 horas
Local: Despina
(ponto de encontro para saida rumo ao Turma OK na Lapa)
Rua Luis de Camões, 2 – Sobrado – Centro
Sobre o Turma OK
Turma OK é um clube social gay que existe desde 1961 e é considerada o mais antigo grupo social transviado do Brasil em atividade, segundo descrição no website. Porém, entre o ano de 1969 e 1975, o clube permaneceu fechado por causa das ameaças de violências repressivas do período da ditadura militar. Hoje instalado no sobrado de um pequeno prédio na Rua dos Inválidos, a casa promove reuniões entre os sócios, recebe convidados e apoiadores para almoços, noites de bingo e espetáculos de variedades, onde os shows de go go boys e drag queens novatas e veteranas são a grande atração. O nome “turma” era comumente usado nos anos 50 e 60 por homossexuais que promoviam reuniões em apartamentos para fins de diversão e socialização, uma vez que os encontros homossexuais em locais públicos eram socialmente rejeitados e proibidos. Nestas turmas, entre jantares, performances improvisadas e encenações de teatro, formavam-se fortes laços de solidariedade. Os aplausos eram substituídos pelo estalar dos dedos para que o barulho não chamasse a atenção dos vizinhos. Além do Turma OK, existiram vários outros grupos na cidade do Rio de Janeiro, como a Turma do Catete, Turma de Copacabana, Turma da Zona Norte, Turma do Leme, Turma da Glória, Turma de Botafogo e o Grupo Snob. Nas reuniões das turmas se construíam novas subjetividades, comportamentos e formas de conviver de homossexuais cariocas dos anos 50 até os anos 70.