Corpas em itinerância na encruza carioca, a Coletiva Ocultas teve início em 2015 na extinta Escola de Artes e Tecnologia Oi Kabum!, no Rio de Janeiro, e foi inicialmente formada por alunes egressos da mesma, aglutinando ao longo dos anos artistas de outros espaços e ações pontuais pela cidade. O principal interesse da coletiva está em gerar intervenções sensoriais através de múltiplas linguagens e das relações entre presenças e virtualidades holísticas em rede. Também explora o trânsito entre corpas que em suas práticas e pesquisas vinculam encontros, intervenções espaciais e processos rituais e cênicos como linguagem de trabalho. A coletiva tem interesse especialmente nas linguagens de código, pontos riscados, sinalizações e na ideia de tempo expandido. Composta de corpas não brancas, o guarda-chuva referencial da coletiva parte de perspectivas negras e originárias em simbiose com as tecnologias e com os dispositivos holísticos disponíveis na contemporaneidade, num jogo entre o ancestral, o agora e as possibilidades futurológicas.
A coletiva participa do programa de residências do projeto Zum Zum Auê – Coletiva de Coletivos, contemplado pelo FOCA – Programa de Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.